Aparentemente, o livro SdA toca muito levemente no tema, e fala muito menos do que poderíamos querer saber para além de colocá-los como membros mortais dos filho de Eru, talvez para pretender manter o clima.
De certo há quem diga que os hobbits sejam produto que bebe de mais de uma fonte de inspiração (uma colagem de várias lendas), incluindo neles boatos do próprio universo Tolkieniano que circulava no meio do povo do condado de eles existirem por causa de seres que teriam natureza mágica conforme as lendas misteriosas que os hobbits contavam.
Pessoalmente, por mais que o cruzamento entre fada e hobbit seja só mentira do folclore hobbitesco infantil considero que a diferenciação em relação ao povo grande não pareça ser um acontecimento comum e esteja mais próximo das forças do destino (magia portanto) que apenas de escolhas de moradia.
De certo houve períodos de mente fértil em Tolkien quando ele flertou livremente com criaturas mágicas nas obras e é possível testemunhar esses elementos mágicos na origem do conceito dos hobbits por mais que se diga no livro que sua habilidade de se esconder seja normal.
Certamente não era normal. O condado se apresenta como terra protegida e estranhamente oculta até dos propósitos de Sauron e Saruman, habitantes de uma "ilha de paz" forjada por pioneiros que se instalavam a beira de cursos de água quando o mundo ainda tinha magia correndo pelos rios e cursos fluviais.
E sabem qual a melhor parte? O conceito de "magia" valorizado pelos homens, que era uma idealização errônea na opinião dos elfos em relação ao poder subcriativo sobre a natureza que os homens temiam dava ampla cobertura para que eles habitassem naturalmente como seres comuns, porém em outra frequência ou região da natureza, sem deixarem de serem atani (filhos mais novos), apenas desejando usufruir das benesses dos Valar como foi com Númenor (outra terra protegida). Ou seja, difíceis de serem encontrados e conhecidos.
E para o povo de Rohan era como se lendas brotassem do capim. Esse documentário aqui é bem legal quando mostra o tipo de ser que podia andar na mente de Tolkien em certo período criativo: