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Publicado em
Outubro 28, 2009 por
Paulo J Fonseca
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Paulo J Fonseca
Marion Zimmer Bradley tem um séquito de seguidores.
Contudo, nem todos gostam de ler o que ela escreve. E isso não se deve ao texto, mas sim às histórias. Uma das principais criticas que é feita aos seus trabalhos está relacionada com o poder dado às mulheres…
Considero isso estranho!
Eu pelo menos nunca achei esse poder desproporcionado, e muito menos me senti aviltado por ele. È claro que esta crítica é feita principalmente por homens, o que nos poderia levar a pensar que Marion Zimmer Bradley é uma escritora feminista – que não é – ou que escreve livros para mulheres – o que está igualmente errado.
Mas sobre isso, voltaremos mais tarde em outros posts sobre a obra desta excelente escritora.
Por agora, trago-vos
Caçadores da Lua Vermelha, onde homens e mulheres, têm os papeis equilibrados…
Os Caçadores da Lua Vermelha foi o primeiro livro de Fantástico que li. Um livro fininho! Um livro que devorei e li e reli tantas vezes quantas me apeteceu. Um livro que tem um lugar especial na minha estante!
Conta-nos a história de um terrestre – Dane Marsh – que é sequestrado por extraterrestres enquanto viajava a bordo do seu barco – o
Seadrift – no Pacífico. O que é que isto tem de fantástico e novo?
Talvez nada… Mas a partir daqui Marion Zimmer Bradley arrasta-nos do
Seadrift, ao mesmo tempo que Dane Marsh é levado pelos extraterrestres, e atira-nos para dentro de uma grande nave interestelar com todo o aparato e confusão que isso teria em nós se realmente tivéssemos tido a sorte de Marsh. Felizmente não tivemos – o que, por vezes, nos parece difícil de acreditar dada a intensidade do relato – e poderemos descontraídos – o que, também, nem sempre é possível pela mesma razão – ler o resto das aventura de um homem que no principio do livro nos diz que pensava já não haver mais aventuras.
Trata-se de uma narrativa extraordinária de comunhão, companheirismo e sobrevivência. No seu sequestro Marsh conhece os companheiros, seres inteligentes de outras espécies e raças espalhadas pelo universo que, como ele, haviam sido raptados dos seus mundos. Em conjunto ver-se-ão obrigados a esquecer as diferenças para lutar por aquilo que interessa a todos: sobreviver. E é só depois de uma tentativa de fuga falhada conhecem o destino: baterem-se pela vida com bravura num mundo desconhecido – a Lua Vermelha.
A Lua Vermelha é um mundo estranho. Depararão com vários sinais de uma civilização esquecida, mas é completamente desabitado. Apenas tem uma função: servir de palco para um jogo tenebroso em que o grande prémio é ficar vivo. Nesse jogo participa um povo misterioso – apenas conhecido como os caçadores – e Dane Marsh e os companheiros – a caça!
Conseguirão sobreviver?
Convido-vos a conhecerem este livro. Verão como valerá a pena….
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Sobre Paulo J Fonseca
Escritor, leitor, apreciador do cinema e videojogos, admirador de artes digital e «ouvidor» de música. Gosto de divulgar tudo aquilo que me parece bom, tal como alertar para tudo aquilo que, parecendo bom, pode não ser tão bom assim.
Ver todos os artigos de Paulo J Fonseca →
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Autores,
Fantasia,
Fantástico,
Ficção Científica,
Literatura,
Literatura Fantástica,
Livros,
Romance.
ligação permanente.
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7 respostas a Os Caçadores da Lua Vermelha
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Francisco Norega diz:
Outubro 31, 2009 às 12:35 pm
Por acaso nunca tinha ouvido falar deste livro da Marion. Li Darkover e gostei imenso, talvez um dia venha a ler este
Abraço
Responder
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nfonseca diz:
Novembro 2, 2009 às 12:26 pm
mmm… a MZB tem coisas boas e outras não tão boas. Este, que pode ser giro de um certo ponto de vista, empalidece perante muitos outros, até pelo “Foragidos do céu” da E-A. Mas por acaso é sabido que a autora, principalmente a partir de certa altura, começou mesmo a ter uma postura de feminismo activo através dos seus livros, e há quem comente que a tendência chegou para lá do razoável no fim da carreira.
Abstenho-me, porque de facto só li toda a excelente/boa/razoável catrefa Darkover (da autora a solo, e com companhia – bom, faltaram-me um ou dois destes pois na época não havia Amazon e eu só os achava à venda em Cascais), ficando-me a faltar os das outras quatro ou cinco series, os stand-alones, as colecções de contos…*sigh*, um homem não chega para tudo
O máximo que se pode dizer é que de facto, há uma certa relação entre as temáticas desenvolvidas nesta série e a tendência acima referida. Se foi a mais ou não e em que termos, é opinião que deixo para os que tiverem lido a obra toda.
Nada disto, é óbvio, se relaciona com qualquer valorização dos movimentos feministas, globalmente considerados – um disclaimer necessário nos dias de hoje, onde aparece muito cegueta a opinar aos berros.
Francisco, se já leste os Darkover, garanto que qualquer deles é melhor que este, escrito por ela e pelo marido em 73 (há uma sequela de 79, que ignoro se boa ou má ou sequer se por cá foi publicado, caso ainda estiveres interessado depois de ler este).
Mas falar deste livro, que até pertence à segunda geração de titulos de FC “clonados” entre editoras, algo que hoje é já tradição certa (como, em réplica especulativa, é o Laran e os feudos familiares com os seus larans) tem a virtude de pelo menos por-nos a falar de MZB, o que é muito bom e faz sempre falta. Obrigado Paulo.
Responder
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Francisco Norega diz:
Novembro 3, 2009 às 12:17 am
Bem, eu gostei imenso do primeiro volume do Darkover, mas para já foi o único que li. Se assim o dizes, então provavelmente lerei mais rápido os volumes seguintes da série Darkover do que este.
Abraço
Responder
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nfonseca diz:
Novembro 5, 2009 às 12:06 am
E para delinear o caminho da leitura, estes dois links são porreiros pois ajuda seguir as personagens e a história da sociedade Comyn:
Cronologia: http://web.mac.com/scifione/orig/BOOKS/DARKOVER/darkover-chrono.htm
ou ainda melhor:
http://en.wikipedia.org/wiki/Darkover_series
Para mim os de leitura mais apetecida talvez sejam os do periodo “After the Comyn (Against the Terrans: The Second Age)”.
Espero que gostes Francisco. O Darkover Landfall tb é giro, mas acredita que é muito mais engraçado de ler depois de sabermos tudo aquilo que será gerado por esses acontecimentos. Não deixa de ser uma sociedade tipo feudal (a não ser lá mais para o fim, mas mesmo assim…), mas os poderes conferidos pela mixigenação com os aliens autóctones dão um toque de originalidade muito porreiro a toda a série.
Responder
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carla diz:
Fevereiro 25, 2010 às 6:57 pm
não gostei nada da m***a do livro.
Responder
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Albertino Ferreira diz:
Janeiro 1, 2011 às 4:34 pm
Um livro muito bom. Que, entre outras coisa, levanta a questão do individual e do colectivo na sociedade dos caçadores. Até que ponto somos seres individuais, como se releva na nossa sociedade, em que praticamente só ao eu é que se considera existir. Ou somos seres colectivos, membros de uma sociedade, sem a qual não fazemos sentido, um pouco como a sociedade das formigas.
Responder
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Patrícia (Portugal) diz:
Agosto 31, 2011 às 3:11 am
O livro é brutalmente bom!
Marion é uma escritora extraordinária.
Não há palavras que descrevam o seu talento.
Responder
Marion Zimmer Bradley tem um séquito de seguidores.
Contudo, nem todos gostam de ler o que ela escreve. E isso não se deve ao texto, mas sim às histórias. Uma das principais criticas que é feita aos seus trabalhos está relacionada com o poder dado às mulheres…
Considero isso estranho!
Eu pelo menos nunca achei esse poder desproporcionado, e muito menos me senti aviltado por ele. È claro que esta crítica é feita principalmente por homens, o que nos poderia levar a pensar que Marion Zimmer Bradley é uma escritora feminista – que não é – ou que escreve livros para mulheres – o que está igualmente errado.
Mas sobre isso, voltaremos mais tarde em outros posts sobre a obra desta excelente escritora.
Por agora, trago-vos
Caçadores da Lua Vermelha, onde homens e mulheres, têm os papeis equilibrados…
Os Caçadores da Lua Vermelha foi o primeiro livro de Fantástico que li. Um livro fininho! Um livro que devorei e li e reli tantas vezes quantas me apeteceu. Um livro que tem um lugar especial na minha estante!
Conta-nos a história de um terrestre – Dane Marsh – que é sequestrado por extraterrestres enquanto viajava a bordo do seu barco – o
Seadrift – no Pacífico. O que é que isto tem de fantástico e novo?
Talvez nada… Mas a partir daqui Marion Zimmer Bradley arrasta-nos do
Seadrift, ao mesmo tempo que Dane Marsh é levado pelos extraterrestres, e atira-nos para dentro de uma grande nave interestelar com todo o aparato e confusão que isso teria em nós se realmente tivéssemos tido a sorte de Marsh. Felizmente não tivemos – o que, por vezes, nos parece difícil de acreditar dada a intensidade do relato – e poderemos descontraídos – o que, também, nem sempre é possível pela mesma razão – ler o resto das aventura de um homem que no principio do livro nos diz que pensava já não haver mais aventuras.
Trata-se de uma narrativa extraordinária de comunhão, companheirismo e sobrevivência. No seu sequestro Marsh conhece os companheiros, seres inteligentes de outras espécies e raças espalhadas pelo universo que, como ele, haviam sido raptados dos seus mundos. Em conjunto ver-se-ão obrigados a esquecer as diferenças para lutar por aquilo que interessa a todos: sobreviver. E é só depois de uma tentativa de fuga falhada conhecem o destino: baterem-se pela vida com bravura num mundo desconhecido – a Lua Vermelha.
A Lua Vermelha é um mundo estranho. Depararão com vários sinais de uma civilização esquecida, mas é completamente desabitado. Apenas tem uma função: servir de palco para um jogo tenebroso em que o grande prémio é ficar vivo. Nesse jogo participa um povo misterioso – apenas conhecido como os caçadores – e Dane Marsh e os companheiros – a caça!
Conseguirão sobreviver?
Convido-vos a conhecerem este livro. Verão como valerá a pena….
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Talentos Fantásticos-CríticaEm "Autores Portugueses"
Larry Nolen na Dagon e no Correio do FantásticoEm "correio do fantastico"
Reviews/Recensões/CríticasEm "Cinema"
Sobre Paulo J Fonseca
Escritor, leitor, apreciador do cinema e videojogos, admirador de artes digital e «ouvidor» de música. Gosto de divulgar tudo aquilo que me parece bom, tal como alertar para tudo aquilo que, parecendo bom, pode não ser tão bom assim.
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Literatura,
Literatura Fantástica,
Livros,
Romance.
ligação permanente.
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Francisco Norega diz:
Outubro 31, 2009 às 12:35 pm
Por acaso nunca tinha ouvido falar deste livro da Marion. Li Darkover e gostei imenso, talvez um dia venha a ler este
Abraço
Responder
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nfonseca diz:
Novembro 2, 2009 às 12:26 pm
mmm… a MZB tem coisas boas e outras não tão boas. Este, que pode ser giro de um certo ponto de vista, empalidece perante muitos outros, até pelo “Foragidos do céu” da E-A. Mas por acaso é sabido que a autora, principalmente a partir de certa altura, começou mesmo a ter uma postura de feminismo activo através dos seus livros, e há quem comente que a tendência chegou para lá do razoável no fim da carreira.
Abstenho-me, porque de facto só li toda a excelente/boa/razoável catrefa Darkover (da autora a solo, e com companhia – bom, faltaram-me um ou dois destes pois na época não havia Amazon e eu só os achava à venda em Cascais), ficando-me a faltar os das outras quatro ou cinco series, os stand-alones, as colecções de contos…*sigh*, um homem não chega para tudo
O máximo que se pode dizer é que de facto, há uma certa relação entre as temáticas desenvolvidas nesta série e a tendência acima referida. Se foi a mais ou não e em que termos, é opinião que deixo para os que tiverem lido a obra toda.
Nada disto, é óbvio, se relaciona com qualquer valorização dos movimentos feministas, globalmente considerados – um disclaimer necessário nos dias de hoje, onde aparece muito cegueta a opinar aos berros.
Francisco, se já leste os Darkover, garanto que qualquer deles é melhor que este, escrito por ela e pelo marido em 73 (há uma sequela de 79, que ignoro se boa ou má ou sequer se por cá foi publicado, caso ainda estiveres interessado depois de ler este).
Mas falar deste livro, que até pertence à segunda geração de titulos de FC “clonados” entre editoras, algo que hoje é já tradição certa (como, em réplica especulativa, é o Laran e os feudos familiares com os seus larans) tem a virtude de pelo menos por-nos a falar de MZB, o que é muito bom e faz sempre falta. Obrigado Paulo.
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Francisco Norega diz:
Novembro 3, 2009 às 12:17 am
Bem, eu gostei imenso do primeiro volume do Darkover, mas para já foi o único que li. Se assim o dizes, então provavelmente lerei mais rápido os volumes seguintes da série Darkover do que este.
Abraço
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nfonseca diz:
Novembro 5, 2009 às 12:06 am
E para delinear o caminho da leitura, estes dois links são porreiros pois ajuda seguir as personagens e a história da sociedade Comyn:
Cronologia: http://web.mac.com/scifione/orig/BOOKS/DARKOVER/darkover-chrono.htm
ou ainda melhor:
http://en.wikipedia.org/wiki/Darkover_series
Para mim os de leitura mais apetecida talvez sejam os do periodo “After the Comyn (Against the Terrans: The Second Age)”.
Espero que gostes Francisco. O Darkover Landfall tb é giro, mas acredita que é muito mais engraçado de ler depois de sabermos tudo aquilo que será gerado por esses acontecimentos. Não deixa de ser uma sociedade tipo feudal (a não ser lá mais para o fim, mas mesmo assim…), mas os poderes conferidos pela mixigenação com os aliens autóctones dão um toque de originalidade muito porreiro a toda a série.
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carla diz:
Fevereiro 25, 2010 às 6:57 pm
não gostei nada da m***a do livro.
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Albertino Ferreira diz:
Janeiro 1, 2011 às 4:34 pm
Um livro muito bom. Que, entre outras coisa, levanta a questão do individual e do colectivo na sociedade dos caçadores. Até que ponto somos seres individuais, como se releva na nossa sociedade, em que praticamente só ao eu é que se considera existir. Ou somos seres colectivos, membros de uma sociedade, sem a qual não fazemos sentido, um pouco como a sociedade das formigas.
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Patrícia (Portugal) diz:
Agosto 31, 2011 às 3:11 am
O livro é brutalmente bom!
Marion é uma escritora extraordinária.
Não há palavras que descrevam o seu talento.
Responder