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Notícias Bom Senso F.C.

Uai e o que mais o delegado faz?
Ele já está com a ficha, seria só um asterisco na ficha.

O objetivo é impedir que essas coisas ocorram. Não ficar escondido atrás do arbusto pra reverter resultados a posteriori no tribunal.
TUDO tem que ser feito pra se manter resultado do campo. TUDO. TODAS as medidas possíveis e imagináveis. Senão perde-se o propósito esportivo do negócio e vira só batalhas judiciais.

Vejo com ressalvas dar essa importância a um funcionário administrativo menor. Pq se (na verdade quando) houver problemas de ilegalidade quem vc culpa? O jogador ilegal, o clube que usou o jogador ilegal ou o delegado que autorizou o jogador ilegal?
 
Não é dar poder a um funcionarizinho. É exigir da CBF organizar e cuidar do campeonato que ela diz organizar e impedir que resultados sejam decididos em tribunal.
A culpa se investiga quando ocorrer. EXATAMENTE como está acontecendo agora de qualquer forma.
Mas a questão é fazer de TUDO para que nunca ocorra e consequentemente nunca seja sequer necessário buscar culpados.
 
Coluna
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Manuel Sérgio
| manuelsergio@universidadedofutebol.com.br

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Carta aberta aos jogadores do Bom Senso F.C.
Será que o futebol profissional (o meu espetáculo favorito) é mesmo um desporto? Concorre esta modalidade à saúde dos praticantes?
07/01/2014

Queridos amigos,

Já há muito pensava em escrever-vos esta carta. Atingi os oitenta anos (a vida parece um rio com pressa de desaguar), mas procuro não envelhecer, nem no modo, nem no espírito. E, porque julgo conhecer, com alguma nitidez, o Brasil e o povo brasileiro (fui mesmo professor na Faculdade de Educação Física e na Faculdade de Educação da Unicamp, onde conheci o prof. João Paulo Medina, um dos meus mestres para uma compreensão mais holística do futebol) – não me surpreende que tenha nascido no Brasil o Bom Senso F.C.

E sob a inspiração do Dr. Sócrates, ex-jogador e ex-médico, que faleceu em 2011, com toda a certeza o futebolista de mais séria formação política, que eu conheci em toda a minha a vida. Ele foi um dos grandes artistas da história do futebol mas, antes de tudo, foi cidadão brasileiro, sentindo-se por isso responsável pelo presente e pelo futuro de todos os brasileiros...

Se o futebol é desporto, ele é necessariamente uma instituição educativa e, como tal, deve ajudar todos os agentes do futebol a cuidarem da suas faculdades físicas e fisiológicas e ainda intelectuais, emocionais, políticas, morais. Tornar a pessoa mais pessoa é o objetivo primeiro da prática desportiva. Por isso, no desporto, mais importante que a competição é a solidariedade, mais importante que o prestígio pessoal é a cultura da justiça e da liberdade, mais importante do que as vitórias e as derrotas é a saúde dos atletas, sujeitos a calendários que os obrigam a três jogos semanais (os jogadores já não se treinam, recuperam tão-só do esforço desmesurado do jogo anterior).

E, a par de tudo isto, um recatado patriotismo, não um patriotismo demagógico, explorando-o em proveito próprio, como o patriotismo daqueles políticos que parecem estremecer de amor pátrio e são os primeiros a pôr as mãos em dinheiro... que é de todos!

Mas, será que o futebol profissional (o meu espetáculo favorito) é mesmo desporto? Concorre esta modalidade à saúde dos praticantes? No Brasil, rebeldes a todo o conformismo e absentismo, há profissionais de futebol que o não aceitam, nos moldes atuais, como fator de educação e saúde. Assim o pensam, entre outros, o “zagueiro” corintiano Paulo André; o idealizador do movimento e que se inspirou no Dr. Sócrates, para criar o Bom Senso F.C.; o veterano “goleiro” Dida; D'Alessandro, argentino e capitão do Inter; Rogério Ceni, ídolo são-paulino e pessoa de grande sensatez, foi um dos primeiros jogadores a “encampar” a ideia; Alex, meia do Coritiba e porta-voz do grupo. E muitos mais nomes aqui poderia invocar, como Barcos do Grêmio, Gilberto Silva do Atlético-MG, Lincoln (Coritiba), Fabrício do São Paulo, Rafael Moura do Internacional, Correa da Portuguesa, etc., etc. De assinalar ainda que o Neymar, o Kaká e o Robinho, também eles abraçaram a causa do Bom Senso.

Mas, quais são as mais instantes reivindicações do Bom Senso F.C.? A Folha de S. Paulo, de 7 de Novembro de 2013, dá assim notícia do que se passava: “O Bom Senso F.C. rechaça a proposta de calendário da CBF, para 2015 (…) e pretende fazer protestos. O tom que será adotado, porém, divide as opiniões do movimento. É consenso no grupo (com mais de mil atletas) que o projeto não atende as solicitações. A proposta concede férias de 30 dias e um mês de pré-temporada, mas ,mantém um número alto de jogos”.

Como se sabe, a história do desporto ensina que as práticas desportivas se construíram como representações de batalhas simuladas, onde há sempre opositores, reais ou simbólicos, que é preciso superar e vencer. Por seu turno, os jornalistas, os escritores e as mais sofisticadas tecnologias, quando se ocupam da alta competição desportiva, dão livre curso ao reforço dos aspectos competitivos do desporto. E os estádios transformam-se assim num cenário de consciências coletivas, de identidades tribais, de gestas dramáticas e épicas e de protagonistas carismáticos, heróis que o tempo não apaga.

Hoje, como qualquer cego vê, o espetáculo desportivo pouco mais é do que uma empresa capitalista, onde a mercantilização do desporto se processa em vários níveis. Um deles é este: até os campeões, os heróis de que o sistema capitalista diz orgulhar-se, são mercadoria que se compra e se vende. E, porque mercadoria, dizendo (mesmo sem o dizer) que, na nossa sociedade neoliberal, a competição econômica é o sentido da vida, pouco contando, nesta competição sem freios, a saúde dos atletas. E dizendo ainda que a hierarquia, que as classificações finais registram, não se devem a nada mais do que ao rendimento físico e não (também) a critérios de ordem intelectual, social e política.

Aliás, a glorificação do desporto, na base exclusiva do rendimento físico, é uma forma encapotada de ajudar à formação de bestas esplêndidas e não de cidadãos livres e libertadores. Portanto, o corpo dos jogadores profissionais de futebol não pode observar-se, como prolongamento ou imitação da máquina, como resultado de uma preparação física onde biologismo e economicismo se confundem.

No sistema capitalista, o corpo é objeto, não é sujeito, não tem valores, nem sonhos, nem desejos – é instrumento do lucro, nada mais! Tudo isto o sabem os jogadores do Bom Senso F.C., que não aceitam a derrota, diante da sociedade injusta, antes de a competição principiar. Por isso, queridos amigos, vos abraço, com um abraço sobre o coração, relembrando com saudade o Dr. Sócrates, jogador de futebol, médico e um cidadão de admirável consciência política.



*Antigo professor do Instituto Superior de Educação Física (ISEF) e um dos principais pensadores lusos, Manuel Sérgio é licenciado em Filosofia pela Universidade Clássica de Lisboa, Doutor e Professor Agregado, em Motricidade Humana, pela Universidade Técnica de Lisboa.

Notabilizou-se como ensaísta do fenômeno desportivo e filósofo da motricidade. É reitor do Instituto Superior de Estudos Interdisciplinares e Transdisciplinares do Instituto Piaget (Campus de Almada), e tem publicado inúmeros textos de reflexão filosófica e de poesia.

Esse texto foi mantido em seu formato original, escrito na língua portuguesa, de Portugal.


Fonte
 
O movimento Bom Senso F.C. agora tem site: http://www.bomsensofc.org/

Lá tem bem explicadinho todas as propostas, e fica bem claro lá que o movimento não é nada elitista. São assustadores os dados que eles apresentam sobre os clubes pequenos, acho que até mais assustadores que os números dos grandes, que já estamos carecas de saber. A sequência de slides, logo na segunda seção, é devastadora.
 
Não vão conseguir nada com esse receio todo. O Bom Senso é uma ideia interessante, mas não conseguem desgarrar dos cartolas e impor algum respeito ao movimento. Nada de novo na "Pátria de Chuteiras"
 
O Paulo André, líder do Bom Senso, está indo jogar lá na China. Sabia que iria dar em nada isso.
 
Acho importante e achei a proposta bastante equilibrada, com apenas dois possíveis poréns com respeito aos Estaduais.

1) Sedes fixas no interior? Quer dizer que alguns clubes regionais, que já têm pouca torcida, ainda teriam que jogar longe de casa?

Difícil isso. Acho que o melhor seria ser, até a semifinal, jogo único, e sempre na casa do clube menor rankeado. E a final, duas opções: ou sempre num estádio conhecido como o "oficial" do Estado (Mineirão, Maracanã, etc), ou em dois jogos.

2) Outro ponto discutível é: junho? Acho foda. A Copa Estadual disputada bem depois que o Brasileirão já teve o apito inicial vai tirar demais o algum prestígio que o evento poderia ter. Ao que parece, eles querem uma folga do torneio nacional neste período. Mas uma interrupção dessa só deixaria o torcedor frustrado. Mais sensato colocar o Estadual em fevereiro e o Brasileirão começando em março.

De toda forma, o calendário e a defesa dos direitos do atleta são uma parte só do (imenso) quebra-cabeça. Alguns pontos:

1) Para que os times se sustentem jogando esse tanto de partidas, é preciso mais verba, o que normalmente vem de publicidade das mais diferentes formas. Mas para haver publicidade, é necessário exposição, o que implicaria na necessidade da existência de mais exposição. Uma TV regional para as Séries C e D e, na pior das hipóteses, rádios que cubram os clubes da Série E, e todos com alguma audiência. Mas como sabemos, a malha de telecomunicações nesse País não é muito dispersa...

2) Os próprios clubes regionais têm que se repensar e se integrarem à comunidade local, ao invés de baterem a tecla no já surrado e insustentável método de encontrar um mecenas que despeje seus jogadores - nem sempre bons - lá dentro.
 
Estaduaizinhos reduzidos a um mero torneiozinho de poucos jogos acho aceitável mas teria que ser disputada no começo do ano como pré-temporada.

Criação de série E também sou a favor, mas desde que a CBF saiba organizar e dar todo o respaldo pra que esses clubes que irão disputa-la tenham um calendário bom, decente e não fiquem vários meses sem atividade.
 
Fair Play Financeiro, pelo Bom Senso:


E o Paulo André falou do Corinthians e do Bom Senso, em entrevista ao Cosme Rimoli:

(...)
O movimento Bom Senso não buscou o apoio de jogadores jovens e importantes como Neymar, Oscar, Lucas, Ganso? Ou eles não se interessaram? A principal ‘acusação’ de membros da CBF e até de gente como Eurico Miranda é que o movimento é de jogadores ricos e em final de carreira, que só querem atenção perto de largar o futebol e sonham em ser dirigentes, políticos?

Você deve se lembrar que quando houve greve na Espanha, há dois anos, quem estava sentado na mesa de negociação e quem dava as caras na imprensa eram oito dos principais jogadores da seleção espanhola. Foram eles que tomaram a frente do processo e disseram que não entrariam em campo em solidariedade aos demais companheiros de outros clubes que estavam com salários atrasados. Na NBA há alguns anos a greve também foi comandada pelos seis principais jogadores da liga. Não tenho dúvida de que apenas os grandes jogadores, com prestigio e história é que podem sustentar uma posição de confrontação com as entidades. Esse tipo de atleta não será ameaçado ou retaliado descaradamente. Todos os outros serão, sabemos disso. Quanto aos jovens, o movimento é democrático, é público. Entra quem quer. Ninguém é forçado a nada. Quando éramos jovens também não participamos ou não participávamos das principais decisões porque tínhamos medo de retaliação, porque estávamos preocupados com a nossa carreira e com as nossas oportunidades. A geração anterior a nossa era alienada ou desinteressada e não parou um segundo para pensar nos que vinham depois deles. Alguns estão na TV hoje, falando abobrinhas como se tivessem feito alguma coisa importante (extra campo) quando tinham notoriedade e representatividade para tal. Já Neymar, Lucas e Oscar estão estabilizados financeiramente mas tem uma Copa do Mundo pela frente e os outros jovens, instáveis economicamente, não discutirão com os poderosos nem se posicionarão contra eles. É mais do que entendível isso. Mas é oportunista a CBF e os Euricos dizerem que o movimento é de velhos que querem atenção. Parece que estão falando de si próprios. É uma tentativa ridícula de ludibriar o publico para mascarar sua inoperancia administrativa e o desrespeito para com as estrelas que produzem, com suor e trabalho, o futebol brasileiro. Freud explica. Só se tem medo do que há dentro de voce. Como eles têm muitos interesses nos cargos políticos do futebol, eles acreditam que todas as outras pessoas também devam ter. Então será impossível explicar-lhes ou faze-los entender que um bando de atletas consagrados representando mais de mil jogadores resolveu contribuir com o aperfeiçoamento do esporte no país, por paixão e vontade de deixar um caminho mais saudável para quem está por vir. Diferentemente dos atletas, esses personagens não são os produtores mas sim, os exploradores do futebol brasileiro. E exatamente por esse motivo, não dá pra entender como a CBF e as Federações (que vivem do espetáculo produzido pelos atletas) desrespeitam os jogadores e não dão a mínima para suas opiniões e experiências. Estamos falando do Dida, Alex, Rogério Ceni, Juninho Pernambucano, Seedorf, Juan, D’Alessandro, Gilberto Silva, Fernando Prass, Barcos, Lucio Flavio, e tantos outros…. Quem são Marin e Marco Polo? Quem é Novelletto para falar uma asneira por semana? Tiveram sucesso em suas administrações? O interior de São Paulo está jogado as traças. O interior do Rio Grande do Sul nem se fala. É esse modelo atual que eles defendem? Me parece que sim porque estão todos muito satisfeitos. São verdadeiros dinossauros que não fazem ideia do que acontece no futebol atual mas que estão dispostos a tudo para continuar a mamar nas tetas da vaca. E o povo, revoltado com a sua própria desgraça diária em um país que não oferece o mínimo necessário, ao invés de perceber a força e a importância desse movimento (como exemplo) para a sociedade que precisa reclamar coisas mais importantes (evidentemente), trata de gastar energia para discriminar alguns atletas (2% do total) que recebem salários privilegiados. Só que por ignorância esse mesmo povo aceita passivamente a exploração e a má gestão do produto que ele ama e consome. Isso sim é uma coisa de maluco para mim!

(...)

Entrevista Completa
 
Última edição:
Bom Senso e clubes chegam a acordo: times serão mais fiscalizados e CBF pagará a conta
Publicado em 14/08/2014, 18:20 /Atualizado em 15/08/2014, 01:20 - Camila Mattoso, do ESPN.com.br

O Bom Senso e a comissão de clubes da CBF se reuniram nesta quinta-feira e chegaram a um consenso sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal, que deve ser votada na Câmara dos Deputados depois das eleições. Pelo entendimento entre as partes, a entidade máxima do futebol brasileiro deve pagar a conta de um órgão fiscalizador dos times de futebol, para controlar se as equipes estão em dias com salários e impostos. O custo deve ficar em R$ 3,5 milhões por ano.

A grande questão por parte dos atletas é que eles estavam achando o projeto frágil do ponto de vista de garantir o compromisso das diretorias em não criar novas dívidas após a aprovação do refinanciamento, mas, ao que tudo indica, o problema foi resolvido.

"A reunião foi ótima. Conseguimos aparar algumas das principais arestas que tínhamos e agora saímos com algumas lições de casa, de pensar melhor como vai funcionar esse órgão fiscalizador, mas temos um acordo de maneira geral. Ainda não sabemos quanto isso vai custar exatamente, mas a CBF deve custear isso", afirmou Vilson Ribeiro de Andrade, presidente da comissão e do Coritiba, que estava representando a CBF na reunião.

"A gente quer que o órgão funcione de uma maneira independente, mas que ao mesmo tempo esteja sob o guarda-chuva da CBF. E chegamos nesse acordo. No órgão há pessoas voluntárias e também alguns remunerados. O custo inicial que a gente cotou é de R$ 3,5 milhões. Mas ainda vamos ver quanto vai sair. Vamos ainda repensar no modelo", completou Ricardo Borges, diretor-executivo do Bom Senso.

Uma outra questão importante era o nível de fiscalização. O projeto atual prevê que os clubes tenham de apresentar suas Certidões Negativas de Débitos para participarem dos campeonatos, o que é considerado pouco pelo Bom Senso, que quer uma freqüência maior de comprovações. A diferença entre eles também foi resolvida.

"Eles concordaram que o controle estava pouco. O Vilson propôs que seja até uma fiscalização mensal, que eles mostrem todo mês que estão com salários e impostos em dia. Isso estava faltando pra gente", acrescentou Borges.

Segundo ambos, daqui pra frente poderá ser mais fácil aprovar a medida, já que eles estarão do mesmo lado, brigando pela mesma coisa.

"Vamos terminar de fazer nossas lições. Ainda tem coisas que dependem do governo, especialmente nas questões mais técnicas do financiamento. Mas com certeza pode ser mais fácil agora que estamos do mesmo lado. Vamos terminar de elaborar o que combinamos aqui e então vamos saber se podemos aprovar antes das eleições. Queremos o mais rápido possível", disse Vilson.

MARCELO D'SANTS/ESPN
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Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba, em reunião do Bom Senso

"Acho que foi muito por isso. Tiramos algumas coisas que estavam ruim na relação e agora vamos defender as coisas juntos. Isso pode nos ajudar a agilizar essa questão, aprovando quem sabe antes mesmo das eleições. Claro que depende da agenda do Congresso, mas é um passo importante", finalizou Borges.

A reunião aconteceu na tarde desta quinta-feira, em São Paulo, e teve também a presença de representantes de Corinthians e Palmeiras.

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