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<a href="images/stories/ives_nova.jpg" title="Ives Gandra da Silva Martins Filho" class="jcebox"><img src="images/stories/thumbnails/thumb_ives_nova.jpg" alt="Ives Gandra da Silva Martins Filho" style="margin: 5px; width: 300px; height: 199px; float: left" title="Ives Gandra da Silva Martins Filho" height="199" width="300" /></a><b>I) Introdução</b><br />
<br />
Ao procurar mostrar o espírito das leis, no que inspiraria futuramente Montesquieu, Platão, em sua obra sobre As Leis, coloca no Estado Espartano o mais próximo do ideal de Estado, pela sua preocupação educacional. Porém, critica-o, pela forma da educação ministrada, num diálogo entre um espartano e um cretense, contestados por um ateniense, que estava de passagem por Creta. O contexto é a fundação próxima de uma colônia cretense, perguntando-se quais as melhores leis para regê-la.
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<br />
A base das respostas é a poesia de Tirteu, que coloca como dever supremo do cidadão a defesa da pátria, para o que é preciso buscar a virtude e perfeição pessoal. Para Tirteu (espartano), a essência da vida seria a luta, o sentido da existência a vitória e a única virtude a coragem. Já para Teógnis (ateniense), toda a areté (virtude) se resumiria na justiça. A passagem do Estado beligerante (espartano) para o Estado jurídico (ateniense) faria integrar a fortaleza com as demais virtudes (prudência, justiça e temperança).
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<br />
Com efeito, Platão observa em seu diálogo que os espartanos valorizavam tanto a fortaleza (luta contra a tentação do medo e da fuga da dor), que descuidaram da temperança (luta contra as tentações do prazer desregrado), vindo a cair na pederastia e licenciosidade (Leis n. 633-637).
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<br />
É interessante notar que Platão, em contraposição à disciplina espartana, louva paradoxalmente, como caminho para a temperança e para o verdadeiro equilíbrio da alma e do corpo, a educação ateniense através dos banquetes (simposium), que treinariam o homem no domínio de si, evitando a embriaguez (temperança), mais do que no domínio dos outros (violência), que era a preocupação espartana (cfr. Werner Jaeger, Paidéia, Martins Fontes - 2003 - São Paulo, pgs. 1293-1374).
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<br />
Mas em que consiste essa qualidade humana da temperança, tão louvada por Platão, como o segredo do equilibrio e da paz interior?
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</ br> Leia Mais...
<a href="images/stories/ives_nova.jpg" title="Ives Gandra da Silva Martins Filho" class="jcebox"><img src="images/stories/thumbnails/thumb_ives_nova.jpg" alt="Ives Gandra da Silva Martins Filho" style="margin: 5px; width: 300px; height: 199px; float: left" title="Ives Gandra da Silva Martins Filho" height="199" width="300" /></a><b>I) Introdução</b><br />
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Ao procurar mostrar o espírito das leis, no que inspiraria futuramente Montesquieu, Platão, em sua obra sobre As Leis, coloca no Estado Espartano o mais próximo do ideal de Estado, pela sua preocupação educacional. Porém, critica-o, pela forma da educação ministrada, num diálogo entre um espartano e um cretense, contestados por um ateniense, que estava de passagem por Creta. O contexto é a fundação próxima de uma colônia cretense, perguntando-se quais as melhores leis para regê-la.
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A base das respostas é a poesia de Tirteu, que coloca como dever supremo do cidadão a defesa da pátria, para o que é preciso buscar a virtude e perfeição pessoal. Para Tirteu (espartano), a essência da vida seria a luta, o sentido da existência a vitória e a única virtude a coragem. Já para Teógnis (ateniense), toda a areté (virtude) se resumiria na justiça. A passagem do Estado beligerante (espartano) para o Estado jurídico (ateniense) faria integrar a fortaleza com as demais virtudes (prudência, justiça e temperança).
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Com efeito, Platão observa em seu diálogo que os espartanos valorizavam tanto a fortaleza (luta contra a tentação do medo e da fuga da dor), que descuidaram da temperança (luta contra as tentações do prazer desregrado), vindo a cair na pederastia e licenciosidade (Leis n. 633-637).
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É interessante notar que Platão, em contraposição à disciplina espartana, louva paradoxalmente, como caminho para a temperança e para o verdadeiro equilíbrio da alma e do corpo, a educação ateniense através dos banquetes (simposium), que treinariam o homem no domínio de si, evitando a embriaguez (temperança), mais do que no domínio dos outros (violência), que era a preocupação espartana (cfr. Werner Jaeger, Paidéia, Martins Fontes - 2003 - São Paulo, pgs. 1293-1374).
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Mas em que consiste essa qualidade humana da temperança, tão louvada por Platão, como o segredo do equilibrio e da paz interior?
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