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Último trânsito de Vênus no século acontece nesta terça

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
Nesta terça (5) e quarta-feira (6) os terráqueos terão a última oportunidade de suas vidas para assistir à passagem de Vênus em frente ao Sol a partir de nosso planeta.

O chamado trânsito só irá acontecer novamente daqui a 105 anos, em 2117.

Veja em tempo real pelo site da Nasa

Os trânsitos de Vênus acontecem em pares, com oito anos de intervalo entre os eventos. Entre um par e outro, no entanto, existe um hiato superior a um século.

A título de comparação, outro evento astronômico considerado bastante esperado, a passagem do cometa Halley, acontece aproximadamente a cada 76 anos.

No trânsito, o planeta aparece como um pequeno ponto escuro que vai se deslocando na superfície do Sol. Ele será observável de vários pontos do planeta, mas quase não vai captado do Brasil. Apenas moradores do extremo oeste do Acre e do Amazonas conseguirão ver o fenômeno, e mesmo assim por poucos minutos.

O fenômeno começará às 19h09 (horário de Brasília) e deve durar cerca de sete horas.

IMPORTÂNCIA

No passado, os trânsitos de Vênus eram ocasiões muito aguardadas pelos astrônomos. Nos séculos 18 e 19, aconteceram grandes expedições para vários lugares do mundo para observar o fenômeno.

Tamanha euforia tinha uma explicação. Baseado nas descobertas de Johannes Kepler, que desvendou o movimento dos planetas e tornou a antecipação dos trânsitos desses corpos, o cientista Edmond Halley (que batizou o cometa homônimo) propôs que seria possível calcular a distância entre a Terra ao Sol através do trânsito de Vênus.

Halley percebeu que, se a passagem de Vênus em frente ao Sol fosse observada de várias localidades com latitudes diferentes, seria possível usar essas triangulações para calcular a distância da própria Terra em relação ao astro.

O método tinha falhas, sobretudo pelas limitações dos instrumentos, mas empolgou a comunidade astronômica.

Problemas como tempo fechado, erros de medição e até guerras dificultaram o resultado, mas ele foi o embrião de um valor mais preciso da chamada Unidade Astronômica, a medida da Terra ao Sol, hoje estabelecida em cerca de 150 milhões de quilômetros.

Atualmente existe uma variedade tão grande de instrumentos que, para muita gente, os trânsitos passaram a ser apenas uma bonita chance de observação astronômica.

Cientistas de várias partes do mundo, no entanto, garantem que não.

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Vênus (pequeno ponto preto) passa em frente ao Sol no último trânsito do planeta, em junho de 2004​

NOVOS MUNDOS

Em um comentário na revista Nature, o astrônomo Jay Pasachoff, da União Astronômica Internacional, afirmou que o trânsito de 2012 servirá como uma grande oportunidade para calibrarmos nossos instrumentos e técnicas de observação para a descoberta de novos planetas, especialmente os de tamanho pequeno, como a Terra ou Vênus.

Hoje, um dos principais modos de detectar os planetas fora do Sistema Solar é através do seu trânsito em relação à estrela que orbitam. Ao passar em frente a esses astros, os planetas provocam alterações no brilho das estrelas, que são usadas, entre outras coisas, para calcular seu tamanho.

É essa a técnica que o Telescópio Espacial Kepler usa para caçar seus planetas. Até hoje, ele já encontrou mais de 2.000 candidatos, mas nem cem foram confirmados.

Essa disparidade tem uma razão: as alterações no brilho da estrela podem ser causadas por outras coisas além da passagem de um planeta. Uma mancha na própria superfície do astro --como as que existem na atividade do nosso Sol-- podem ser uma dessas razões.

Além disso, quanto menor o planeta, mais sutis são as suas alterações no brilho das estrelas.

Segundo Pasachoff, a passagem de Vênus será uma excelente oportunidade para nós observarmos de perto esse fenômeno com um planeta em que várias características já são conhecidas e, assim, calibrar as observações.

Para o cientistas, o fenômeno ainda irá nos ajudar a conhecer algumas particularidades que nem a sonda Venus Express, da Agência Espacial Europeia, foi capaz.

"Apenas através das observações do trânsito nós podemos ver o arco da atmosfera do planeta todo de uma vez",
diz o astrônomo.

A Nasa, com o Hubble, também já preparou medições especiais na alteração do brilho da Lua durante o fenômeno. Telescópios no solo em todo o mundo também estarão de olho no fenômeno.

Para quem não vai poder observar de perto o fenômeno, um consolo: vários sites oferecem a transmissão ao vivo dos melhores pontos da Terra. A Nasa até preparou uma área especial dedicada ao evento em seu site.

Fonte
 
Esse último trânsito de Vênus do século infelizmente não estava favorável pra ser visto com facilidade aqui do Brasil e mesmo que estivesse hoje aqui no estado de SP onde moro céu fechado durante o dia todo e muita chuva, sem chance.

Passado esse raríssimo momento, voltemos a ver Vênus a noite como aquele pontinho no céu mais brilhante depois da Lua como sempre.
 

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