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Torcida única em clássicos

Torcida única em clássicos


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    8

Fúria da cidade

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Coloquei a tradicional enquete.

Pra mim restringir tudo a uma torcida única em clássicos nunca será solução, pois infelizmente incidentes de violência acontecem em qualquer lugar.

Por hora, só lamento e sinto falta do tempo em que era bom ter os estádios cheios com a presença de todos.
 
Eu só sei que, desde que tive que desviar de paralelepípedos arremessados do outro lado da rua, não vou mais a BaVis. Ontem teve briga de novo, e torcedor morto a tiros. E olha que as torcidas organizadas não foram, estão suspensas - mas não fez diferença: foram os mesmos integrantes dessas quadrilhas que se envolveram nas brigas, só não estavam uniformizados.
 
Aqui em São Paulo está muito chato, pois as torcidas não podem levar bandeiras, instrumentos musicais, etc. Além de tudo isso, tem essa história de torcida única, como se as brigas entre as organizadas ocorressem somente dentro do estádio.
 
E não bastasse isso, mesmo na maior cidade do continente quando dois ou mais times rivais são contemplados com o direito de fazer a segunda partida em casa, um deles é obrigado a jogar em outra data ou ter o mando invertido porque a PM alega não ter condições de dar segurança.
 
E não bastasse isso, mesmo na maior cidade do continente quando dois ou mais times rivais são contemplados com o direito de fazer a segunda partida em casa, um deles é obrigado a jogar em outra data ou ter o mando invertido porque a PM alega não ter condições de dar segurança.
E não tem mesmo.
 
O que infelizmente é muito triste, pois os estádios não são próximos entre si, mas o problema fica no deslocamento do transporte público quando as torcidas se encontram principalmente nos trens e metrô.
 
Torcida única é ineficaz na Argentina, e novo governo pode revogar medida


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Vista aérea da Bombonera durante superclássico entre Boca Juniors e River Plate, na Copa Libertadores 2019
Imagem: Tomas Cuesta / AFP

A adoção da torcida única no futebol argentino foi apresentada como solução simples para um problema complexo; seis anos depois, pode até ser revogada por ter sua eficácia altamente questionada. Em um país em que há mais mortes em brigas de torcedores do mesmo time do que em confrontos entre torcidas, a discussão se estende até a alta cúpula do novo Governo Federal: o próprio ministro de Turismo e Esporte já promete o retorno das torcidas visitantes.

"É um problema que me preocupa especialmente", afirmou Matías Lammens, que deixou a presidência do San Lorenzo para tomar posse como ministro na semana passada. "A área de Segurança terá todo o nosso apoio e colaboração para trabalhar com um objetivo: que a família volte ao estádio. Não tenho dúvidas de que é possível termos jogos com duas torcidas, e não podemos nos resignar a esse respeito", disse em entrevista ao jornal 'Clarín'.

Desde 2013, o Campeonato Argentino convive com penas severas a torcidas envolvidas em violência. Após o assassinato de um torcedor em junho daquele ano, a Associação do Futebol Argentino (AFA) e o Governo Federal impuseram a torcida única em todos os jogos. Era para ser temporário, mas já dura seis anos - e os resultados são decepcionantes.

A violência não diminuiu. Foram contabilizados 200 incidentes nos cinco anos anteriores à torcida única; nos cinco anos seguintes, foram 361. Este número inclui brigas de torcidas; entre jogadores; agressões a atletas e dirigentes; e danos em geral. O levantamento é de uma ONG que trabalha diretamente com o assunto há 13 anos, a Salvemos Al Fútbol ("Vamos salvar o futebol").

"O que temos criticado nos últimos anos é que não houve cursos de capacitação, palestras ou mudanças estruturais para diminuir a violência. Tem que haver uma política cultural que te permita que o público volte aos estádios", afirma o presidente da ONG Salvemos Al Fútbol, Mariano Bergés, em entrevista ao UOL Esporte.

O número de vítimas fatais também não diminuiu, e o futebol argentino teve o maior número de mortes justamente em 2014 (foram 17), ano seguinte à proibição das torcidas visitantes. Das 101 mortes contabilizadas pela ONG, de 2006 a 2017, mais da metade (54%) ocorreu em brigas entre facções de torcidas de um mesmo clube, enquanto 31% aconteceram em confrontos entre torcedores de times diferentes - os demais casos têm a ver com repressão policial (6%) e acidentes (9%).

A discussão envolve segurança pública, esporte e direito de ir e vir, por isso passa também por interesses políticos e eleitorais na Argentina. Desde que foi adotada, a medida já foi tema de discussão em duas eleições presidenciais, por exemplo. A torcida única "nasceu" no segundo mandato da presidente Cristina Kirchner, em 2013, sendo amplamente criticada pela oposição na campanha eleitoral de dois anos depois.

Na época, o então candidato Maurício Macri chegou a caracterizar a questão como "reflexo da incapacidade da gestão Kirchner" e prometeu soluções, vendendo-se como especialista em futebol por ter sido presidente do Boca Juniors. Durante seu mandato, a repressão policial aumentou, mas os resultados seguiram ruins e a torcida única seguiu praticamente intocável. Nos últimos meses da 'era Macri', o assunto foi retomado no âmbito eleitoral - desta vez com críticas dos kirchneristas, que voltaram ao poder.

A guerra de narrativas ajuda a explicar a declaração do também ex-cartola e agora ministro Matías Lammens. "Talvez a fala do ministro seja apenas uma expressão. É claro que ele vai trabalhar para isso, como todo o novo governo parece também estar disposto, mas o assunto é mais da área do Ministério da Segurança do que do Esporte", opina Mariano Bergés, mesmo assim esperando que a mudança no poder ajude a combater a violência no futebol.

No Brasil, a torcida única virou assunto em 2016, quando o Ministério Público de São Paulo determinou que os clássicos do Estado não tivessem visitantes. A medida se espalhou pelo país, e agora se estende também a confrontos entre clubes de diferentes Estados. Na reta final do Brasileirão, por exemplo, a proibição se deu em Palmeiras x Flamengo e Cruzeiro x Palmeiras. No jogo do Allianz Parque, cadeiras foram quebradas e atiradas no campo; já o Mineirão foi vandalizado por cruzeirenses e contabilizou prejuízo de R$ 300 mil.
 
Não entendo que raio há de errado com essa gente. Será que é tão difícil assim ir pro jogo e agir de forma civilizada? Precisa mesmo agir feito idiota quebrando tudo e machucando os outros? Nem tem mais como ver um jogo de futebol sem achar que vai sair do estádio sangrando, coisa que devia ser inaceitável mas que virou rotina, infelizmente. Não dá pra continuar assim, simplesmente não dá, mas entra ano e sai ano e continua acontecendo esse tipo de coisa. Eu nem me animo mais com jogos grandes porque sei que no fim vai ter bagunça e alguém vai se machucar. Triste... :(
 
Ainda bem que a Argentina está querendo rever isso, pois de certa forma o Brasil foi na onda dela e as estatísticas lá estão mostrando aquilo que eu sempre acreditei: é uma decisão totalmente inócua em relação a violência nos estádios e mais ridículo e lamentável ainda haver facções de uma mesma torcida brigando entre si.
 

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