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Vista do espaço, Coreia do Norte 'desaparece'

Fúria da cidade

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  • 25fev2014---em-imagem-noturna-tirada-da-estacao-espacial-internacional-a-coreia-do-norte---no-centro-da-foto-entre-a-china-a-esq-e-a-coreia-do-sul-a-dir---aparece-como-uma-mancha-escura-no-mapa-1393332179603_615x300.jpg

    A Coreia do Norte aparece como uma mancha escura no mapa nesta imagem noturna
Imagem feita pelos astronautas da Estação Espacial Internacional no mês passado e divulgada na segunda-feira (24) revela o contraste entre a Coreia do Norte e suas vizinhas, China e Coreia do Sul.

No país comunista de Kin Jong-Un, pouquíssimas cidades possuem iluminação artificial, já que a infraestrutura do setor energético é precária, o que dá a impressão de que a capital Pyongyang é uma ilha entre os países com que faz fronteira.

O interior da Coreia do Norte é principalmente agrário, e entidades de defesa dos direitos humanos afirmam que em muitas aldeias os camponeses vivem em condições análogas às da Idade da Pedra.

Fonte
 
Curiosamente, a imagem registrada não só evoca estética pois que no regime da Coréia do Norte existe também o jogo de cena entre luz e sombra por meio do populismo.

Comumente um país pode escolher esconder/ocultar a mazela pela escuridão ou pelo ofuscamento de luz (um conceito muito aproveitado pelo cinema e pela mídia). Em países como Coréia e Cuba ocorre pela primeira opção.

Para ilustrar o exemplo tem uma história que li num livro.

Nela se conta que um homem foi procurar um sábio para lhe dizer que havia aprendido a meditar. O homem então falou de como ele havia ficado meses em uma caverna sem comer, sem dormir e sem precisar das pessoas.

Então o sábio falou que ele não havia aprendido a meditar, mas sim a hibernar igual os ursos fazem e que o corpo dele havia regredido a ponto de diminuir o metabolismo, o batimento cardíaco e o gasto de energia. O homem não havia aprendido a se controlar e se enganava pensando que praticava meditação quando na verdade era hibernação.

Da mesma forma são os países com regimes de ferro. Não se permite haver uma força interna pública que se oponha em contraste a ponto de mostrar ao governante seus limites e que ele e o povo pararam no tempo não por racionalidade mas por ódio instintivo.

Para quem está de fora do sistema norte-coreano a demora da passagem no tempo se percebe não apenas entre as pessoas no nível da rua mas também do espaço (como se vê na foto).

Por outro lado há os países que nas fotos astronômicas são luminosos desde o espaço mas que estimulam a objetificação do ser humano escondendo as fraquezas das pessoas por meio da satisfação imediata e da pressão para que as pessoas percebam apenas o "agora".

Que também é um tipo de alienação tão lesiva quanto a escuridão da caverna uma vez que a "abundância do palácio" são anestésicos que vão contra Buda (inclusive substâncias de efeito anestésico tendem também a matar neurônios).

Por isso, anestesiado pelo jogo de luz e sombra o país não vê o tempo passar.
 
XD Me aguça a vontade de explorar um ângulo próprio da estranheza. Primeiro pensar sobre porque a tempestade perfeita (Coréia do Norte) tende a aumentar o número de viajantes. :D

Depois porque se a Coréia estimula o absurdo então o espírito do improvável é o atrator do improvável. Reparem como o assunto vem ansioso parar se deliciar na sala de bizarrices. Nos outros fóruns na net percebo o padrão se repetir, mesmo não tendo uma sala, atraindo uma infinidade de memes e posts bizarros.
 
Certamente, tudo é possível quando a mente e o corpo do povo do país foram concentrados na mão.

Penso que quando a Coréia do Norte enviava o futuro líder a outros países para visitar a Disney ele partia de lá para enxergar o mundo como um cidadão brasileiro do século 19 enxergava a Europa, com olhar exótico (uma palavra mais leve para estranheza usada no ramo do turismo).

Para ele, ao mesmo tempo em que a paisagem estrangeira era incrível também não havia relação com seu mundo, nem seu universo. Era apenas turisticamente belo e distante, e simpático como ocorre quando uma pessoa considera um animal simpático, mas pensando que pode matá-lo para comê-lo no dia seguinte.

Quer dizer, as regras mais atualizadas de comportamento do país natal vinham da primeira metade do século vinte. E enquanto para a maioria dos líderes do mundo usar uma ogiva nuclear em outro país significa ter a opinião pública contra si com a imagem transformada na de um vilão (possível morte política), na Coréia do Norte usar a bomba A num país significa ser aclamado como herói.

Tanta tensão do improvável é sentida diretamente pela Coréia do Sul porque uma dinastia também vive no sul e sabe como a dinastia do norte pode pensar.

O Sul teme quando vê que o norte copia um produto, um celular eletrônico, um programa de computador ou algo ocidental porque isso não significa sinal de abertura mas sim apreensão de um recurso inimigo numa guerra de décadas, capturado aos interesses daquela legislação da primeira metade do século 20 e século 19. As empresas de copyright podem reclamar quanto quiserem mas crimes de guerra estão fora de sua alçada civil e dentro do conceito de uma possível corte superior de tribunal marcial internacional (como o do fim da Segunda Guerra).

Para o ditador a presença ou ausência de provas (improvável) é um mecanismo de controle à distância. Aquilo que não se prova também pode existir e o que hoje seriam apenas recursos estranhos para a maioria da população (confusa) do mundo ainda são na Coréia do Norte recursos viáveis e práticos.

Penso que por isso muita gente diz que se sair um passarinho de dentro da cabeça do Kim ninguém deve se admirar porque pra ele jogar gás mostarda, napalm ou sarin em uma manifestação de rua é mais simples que para um país como a Ucrânia porque o estado foi posicionado desde baixo para fazer pensarem nele como um herói independente do cenário de guerra.
 

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