O primeiro clássico que li, O Leopardo, de Tomasi di Lampedusa, um escritor siciliano, não me agradou. Talvez porque eu não estava ainda habituado a esse nível de leitura. Porém, o próximo livro que li foi o Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Goethe, e adorei. Depois, não parei mais, e cá estou eu, amante de Dostoiévski, Shakespeare e Machado de Assis, dentre outros.
Alguns livros cuja leitura não me agradavam ou não me envolviam eu já deixava de lado, como foi o caso de O Nome da Rosa, de Umberto Eco - exageradamente descritivo - e Cidades Mortas, de Monteiro Lobato - repleto de palavras irreconhecíveis, própria de um vocabulário regional, que acabavam por tornar a leitura dos contos extremamente enfadonha. Outro livro que eu achei um saco em alguns aspectos, porém li todo, foi Ligações (ou Relações) Perigosas, de Choderlos de Laclos. Mesmo sendo interessante ao desnudar a hipocrisia e a decadência moral da nobreza da época - e Laclos era muito ferino, além de considerado erótico para a época -, a obra tinha uma meticulosidade narrativa excessiva, que deixava a trama muito lenta sem necessidade.