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José Saramago

De cara peguei O Evangelho segundo Jesus Cristo, esse eu recomendo. Estou lendo Jangada de Pedra. Lu Eire, em se tratando de Saramago dá pra apostar.
 
ricardo, como comentado ali acima, como é a visão de Saramago em "O Evangelho segundo Jesus Cristo"?... quero dizer, é realmente muito... escandaloso o modo como ele trata da história? ou dá pra encarar,rsrrsrsrs?

P.S.; depois passa aqui pra comentar sobre o jangada, hehe
 
Gabriel Cezar disse:
Ah! e pessoal, "Levantado do Chão" é bom realmente?

Eu gostei muito dele, Gabriel. Fala sobre... Ah, o Saramago explica muito melhor:

[align=justify]Acho que do chão se levanta tudo, até nós nos levantamos. E sendo o livro como é - um livro sobre o Alentejo - e querendo eu contar a situação de uma parte da nossa população, num tempo relativamente dilatado, o que vi foi todo o esforço dessa gente de cujas vidas eu ia tentar falar é no fundo o de alguém que pretende levantar-se. Quer dizer: toda a opressão económica e social que tem caracterizado a vida do Alentejo, a relação entre o latifúndio e quem para ele trabalha, sempre foi - pelo menos do meu ponto de vista - uma relação de opressão. A opressão é, por definição, esmagadora, tende a baixar, a calcar. O movimento que reage a isto é o movimento de levantar: levantar o peso que nos esmaga, que nos domina. Portanto, o livro chama-se Levantado do Chão porque, no fundo, levantam-se os homens do chão, levantam-se as searas, é no chão que semeamos, é nos chão que nascem as árvores e até do chão se pode levantar um livro.[/align]
Fonte: Wikipedia

Valha Deus por nós que somos pequeninos, até dando entrevista o cara destroi...
 
Manu M. disse:
Aqui ainda não procurei, mas NUNCA consegui encontrar Levantado do Chão em lugar nenhum, nem biblioteca, sebo, livraria, necas. Sempre esgotado ou inexistente. =/

E eis que se fez a Internet, e tudo estava lá, e Deus viu e gostou. E disse o SENHOR: "Essa tal de net é porreta, sô!"


http://www.fnac.pt/Levantado-do-Chao-Oferta-Jose-Saramago/a5440?PID=5&Mn=-1&Ra=-1&To=0&Nu=3&Fr=0
 
Do Saramago li Todos os Nomes, O Evangelho Segundo Jesus Cristo, Caim e, recentemente, O Memorial do Convento. Só em Todos os Nomes não encontrei temática religiosa direta.

Até onde li, me parece que Saramago é uma espécie de historiador alternativo. A História se alimenta de fatos. O que não tem como ser comprovado, por falta de registro, deixa os eventos abertos à especulações. No caso do Evangelho, se têm uma ênfase muito forte na vida de José e Maria e na infância e adolescência de Jesus, quase nada descritas na Bíblia. O livro poderia ser apenas uma história alternativa de Jesus, mas no final Saramago dá uma de suas alfinetadas dirigidas diretamente à Igreja. Cristãos têm todo o direito de se sentirem ofendidos.

Caim é mais direto. Esse livro foi feito contra a fé cristã. E olha que Caim pode ser assunto de outros livros de forma bem cristã. A Leste do Éden tem o conflito de Caim e Abel como um de seus temas mais explorados. Mas em Caim, Saramago é muito ofensivo. Como se Saramago encarnasse em Caim pra enfrentar Deus.

O Memorial do Convento é uma história de amor. Os abusos do poder da Coroa Portuguesa e da Igreja Católica, e a descrição dos costumes daquela época, são apenas o plano de fundo. Seria uma história alternativa misturado com realismo fantástico.

Romances com uma pitada de religiosidade podem ser bem interessantes. O Nome da Rosa, de Umberto Eco, se passa num mosteiro e consegue retratar um inquisidor como o mocinho, até com sentimentos de remorso. Mas não recomendo a leitura dos livros mais polêmicos do Saramago por nenhum cristão praticante, porque a fé não será abalada, apenas a paciência.

Ah! E tem Todos os Nomes. Uma história sobre a solidão e mediocridade, assim como A Hora da Estrela, mas em que o protagonista pelo menos sonha e corre atrás dos sonhos. Mas não é lá muito interessante.
 
Gabriel

vi que vc perguntou algumas vezes e acabou que ninguém respondeu diretamente... Seguinte, o texto n'O Evengelho Segundo Jesus Cristo não é "escandaloso" ou "destruidor de crenças".

Saramago é critico muito mais da religião do que de Deus. "Ué mas não são a mesma coisa?" alguém poderia questionar, pois bem, digo que NÃO! E em maiúsculas mesmo!

É fato que o Velho é ateu, mas ele escreve não para fazê-lo mudar de ideia ou tentar te provar que um ser criador, oni/alguma coisa/ente é uma fantasia imbecil para adultos! Ele escreve de modo critico e ácido sobre as mazelas que a religião pode causar, ams ele faz isso com SUTILEZA (as vezes mais, as vezes menos) e com MUITA, mas bota muita, classe e talento!

Jesus transou com Madalena, Jesus teve dúvidas, Deus não é o pai protetor que nos falam, o Diabo pode ser um cara legal e incompreendido... tudo isso está lá, mas de uma forma tão bem escrita que não ofende, instiga!

Ao ler você se pegara não duvidando de suas crenças (uma crença verdadeira não deveria se abalar com um livro "de fantasia") mas pensando sobre elas, até - quem sabe - sorrindo e vendo que mesmo sendo contra suas convicções, pode haver beleza (e graça, e conhecimento novo, etc...) num livro. Num BAITA DUM SENHOR LIVRO FODÃO!!! XD


PS: é.. eu sou meio que muito fan do Velho...
 
Gabriel Cezar disse:
P.S.; depois passa aqui pra comentar sobre o jangada, hehe

Me intrometi no seu convite ao Ricardo porque li Jangada e gostei bué. E não sei porque raios minha imaginação condicionou a imagem da viúva do novelo de lã à Penélope Cruz. :rofl:

Saramago tem umas boas primeiras frases de livro, e Jangada tem dessas. Uma coisa que eu gosto muito dele, e vi isso tb no Ensaio sobre a cegueira, é o desenrolar político que ele faz andar junto com a história. Acho muito bacana porque ele põe os personagens muito bem contextualizados, no Jangada, por exemplo, ele fala das migrações, dos problemas socioeconômicos que surgiram, das relações diplomáticas, e o mais interessante - ao menos na minha interpretação - é que ele condiciona tudo aos personagens. É como se ele reescrevesse a História (no caso fictícia, mas ele faz isso com história real em Memorial do Convento - meu preferidíssimo dele) pelo ponto de vista do mais fraco, do excluído. E isso me faz pirar.

Eu bem queria ser assim quando crescesse. Mas com história e personagens reais.
 
Rodovalho disse:
Do Saramago li Todos os Nomes, O Evangelho Segundo Jesus Cristo, Caim e, recentemente, O Memorial do Convento. Só em Todos os Nomes não encontrei temática religiosa direta.
Putz, também, né? Só pelos títulos, nota-se XD

Rodovalho disse:
Ah! E tem Todos os Nomes. Uma história sobre a solidão e mediocridade, assim como A Hora da Estrela, mas em que o protagonista pelo menos sonha e corre atrás dos sonhos. Mas não é lá muito interessante.

Rodovalho, eu nunca na vida faria conexão entre Hora da Estrela e Todos os Nomes (se bem que eu sempre confundo burramente Hora da Estrela e Água Viva, vai entender). Tudo bem que o tema é próximo, mas os estilos são tão diferentes que nem consigo linkar. A Lispector é muito neurótica, autocentrada, burguesinha. História dela é hiperexistencial. Com isso não tiro o mérito, ela é fantástica no que faz. Admiro e gosto. Mas o Saramago é mais amplo, analítico. Ele é mais profundo e mais leve ao mesmo tempo. Quando termina Todos os Nomes vc não se sente tão trancafiado dentro do próprio peito como quando termina Hora da Estrela (ou Água Viva?). Enfim, são como sopa e melancia. Os dois tem água até entornar, mas que grande diferença entre um e outro... hehe
 
Não conheço Todos os Nomes, mas acho bem tenso fazer uma aproximação. Até porque a temática d'A Hora da Estrela não é esse aí não. Sem contar que Macabéa corre atrás do sonho dela e consegue realizar de forma torta que nem ela.

Rodovalho disse:
O Memorial do Convento é uma história de amor. Os abusos do poder da Coroa Portuguesa e da Igreja Católica, e a descrição dos costumes daquela época, são apenas o plano de fundo.

Isso aqui é exatamente o contrário. Memorial é uma história sobre abusos do poder da Coroa Portuguesa e da Igreja Católica utilizando como metáfora (e crítica) um romance entre duas personagens e o aparelho fantástico que ajudam o padre a construir.

De resto: se você é religioso, você tem uma obrigação moral de ler os romances religiosos de Saramago. Conflitar a fé é sempre algo de valor. Além do que, se você sabe apreciar uma boa técnica e uma boa escrita, não há problema nenhum na temática utilizada.
 
O Evangelho é extremamente ofensivo ao cristianismo, até mais que o Memorial. Enquanto no Memorial, pode-se dizer que os autos-da-fé não acontecem mais e a Igreja Católica não sanciona mais reinados absolutistas, no Evangelho se faz críticas diretas à Bíblia, como o sacrifício de animais sistemático no Templo de Jerusalém e o massacre das crianças por Herodes, que poderia ter sido evitado. Sem contar nas heresias, retratando que Jesus tinha muitos irmãos, transava com Maria Madalena e o diabo retratado como um ser bonzinho, pelo menos melhor do que Deus. Resumo, no Memorial, a Igreja é má, no Evangelho, Deus é mau.

Saramago e Clarice têm estilos muito diferentes. Sopa e melancia. A semelhança entre Todos os Nomes e A Hora da Estrela é que José e Macabéia são personagens medíocres de uma história que não é. Às vezes, quando termino de assistir um filme ou ler um livro interessante, reflito sobre minha vida e concluo que minha vida é tão sem graça que não renderia uma boa história. Mas depois de ler a Hora da Estrela, sinto um alívio ao constatar que até as personagens mais apagadas podem render boas histórias. Diria o mesmo de Todos os Nomes.

Quanto ao Memorial do Convento, a história de amor de Baltasar e Blimunda se destacam simplesmente porque a minha leitura é pessoal, totalmente parcial. Pode ser uma história de amor com os abusos de poder como plano de fundo ou uma critica ao poder com o romance dos dois como carro da narrativa. De toda forma, Baltasar e Blimunda estão juntos durante quase toda a história, e os outros detalhes sobre os costumes da época são fragmentados.
 
Diabo bonzinho por diabo bonzinho já temos Paraíso Perdido do Milton. E no Evangelho ele visa humanizar a figura mítica do big JC. Então você tem um Jesus homem, não um Jesus mítico e perfeito. Além disso, o Deus dele é mais parecido com o Deus do Velho Testamento, mas isso é outro ponto em outra discussão.

O restante não vou comentar porque é tudo uma questão pessoal e totalmente parcial que, portanto, não deve ser discutida.
 
Ramalokion disse:
Gabriel

Jesus transou com Madalena, Jesus teve dúvidas, Deus não é o pai protetor que nos falam, o Diabo pode ser um cara legal e incompreendido... tudo isso está lá, mas de uma forma tão bem escrita que não ofende, instiga!

Ao ler você se pegara não duvidando de suas crenças (uma crença verdadeira não deveria se abalar com um livro "de fantasia") mas pensando sobre elas, até - quem sabe - sorrindo e vendo que mesmo sendo contra suas convicções, pode haver beleza (e graça, e conhecimento novo, etc...) num livro. Num BAITA DUM SENHOR LIVRO FODÃO!!! XD


PS: é.. eu sou meio que muito fan do Velho...

Primeiro, obrigado por responderem...
e sobre o que vc disse Ramalokion, acho isso a pior parte... não sou catolico, portanto as críticas à igreja em Memorial não me afetaram, mas essa coisa em ESJC de "mudar os papeis, fazer Deus ser mau, o diabo bom, Jesus tendo desejos Terranos....
se eu ler o livro dia devo lê-lo só mesmo para apreciar a escrita do autor, que todos dizem ser muito boa nesse livro...
e Caim então... só pelo que o Rodovalho falou... Medo aqui:susto:!!!

Ok, tbm acho que crença nenhuma vai mudar, mas é muito chato às vezes ficar lendo sobre algo contrário às suas convicções...
_________________________________
Manu M. disse:
Gabriel Cezar disse:
P.S.; depois passa aqui pra comentar sobre o jangada, hehe

É como se ele reescrevesse a História (no caso fictícia, mas ele faz isso com história real em Memorial do Convento - meu preferidíssimo dele) pelo ponto de vista do mais fraco, do excluído. E isso me faz pirar.

Obrigado ManuXD!!
Fiquei muito interessado com esse livro, principalmente porque vi num livro de literatura aqui que acontece algo sobrenatural com os cachorros do livro, e tô super curioso aqui, rsrsr!
 
Gabriel dá pra encarar sim...rsrsrs. Em Portugal, acho que não gostam muito do Saramago mesmo (como bem disse a Manu), pode ser aquela coisa de santo de casa não faz milagre? Pode ser. Estou no começo do livro (A jangada de Pedra) Gabriel. Vamos ver se vai dar para dar um pitaco.
Concordo em parte com o Maverico, os cristãos podem ficar com um pouco de raiva sim, acontece Maverico que não dá para fechar os olhos diante alguns erros e distorções que aconteceram ao longo da história. Na questão do ateísmo de Saramago, não vejo problema nenhum nisso também, questões religiosas, são questões muito pessoais e vai da fé de cada um. Um dia meu pai perguntou a um capelão do exército o que ele “entendia” ser Deus, “Deus é fé” respondeu o oficial do exército de pronto ( fugi um pouco só para exemplificar).Saramago foi crítico à igreja sim, (aos desmandos e a imposição religiosa).Um grande pensador e escritor que ainda não está bem compreendido.É preciso desarmar o coração um pouco (deixar crenças religiosas um pouco de lado) para penetrar no realismo fantástico desse grande escritor português. Após ler O Evangelho segundo Jesus Cristo. Fiquei mais reflexivo nas questões levantadas no livro.
“Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.”
José Saramago
 
Gabriel dá pra encarar sim...rsrsrs. Em Portugal, acho que não gostam muito do Saramago mesmo (como bem disse a Manu), pode ser aquela coisa de santo de casa não faz milagre? Pode ser. Estou no começo do livro (A jangada de Pedra) Gabriel. Vamos ver se vai dar para dar um pitaco.
Concordo em parte com o Mavericco, os cristãos podem ficar com um pouco de raiva sim, acontece Mavericco que não dá para fechar os olhos diante alguns erros e distorções que aconteceram ao longo da história. Na questão do ateísmo de Saramago, não vejo problema nenhum nisso também, questões religiosas, são questões muito pessoais e vai da fé de cada um. Um dia meu pai perguntou a um capelão do exército o que ele “entendia” ser Deus, “Deus é fé” respondeu o oficial do exército de pronto ( fugi um pouco só para exemplificar).Saramago foi crítico à igreja sim, (aos desmandos e a imposição religiosa).Um grande pensador e escritor que ainda não está bem compreendido.É preciso desarmar o coração um pouco (deixar crenças religiosas um pouco de lado) para penetrar no realismo fantástico desse grande escritor português. Após ler O Evangelho segundo Jesus Cristo. Fiquei mais reflexivo nas questões levantadas no livro.
“Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.”
José Saramago
 
eu sei , entendo...
Pra ser sincero, estou gostando muito da escrita e críticas de Saramago... e, não querendo falar mal de nada nem magoar alguém, gosto tbm quando ele critica certos dogmas da igreja católica, pois são coisas que não concordo... e isso aconteceu muito em Memorial... por outro lado, creio que a Palavra(a Bíblia) é totalmente certa e inspirada por Deus. Por isso que fico meio com receio da obra em questão, "O evanjelho segundo Jesus Cristo"...
Mas se continuarmos assim, acho que essa discussão não acaba nunca, rsrrs...
se algum dia ler o livro eu posto aqui minha recepção, que acredito não ser tão diferente da de agora...
 
Bom, vou então fazer umas considerações finais - de minha parte - sobre a parte "não-literária" do tópico pra não desvirtuar nem floodar a coisa, rs.

O Wilde, em Dorian Gray, diz algo que nunca mais na vida esqueci: "Para testar a realidade, precisamos vê-la na corda bamba. Quando as verdades se tornam acrobatas, podemos julgá-las" (Ok, essa é a explicação poética do método científico de ensino médio, vai ver foi por isso que aprendi. =P ). Ir pra faculdade amadureceu minha fé gigantescamente, porque foi quando tive o primeiro contato - e intensivo - com pessoas q confrontavam com sinceridade, civilidade e embasamento certos dogmas (ou cegueiras) religiosos que eu tinha. Fé que nunca entrou em corda bamba não é fé, é acomodação ou instrumento de manobra, a história e a Bíblia tão cansadas de mostrar isso. Fé genuína é aquela q produz ativamente, e em primeira mão, certezas que muito possivelmente não temos capacidade (ou necessidade) de explicar, não a que aceita passivamente supostas verdades que um desconhecido qualquer disse serem incontestáveis. E quer saber? É libertador reconhecer e expurgar dogmas, aliás, Jesus adorava levar as pessoas a fazerem isso, rs.

Por isso que, mesmo sendo cristã, recomendo q se leia Saramago, ele é depurador tanto pra cristãos quanto pra ateus. Mas o principal é que, se o leitor tem a capacidade de se deliciar com a poesia, a técnica e todas as outras coisas fantásticas da obra de Saramago, certamente terá o equilíbrio/maturidade suficiente para relevar o relevável e sorver o admirável. Afinal, é literatura. E das boas mesmo, vai na fé. =P
 
Acho que o post do Rama foi perfeito. Saramago não acreditava em deus e também tinha uma postura crítica em relação à igreja. E, convenhamos. A igreja católica tem "material" para ser criticada. Acho que aqueles que têm fé, também podem ser questionadores e críticos. A fé sem razão vira fanatismo. E fanatismo é algo escroto.
 
falaramtudo, Manu e Maura!!
gostei principalmente doque vc falou Manu...
E não, não sou fanático, oras...
só para saberem... Falei mais para expor minha parte do que pensava, mas como disse, concordo muitocom a Manu no que disse aqui:
Fé que nunca entrou em corda bamba não é fé, é acomodação ou instrumento de manobra, a história e a Bíblia tão cansadas de mostrar isso. Fé genuína é aquela q produz ativamente, e em primeira mão, certezas que muito possivelmente não temos capacidade (ou necessidade) de explicar, não a que aceita passivamente supostas verdades que um desconhecido qualquer disse serem incontestáveis. E quer saber? É libertador reconhecer e expurgar dogmas, aliás, Jesus adorava levar as pessoas a fazerem isso, rs.
Valeu os tópicos gente!
 

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