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Evento As 5 Melhores (68ª Semana) - Talking Heads

Quickbeam

Rock & Roll


O Talking Heads foi uma banda criada em 1975, na cidade de Nova York, e manteve-se ativa até 1991. Era um período de transição, entre os movimentos Punk e New Wave.

O grupo era formado por: David Byrne (voz principal e guitarra), Chris Frantz (bateria e voz de apoio), Tina Weymouth (baixo e voz de apoio) e Jerry Harrison (teclado, guitarra e voz de apoio).

O estilo musical avant-garde dos Talking Heads combinava elementos do punk rock, new wave, pop, funk, world music e art rock. O líder e compositor David Byrne, autor de letras imprevisíveis e obscuras, tornou-se também a cara da banda, com suas performances e projetos multimídia.

Um desses projetos é o filme-concerto Stop Making Sense, dirigido por Jonathan Demme. Trata-se de um espetacular registro da turnê de Speaking in Tongues, em que o palco começa vazio e vai, a cada nova música, ganhando novos componentes da banda e equipamentos. O momento mais icônico ocorre em "Girlfriend Is Better", quando Byrne surge no palco usando um terno gigantesco, inspirado no teatro Noh japonês.

História

O grupo foi formado em 1974 durante os estudos na Rhode Island School of Design. No início, o grupo era apenas David Byrne e Chris Frantz, que tocavam e compunham (entre as músicas da época, pode-se citar "Psycho Killer" e "Warning Sign") sob o nome de "The Artistics", jocosamente chamado de "The Autistics". Em 1974, a namorada de Chris, Tina Weymouth, juntou-se a eles e então David mudou o nome da banda para Talking Heads.

A primeira grande apresentação da banda ocorreu no dia 8 de junho de 1975, quando fizeram a abertura do show dos Ramones no lendário CBGB's Club, em Nova York. Em 1976 acrescentaram mais um membro, Jerry Harrison, um ex-membro dos The Modern Lovers, outra grande referência novaiorquina. Rapidamente o grupo se articulou e conseguiu fechar um contrato com a Sire Records (associada da Warner Bros).

O primeiro compacto da banda é lançado em 1977, "Love → Building on Fire". De setembro de 1977 data o primeiro álbum, Talking Heads: 77, que já mostrava o rock e o punk misturados com sons experimentais, por influência de grupos como Velvet Underground e da nova aspiração de Cleveland, Pere Ubu. As músicas "Uh-Oh, Love Comes to Town", "Psycho Killer" e "Pulled Up" foram lançadas como singles.

Em 1978, chega o segundo trabalho do grupo, More Songs About Buildings and Food, numa colaboração com o produtor inglês Brian Eno, conhecido pelo seu trabalho com Roxy Music, David Bowie e Robert Fripp. Brian Eno se tornou uma espécie de "quinto elemento" do grupo e passou a colaborar com novos estilos musicais. É dessa época a cover de Al Green, "Take Me to the River". Este álbum teve uma melhor recepção pela crítica, o que deu certo nome à banda.

As experiências musicais continuaram com o trabalho de 1979, Fear of Music, cujo foco estava no flerte com o clima dark do pós-punk rock. A música "Life During Wartime" ficou famosa nesse momento.

Em 1980, fortemente influenciados pelo afrobeat do nigeriano Fela Kuti, cuja música havia sido introduzida a eles por Eno, lançam Remain in Light, em que exploram as polirritmias da África Ocidental, amalgamando-as com a música árabe do norte da África, o disco funk e vozes "descobertas". Essas combinações prenunciaram o interesse posterior de Byrne pela World Music. O single "Once in a Lifetime" marcou esse processo.

Após lançar quatro LPs em 4 anos, o Talking Heads fica 3 anos produzindo apenas um e nesse ínterim lança o trabalho ao vivo The Name of This Band Is Talking Heads.

Durante esse período, David Byrne lançou dois trabalhos solo: My Life in the Bush with Ghosts, com Brian Eno; e a trilha sonora da peça de balé The Catherine Wheel. Chris Frantz e Tina Weymouth, influenciados pelo soul, dance e funk, também formam um projeto alternativo, o Tom Tom Club, e lançam o primeiro álbum, que leva o nome da banda. Nessa época, perdem o produtor Brian Eno, que passa a se dedicar à banda irlandesa U2.

Speaking in Tongues foi lançado em 1983, um trabalho mais comercial que gerou o primeiro grande sucesso da banda no Top 10 americano, "Burning Down the House". A turnê desse trabalho, intitulada Stop Making Sense e considerada uma das melhores da história do rock, foi a última da banda. O documentário dessa turnê foi filmado pelo então novato Jonathan Demme, que anos depois ganharia o Oscar de melhor diretor por O Silêncio dos Inocentes. Em Stop Making Sense, álbum ao vivo de 1984, além de "Burning Down the House", temos uma poderosa versão para "Psycho Killer".

Após o lançamento de 83, outros 3 trabalhos foram criados: Little Creatures (1985), True Stories (1986) e Naked (1988). True Stories, trilha sonora para um estranhíssimo filme dirigido pelo próprio Byrne, teve como hits "Radiohead" (que inclusive deu nome ao grupo inglês liderado por Thom Yorke, o Radiohead) e a contagiante "Wild Wild Life".

Com o passar do tempo, a banda cada vez mais passou a ficar em segundo plano, sob os pés do líder David Byrne. Após um espaço de 3 anos sem gravações e shows, foi dada a "sentença definitiva". No dia 2 de dezembro de 1991, David Byrne anunciou o fim do grupo Talking Heads durante uma entrevista ao Los Angeles Times. Byrne seguiu numa errática carreira solo, mas o grupo até hoje é uma referência de rock experimental, pop e criativo, influenciando bandas atuais como Arcade Fire, The Killers, Clap Your Hands Say Yeah e, mais recentemente, artistas inspirados pelo worldbeat, como Vampire Weekend e Yeasayer.


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1This Must Be the Place (Naive Melody) (Speaking in Tongues, 1983)
Só vim a realmente "descobrir" essa música quando assisti o DVD de Stop Making Sense. Até já tinha visto o clipe em VHS, na compilação Storytelling Giant, mas a revelação só se deu depois, enquanto assistia David Byrne dançando com um abajur, evocando a clássica cena de Fred Astaire com um cabideiro. XD

É uma canção tão adorável e acolhedora, praticamente livre de qualquer cinismo ou paranóia, o que a torna atípica na obra dos Talking Heads até então. Sim, é uma love song, mas acho que o que mais me atrai nela é que, no fundo, o amor faz parte de um quadro maior, o encontrar-se no mundo: descobrir um espaço de conforto e segurança, um lugar para se sentir verdadeiro e inteiro, enfim, um lar.

Home, is where I want to be
But I guess I'm already there
I come home, she lifted up her wings
I guess that this must be the place
2Dream Operator (True Stories, 1986)
True Stories pode ser um álbum fraco e irregular, mas contém algumas pérolas pouco conhecidas, como essa singela balada que fala sobre cada um de nós, operadores desses grandes sonhos que são nossas vidas.

And you dreamed it all
And this is your story
Do you know who you are?
You're the dream operator
3Memories Can't Wait (Fear of Music, 1979)
Fear of Music, ao lado de 77, são meus álbuns favoritos dos Talking Heads. Foi difícil escolher uma faixa ("Life During Wartime" ou "I Zimbra" quase entraram), mas "Memories Can't Wait" acabou prevalecendo (pelo menos desta vez :dente:). A letra, como tantas outras de Byrne, é meio enigmática, talve fale sobre drogas, mas eu acho que é um tanto existencialista, sobre como não podemos fugir de nós mesmos, de nossa consciência.
4Born Under Punches (The Heat Goes On) (Remain in Light, 1980)
É o disco mais celebrado da banda, e não sem razão. As experimentações atingem seu pico: lembro, por exemplo, como foi estranho escutar essa música pela primeira vez, parecia tão alienígena. E, no entanto, a coisa toda é fascinante, com suas polirritmias, blips eletrônicos e guitarras rítmicas.
5Thank You for Sending Me an Angel (More Songs About Buildings and Food, 1978)
Grande faixa de abertura de More Songs, é outra pela qual me apaixonei definitivamente depois de ver a versão ao vivo de Stop Making Sense. A versão de estúdio, porém, é igualmente boa: pouco mais de 2 minutos de perfeição pop.
 

Anexos

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Última edição por um moderador:
Gosto do som alternativo do Talking Heads, que tem o David Byrne uma figura emblemática, inovadora e única na música.

1° Lady Don´t Mind


2° Psycho Killer


3° Wild Wild Life


4° Burning down the house


5° Once in a lifetime

 
Última edição por um moderador:
Só conheço uma sílaba da obra inteira da banda e acho a banda foda:

FA FA FA FA FA FA FA FA FA

 
Última edição por um moderador:

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