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Você é a favor da legalização do aborto?

Você é contra ou a favor a legalização do aborto?


  • Total de votantes
    116
Qual opinião vale mais? De Ginecologistas de 2014 ou de judeus homens da Idade da pedra quando o assunto é útero e vagina?
Aborto é um assunto de útero e vagina?
Se fosse apenas isso, eu entenderia sobrepor a opinião médica especializada à opinião leiga; como eu não acho que seja uma questão puramente médico-científica, penso que opor um opinião de 2014 à de uma opinião da idade da pedra (um exagero, por óbvio), é pressupor que com o passar do tempo a gente fosse gradualmente melhorando de opinião, "evoluindo" (num sentido deturpado, claro). E isso é baboseira. Pode ser verdade para a ciência e a tecnologia.

Mas sempre tem alguém, dessa mesma direita raivosa, pra querer regular o útero.

Insistir que a proibição do aborto seja uma simples "regulação do útero" é ignorar as outras partes envolvidas: o pai do feto, e o próprio feto (se ele tem vida, e a partir de quando, e se tem algum direito a ser resguardado, etc.). É de um simplismo tacanho.
 
Ok Rafael, aguardo a sua resposta sobre: pq o princípio meu corpo, minhas regras" não vale para o feto/girino. Acho q vc tem mt facilidade de falar mal de religiosos e direitistas nervosos. Vá um pouco além disso.
** Posts duplicados combinados **
até porque, nessa tua lógica, que é que você tá dando pitaco aqui?

:lol::lol::lol:

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Aliás, como o @Calib bem falou, o pai também deveria ter algo a opinar. É claro, falar isso no meio de um debate onde a argumentação é restrita ao fanatismo religioso e ao machismo (que não nego ser uma realidade), é quase suicídio.
 
Quando a lei proíbe que o menor de 14 anos trabalhe, ainda que na condição de aprendiz, ela está regulando o corpo do adolescente.
Quando a lei proíbe que o menor de 14 anos tenha relação sexual com maiores de idade, ainda que perfeitamente consentidas, ela está regulando o corpo do adolescente.
Quando a lei proíbe a divulgação de pornografia de menores de idade, ainda que seja do interesse do menor em divulgá-la e lucrar com isso, ela está regulando o corpo do adolescente.
Quando a lei proíbe que um cidadão ampute qualquer parte saudável do seu corpo, pela razão que for, ela está regulando o corpo do sujeito.

Ora, querendo ou não, o Estado assume diversas medidas protetivas em detrimento das liberdades individuais o tempo todo. Você pode dizer que nos três primeiros casos, é porque se trata de defender menores que podem "não saber o que fazem", ou seja lá como se ponha a questão da incapacidade jurídica (que é arbitrária, enfim). Mas o quarto exemplo se estende a qualquer adulto em pleno domínio de suas faculdades mentais.

Por fim, quando proíbe o aborto, o Estado "regula o útero" da mulher, se você quiser pôr nestes termos, mas pensando na conservação do feto. Daí que a discussão inevitavelmente deva levar em conta o feto, e se ele é já um ser vivo, um cidadão com direitos, etc.

É preciso não esquecer que não há direito absoluto. Isso poderia significar tanto pôr a mãe acima do feto, como pôr o feto acima da mãe (se se decidir que o feto já é sujeito de direito). Sobre questões jurídicas o @Mavericco poderia contribuir se tiver paciência e o conhecimento já do assunto. E o @Eriadan também.

§§§§§§§§§

Eu acho que de um ponto de vista mais pragmático, a chave da discussão acaba sendo aquilo mesmo que foi levantado: se é justo pôr na cadeia a mulher por ter abortado. O que inevitavelmente nos remeteria a toda uma discussão sobre criminologia, o que é crime, como puni-lo, e qual a função do presídio na nossa sociedade, etc.
Atualmente, eu diria que não, que uma mulher não deve ser presa por abortar. porque o nosso sistema prisional não é mais pura e simplesmente a restrição da liberdade como deveria; ele é o inferno-na-terra, e por isso mesmo uma punição muito desproporcional à grande maioria dos crimes.
Mas, como já disse e votei, sou favorável ao aborto com restrições (como ouvir o pai da criança, se for conhecido e possível).

Uma possível descriminalização do aborto levaria a outro questionamento: deve o SUS arcar com os abortos? Se sim, por quê?

E outra: mesmo sendo liberado o aborto, o Governo deveria fazer campanha pró ou contra a prática? Ou ficar quieto? Deveria alertar para o fato de que a taxa de suicídio cresce barbaramente entre as mulheres que abortam?
 
Uma possível descriminalização do aborto levaria a outro questionamento: deve o SUS arcar com os abortos? Se sim, por quê?

Considerado que é um assunto de saúde pública, sim deveria.

E outra: mesmo sendo liberado o aborto, o Governo deveria fazer campanha pró ou contra a prática? Ou ficar quieto? Deveria alertar para o fato de que a taxa de suicídio cresce barbaramente entre as mulheres que abortam?

Apenas informar, apresentando os pontos a favor e contra. Por exemplo, informar sobre isso. Mas, ha ligação entre as duas coisas. Essas mulheres iriam tentar suicídio mesmo que não engravidassem ou abortassem? Essa estatística é feita só com mulheres que fizeram aborto legal?
** Posts duplicados combinados **
Aborto é um assunto de útero e vagina?
Se fosse apenas isso, eu entenderia sobrepor a opinião médica especializada à opinião leiga; como eu não acho que seja uma questão puramente médico-científica, penso que opor um opinião de 2014 à de uma opinião da idade da pedra (um exagero, por óbvio), é pressupor que com o passar do tempo a gente fosse gradualmente melhorando de opinião, "evoluindo" (num sentido deturpado, claro). E isso é baboseira. Pode ser verdade para a ciência e a tecnologia.

Não é só isso, mas qual opinião é mais válida num contexto de saúde pública? De um médico ou de um religioso leigo no assunto? Não falei em evolução (se falei não foi nesse sentido), falei da questão médica.

Insistir que a proibição do aborto seja uma simples "regulação do útero" é ignorar as outras partes envolvidas: o pai do feto, e o próprio feto (se ele tem vida, e a partir de quando, e se tem algum direito a ser resguardado, etc.). É de um simplismo tacanho.

Sim, o pai do feto também tem direito de opinar, eu não disse que não tinha, disse que pra mim a mãe deveria ter mais direitos que o feto e o pai de opinar. Como disse, o feto não é nada além de um punhado de células até o terceiro mês, dizer que isso tem mais direitos que uma mulher adulta fisica e socialmente formada é que é muito errado.
 
Sim, o pai do feto também tem direito de opinar, eu não disse que não tinha, disse que pra mim a mãe deveria ter mais direitos que o feto e o pai de opinar.

Ou seja: se o pai opinasse contra o aborto do seu filho, a mãe ainda assim poderia abortá-lo? É isso? Então a opinião do pai é irrelevante.

Como disse, o feto não é nada além de um punhado de células até o terceiro mês, dizer que isso tem mais direitos que uma mulher adulta fisica e socialmente formada é que é muito errado.

O problema é a desproporção aqui: prevalecendo o direito da mãe, o feto morre ou é privado de vir a ter vida, o que seja; prevalecendo o direito do feto, a mulher se obriga a nove meses de gestação e todos os problemas que a @Ana Lovejoy já mencionou, além de se responsabilizar pelo filho pela vida toda etc. -- mas são problemas que não se comparam à morte (de novo: se considerarmos que o feto já tem vida e que seria digno de tê-la resguardada; se o teu entendimento é de que "isso" é só um punhado de células, imagino que você se oponha à ideia de que seja um ser vivo até o terceiro mês.)

Mas, ha ligação entre as duas coisas. Essas mulheres iriam tentar suicídio mesmo que não engravidassem ou abortassem? Essa estatística é feita só com mulheres que fizeram aborto legal?

Sobre a taxa de suicídio: não tenho aqui nada prontinho para "linkar"; mas uma pesquisa rápida no Google deve indicar algumas matérias sobre o assunto. Já li algumas que faziam referência a esse aumento significativo na taxa entre mulheres que abortaram. Não sei o quão relevante é saber se o aborto era legal ou não; certamente o suicídio não se deve pela culpa de ter desrespeitado uma leizinha, né?

Não é só isso, mas qual opinião é mais válida num contexto de saúde pública? De um médico ou de um religioso leigo no assunto? Não falei em evolução (se falei não foi nesse sentido), falei da questão médica.

Ficou implícita a ideia de uma evolução quando você fez questão de salientar que o médico era "de 2014" e o outro era "da idade da pedra". A distinção não foi, portanto, apenas entre o técnico e o leigo. Mas whatever. Não é o foco aqui.
 
Como disse, o feto não é nada além de um punhado de células até o terceiro mês
Agora fiquei com uma dúvida, isso quer dizer que já é um fato cientificamente comprovado dizer que o feto até o terceiro mês não pode ser considerado um ser vivo ou um ser humano?
Porque a lei só criminaliza o aborto em virtude da proteção à vida, mas se já comprovaram a inexistência de vida no amontoado de células até o terceiro mês, não existe também motivos para discussão, afinal já temos um fato que valida a alteração da lei.
Seria isso mesmo?
 
Agora fiquei com uma dúvida, isso quer dizer que já é um fato cientificamente comprovado dizer que o feto até o terceiro mês não pode ser considerado um ser vivo ou um ser humano?
Porque a lei só criminaliza o aborto em virtude da proteção à vida, mas se já comprovaram a inexistência de vida no amontoado de células até o terceiro mês, não existe também motivos para discussão, afinal já temos um fato que valida a alteração da lei.
Seria isso mesmo?
Bom, já ouvi e li o termo "morte embrionária". Eu não sei se é um termo leigo ou se é considerado válido pela medicina. Mas se for válido eu não vejo como possa haver o conceito de morte para algo que não é considerado como vivo.

Uma dúvida aqui: o pessoal que votou a favor sem restrições, quer dizer sem restrições mesmo? Um feto normal de uma gravidez de sete meses, por exemplo, pode ser abortado? o_O
 
Última edição:
Bom, já ouvi e li o termo "morte embrionária". Eu não sei se é um termo leigo ou se é considerado válido pela medicina. Mas se for válido eu não vejo como possa haver o conceito de morte para algo que não é considerado como vivo.

Uma dúvida aqui: o pessoal que votou a favor sem restrições, quer dizer sem restrições mesmo? Um feto normal de uma gravidez de sete meses, por exemplo, pode ser abortado? o_O

Eu sim.
 
E onde podemos encontrar esse consenso médico de que o feto é um amontoado de células até o terceiro mês? Aliás, esclareça, Rafael, já que eu não tenho os conhecimentos médicos, o que acontece um dia depois do terceiro mês para que o feto deixe de ser um amontoado de células e passe a ser um indivíduo dotado do direito do "meu corpo, minhas regras". Ou será que antes dessa etapa ela é apenas um amontoado de células um pouco mais complexo?

Sobre a questão do pai, está claro que ele será apenas consultado. Já que não vai ser ele que terá que carregar o bebê por nove meses, é óbvio que a opinião dele é irrelevante, né? Considerando a lógica vigente no tópico.
 
Uma dúvida aqui: o pessoal que votou a favor sem restrições, quer dizer sem restrições mesmo? Um feto normal de uma gravidez de sete meses, por exemplo, pode ser abortado? o_O
ACHO que se a gravidez chegou ao sétimo mês (exemplo), a mãe não vai pensar mais em aborto...
Anyway, quando votei em "sem restrições", estava pensando nas restrições que já existem, de que só pode abortar quando a vida da mãe ta em perigo, quando o feto não tem cérebro e quando a mulher foi estuprada.
Respondendo às suas perguntas: não e não. A regra geral nos países que liberam o aborto é que só pode ser feito antes da 12ª semana, né? Nunca me aprofundei muito no assunto, mas existem estudos que justificam a escolha deste 'prazo', não?
 
Sim, faz muito sentido você lamentar ter nascido e por isso achar que todos também prefeririam isso.
 
saindo dos casos extremos (risco de vida à mãe, bebê fruto de estupro, má formação que não possibilita a vida pós-parto, etc), queria a opinião de vocês sobre casos como esse aqui:

Na semana em que este artigo é publicado, completo seis meses e meio de gestação. Quando o bebê nascer, estarei com 34 anos e 8 meses. Temo horas insones, amamentação e dilemas da educação infantil, mas sei que estou emocional e profissionalmente pronta para ser mãe. O mesmo não aconteceu em 1999 e em 2002, quando, aos 19 e 22 anos, decidi interromper duas gestações.

Nas duas ocasiões, achei que o coito interrompido resolveria minha resistência à pílula e a de meu então namorado à camisinha. Não deu certo e acabamos numa clínica de abortos clandestina em uma maternidade na Zona Sul de São Paulo. Em uma semana, fazia-se a avaliação do caso. Na seguinte, marcava-se o procedimento. Lembro-me com nitidez da sala de cirurgia onde fiz o que o médico disse ser “uma curetagem supernormal em países onde o aborto é legalizado”. Por R$ 1.200 (o equivalente a R$ 3.000 hoje), o problema foi resolvido em apenas três horas. Ao despertar da sedação senti um pouco de cólica e nada mais.

Não quero fazer apologia do aborto. No Brasil, isso é crime, com pena de um a três anos de prisão. Mas seria leviana em dizer que me sinto mal por tê-lo feito. A compreensão dos meus pais e a minha convicção de que aquele não era o momento para engravidar me eximem de culpa. Tive (e tenho!) uma mãe maravilhosa: coerente na ação e no discurso nos momentos mais difíceis da minha criação. E sempre soube que o mínimo que eu teria de fazer era tentar me igualar a ela. Aos 19 e aos 22 anos, quando só pensava em mim mesma, nos gatinhos e em baladas, isso seria impossível. Aos 34, não será fácil. Mas além de uma mãe dedicada, meu filho terá um pai incrível. Orgulhoso não só dele, mas da mulher que escolheu.
 
Não consegui achar uma fonte boa para essa primeira matéria, mas achei interessante:

Mais de metade das adolescentes grávidas vão ao médico fora do prazo legal para abortar
A gravidez adolescente em Portugal tem vindo a descer nos últimos anos, segundo a Direção-Geral de Saúde.

Mais de metade das adolescentes portuguesas grávidas recorrem aos serviços de saúde demasiado tarde para poderem interromper a gravidez, mas das que chegam dentro do prazo legal apenas uma minoria opta por fazer um aborto, revelam os resultados preliminares de um estudo sobre gravidez na adolescência em Portugal.

O projeto “Gravidez na Adolescência em Portugal: etiologia, decisão reprodutiva e adaptação”, que começou em 2008 e deverá estar concluído em 2014, analisou até ao momento dados de 1.675 jovens, entre os 12 e os 19 anos de idade, utentes de 31 hospitais e maternidades, 29 unidades locais de saúde e centros de atendimento a jovens e 23 escolas de todas as regiões de Portugal.

Para já, a amostra é apenas representativa das adolescentes que levam a gravidez até ao fim, mas os autores estimam que a amostra das jovens que interrompem a gravidez será alcançada nos próximos meses.

As primeiras conclusões apontam que 53,9 por cento destas jovens “têm o seu primeiro contato com os serviços de saúde após as 10 semanas de gestação”, o que elimina a possibilidade de interrupção voluntária da gravidez, disse à agência Lusa Raquel Pires, uma das investigadoras do projeto da Universidade de Coimbra, que conta com o apoio da Associação para o Planejamento da Família e da Direção Geral de Saúde.

No entanto, assinala Raquel Pires, daquelas que tiveram essa possibilidade, apenas 15,1 por cento ponderou interromper a gravidez, tendo posteriormente mais de metade destas decidido continuar com a gestação.

O estudo conclui ainda que a grande maioria das gravidezes adolescentes (98 por cento) ocorrem dentro de uma relação de namoro com homens em média 4,5 anos mais velhos, por vezes adultos, e que estão fora do sistema escolar. Revela ainda que, apesar de a maioria das adolescentes ter engravidado de forma não planejada, utilizando contracepção e conseguindo identificar o que falhou no seu uso, há regiões do país com elevadas percentagens de gravidezes resultantes do não uso de contracepção, nomeadamente as regiões Centro e da Madeira.

No Alentejo e nos Açores, as gravidezes adolescentes são na sua maioria planejadas e na Madeira existe também uma elevada percentagem de uso ineficaz da contracepção sem que as jovens consigam identificar a falha que esteve na origem da gravidez.

“Independentemente da trajetória que conduz as adolescentes à gravidez, a baixa escolarização e/ou o abandono escolar estão entre as variáveis que mais contribuem para a amplificação do risco de gravidez adolescente”, sublinha Raquel Pires.

Nesse sentido, a investigadora defende que é necessário dar prioridade "à educação das adolescentes e dos seus parceiros sobre possíveis falhas na utilização de métodos contraceptivos, o risco de gravidez a elas inerente e a ação da contracepção de emergência".

"Os nossos resultados espelham igualmente a necessidade de não desinvestir nas políticas de saúde que visam a promoção da utilização de contracepção, sendo ainda necessário avaliar as razões pelas quais os resultados alcançados em algumas regiões, como o Centro e a Madeira, não são totalmente satisfatórios", acrescentou.

Raquel Pires considera que as adolescentes em maior risco se encontram fora do sistema de ensino, "o que restringe o seu acesso a uma educação sexual”, sublinhando que um dos grandes desafios na prevenção deste fenômeno passa pela integração nas ações da população masculina.

"Muitas vezes estes homens estão fora do alcance dos programas de educação sexual e prevenção da gravidez e outros resultados indesejados por serem mais velhos ou não frequentarem a escola, sendo importante investir em ações destinadas à promoção de uma sexualidade segura na comunidade", disse.

A gravidez adolescente em Portugal tem vindo a descer nos últimos anos, segundo a Direção Geral de Saúde. "O número de nascimento em mulheres abaixo dos 19 anos têm diminuído ao longo dos anos, progressivamente e de forma sustentada, sem que isso corresponda ao aumento de interrupções da gravidez neste grupo etário", disse à agência Lusa Lisa Vicente, da DGS.

Baseando-se em inquéritos a jovens realizados em Portugal e na União Europeia, a responsável da DGS adiantou ainda existir uma "maior utilização de contracepção segura entre as mulheres mais jovens".

fonte

In 2009 there were fewer babies born to teen mothers in Portugal than any other year since 1970.

"According to data from the National Statistics Institute (INE), in 1977 the number of babies born in Portugal to girls aged between 11 and 19 was around 20,000; in 2009, 4,347 ‘young mums’ had a baby.
The head of Portugal’s National Health Board’s (DGS) family planning department, Lisa Vicente, said the significant reduction in the number of teen pregnancies was due to “diverse factors”, namely improved prevention awareness, more information about sex and sexuality, and more information about contraception. She said that the fact it was made legal in 2007 to have an abortion during the first 10 weeks of pregnancy did not really contribute to the reduction.
DGS figures show that in 2009, 127 girls under the age of 15 had an abortion, as did 2,264 girls aged between 15 and 19."

fonte
 
Sim, faz muito sentido você lamentar ter nascido e por isso achar que todos também prefeririam isso.
Faz o mesmo sentido que a maioria goste de viver e achar que todos prefeririam isso.

A propósito, onde é legal o aborto, qual é o limite de tempo de gravidez que se torna ilegal, e como chegaram a esse valor?
 
saindo dos casos extremos (risco de vida à mãe, bebê fruto de estupro, má formação que não possibilita a vida pós-parto, etc), queria a opinião de vocês sobre casos como esse aqui:

Minha opinião: contato que nos dois primeiros casos ela tenha realizado o aborto dentro daquilo que eu julgo correto (que já expus nesse post, e que nesse caso seria o critério de ser feito antes dos 3 primeiros meses), tudo ok. =]
 
Nunca me aprofundei muito no assunto, mas existem estudos que justificam a escolha deste 'prazo', não?
Apesar de eu não gostar da superinteressante, eles fizeram uma separação muito prática:

1. Visão genética
A vida humana começa na fertilização, quando espematozóide e óvulo se encontram e combinam seus genes para formar um indivíduo com um conjunto genético único. Assim é criado um novo indivíduo, um ser humano com direitos iguais aos de qualquer outro. É também a opinião oficial da Igreja Católica.

2. Visão embriológica
A vida começa na 3ª semana de gravidez, quando é estabelecida a individualidade humana. Isso porque até 12 dias após a fecundação o embrião ainda é capaz de se dividir e dar origem a duas ou mais pessoas. É essa idéia que justifica o uso da pílula do dia seguinte e contraceptivos administrados nas duas primeiras semanas de gravidez.

3. Visão neurológica
O mesmo princípio da morte vale para a vida. Ou seja, se a vida termina quando cessa a atividade elétrica no cérebro, ela começa quando o feto apresenta atividade cerebral igual à de uma pessoa. O problema é que essa data não é consensual . Alguns cientistas dizem haver esses sinais cerebrais já na 8ª semana. Outros, na 20ª .

4. Visão ecológica
A capacidade de sobreviver fora do útero é que faz do feto um ser independente e determina o início da vida. Médicos consideram que um bebê prematuro só se mantém vivo se tiver pulmões prontos, o que acontece entre a 20ª e a 24ª semana de gravidez. Foi o critério adotado pela Suprema Corte dos EUA na decisão que autorizou o direito do aborto.

5. Visão metabólica
Afirma que a discussão sobre o começo da vida humana é irrelevante, uma vez que não existe um momento único no qual a vida tem início. Para essa corrente, espermatozóides e óvulos são tão vivos quanto qualquer pessoa. Além disso, o desenvolvimento de uma criança é um processo contínuo e não deve ter um marco inaugural.

fonte

Existe também uma declaração do Conselho Federal de Medicina, dizendo que o aborto antes da 12ª semana é válido por ser mais seguro para a mãe. As justificativas mudam, mas as medidas legais que variam de país para país são determinadas simplesmente escolhendo uma das visões acimas.

"Porém, segundo o médico, este tempo de gestação para se realizar um aborto varia de país para país, segundo Rosa. A lei da Itália, por exemplo, admite que tal procedimento em até 24 semanas. Já a Suécia admite 18 semanas e Portugal 10 semanas."

fonte
 

Valinor 2023

Total arrecadado
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