Zuleica
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Minha proposta é, Você tem uma frase, um texto, um conto, não necessariamente de sua autoria, que demonstre "O estado do mundo" atual, no seu ponto de vista?
A idéia não é original, seis diretores aceitaram o desafio de uma organização portuguesa e produziram curtas, apresentados numa obra coletiva sobre o tempo em que vivemos. As contribuições mostram crise e necessidade de mudanças, por meio de poesia e metáforas — exceto no caso do curta brasileiro de Vicente Ferraz... No caso que desejarem conhecer melhor a proposta e seus resultados deixo a > Fonte e link para > uma mostra do filme.
O ESTADO DO MUNDO - no meu ponto de vista
Os surralistas captaram lá no passado, o que hoje é a nossa vida: Uma vida que se liquefaz.
As consistências se perdem e quase tudo lembra os relógios de Dali. Segundo Bauman, "trata-se de viver na indiferença, no desprendimento, e, por isso mesmo, tal existência se torna repleta de preocupações com relação a mudanças e términos, muitas vezes mais doloridos do que se pretendia. Ao lado do efêmero vem o medo de ficar para trás, de não acompanhar a fluidez e a velocidade dos eventos e produtos, de se tornar dispensável, dejeto, lixo-humano - de se tornar ninguém."
Lembra uma sensação de terror que senti ao ler A Fall of Moondust*, de Arthur Clarke, uma premonição (na falta de palavra com sentido mais adequado) de estar vivendo em um mundo sem as ferramentas adequadas, contando apenas com a inteligência e uma capacidade absurda de adaptação. O capítulo 6 de Vída Líquida, Aprendendo a andar sobre a areia movediça, me reportou a essa lembrança. Há um certo conforto em ter a vida um pouco mais longa, ser mais experiente, o que não diminui o estresse da sensação de estar vivendo com um pé em cada dimensão, uma visível e outra pressentida através de expectativas, de leituras, imagens.
*CLARKE, Artur C.; Os náufragos de selene; tradução: Jorge Luiz Calife - Rio de janeiro : Nova Fronteira, 1984.
Os esforços para o resgate na nave Selene que naufragou em um mar de poeira cósmica por causa de um terremoto lunar.
A idéia não é original, seis diretores aceitaram o desafio de uma organização portuguesa e produziram curtas, apresentados numa obra coletiva sobre o tempo em que vivemos. As contribuições mostram crise e necessidade de mudanças, por meio de poesia e metáforas — exceto no caso do curta brasileiro de Vicente Ferraz... No caso que desejarem conhecer melhor a proposta e seus resultados deixo a > Fonte e link para > uma mostra do filme.
O ESTADO DO MUNDO - no meu ponto de vista
Os surralistas captaram lá no passado, o que hoje é a nossa vida: Uma vida que se liquefaz.
As consistências se perdem e quase tudo lembra os relógios de Dali. Segundo Bauman, "trata-se de viver na indiferença, no desprendimento, e, por isso mesmo, tal existência se torna repleta de preocupações com relação a mudanças e términos, muitas vezes mais doloridos do que se pretendia. Ao lado do efêmero vem o medo de ficar para trás, de não acompanhar a fluidez e a velocidade dos eventos e produtos, de se tornar dispensável, dejeto, lixo-humano - de se tornar ninguém."
Lembra uma sensação de terror que senti ao ler A Fall of Moondust*, de Arthur Clarke, uma premonição (na falta de palavra com sentido mais adequado) de estar vivendo em um mundo sem as ferramentas adequadas, contando apenas com a inteligência e uma capacidade absurda de adaptação. O capítulo 6 de Vída Líquida, Aprendendo a andar sobre a areia movediça, me reportou a essa lembrança. Há um certo conforto em ter a vida um pouco mais longa, ser mais experiente, o que não diminui o estresse da sensação de estar vivendo com um pé em cada dimensão, uma visível e outra pressentida através de expectativas, de leituras, imagens.
*CLARKE, Artur C.; Os náufragos de selene; tradução: Jorge Luiz Calife - Rio de janeiro : Nova Fronteira, 1984.
Os esforços para o resgate na nave Selene que naufragou em um mar de poeira cósmica por causa de um terremoto lunar.