• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Teatro

raqtoledo

Usuário
Acho que falta um espacinho pra gente discutir o que a gente anda vendo nos palcos, não é?

Eu vi recentemente uma peça ANIMAL da Cia Sutil de Teatro. Eles estavam em cartaz no SESC Belenzinho (São Paulo). O texto era sobre um casal que não tinha nada em comum, a não ser a música. E, através de fitas gravadas para diversos momentos, a história dos dois é recontada, e a história do rock é contada em paralelo, na vida deles.
É linda.
A peça se chama Trilhas sonoras de amor perdidas.

Como sou doida por coisas da Rússia, queria ver Não sobre o amor, da Sutil também; mas sempre que ela vem pra sampa, esgota muito rápido.

Vi que a Sutil está no Rio agora. Então, quer for de lá, aproveita :sim:

Tô a fim de ir ao teatro esse fds e vi que está em cartaz a montagem de Adultérios, do Woody Allen. (http://www.teatrofreicaneca.com.br/home/207-adulterios)
Alguém viu ou leu a respeito?

:tchauzim:
 
Nunca liguei muito para teatro: já me bastam as máscaras diárias.

Mas vivo de opiniões contrárias: também poesia havia odiado.
 
Ultimamente tenho começado a me interessar mais por teatro, mas mais pela leitura que pelo espetáculo propriamente. Por isso não vou comentar nada que vi recentemente, só fazer alguns comentários gerais sobre a coisa.

Até vou de vez em quando, sem problemas, mas a questão sinceramente é que não gosto desse teatro "contemporâneo" que mistura música, dança, com encenação e sem enredo. Gosto mais da coisa tradicional, com roteiro, e isso é difícil a gente ver.

É mais ou menos como um professor meu disse certa vez: na Europa, Estados Unidos, etc, eles fazem novas montagens dos clássicos porque têm (ou tinham, né?...) tradição; então é preciso fazer coisas diferentes de vez em quando. Mas aqui a gente nem tem a tradição e já quer fazer a montagem diferente.

Sem falar que teatro no Brasil (aqui em Brasília, pelo menos) é caro!!! Acho R$20, R$ 25, a meia-entrada em algo de 1 hora caro... Se bem que, por outro lado, já fui em apresentações gratuitas e o teatro não estava cheio... Talvez seja coisa de divulgação também. Enfim, teatro no Brasil é problemático.
 
raqtoledo disse:
Eu vi recentemente uma peça ANIMAL da Cia Sutil de Teatro. Eles estavam em cartaz no SESC Belenzinho (São Paulo). O texto era sobre um casal que não tinha nada em comum, a não ser a música. E, através de fitas gravadas para diversos momentos, a história dos dois é recontada, e a história do rock é contada em paralelo, na vida deles.
É linda.
A peça se chama Trilhas sonoras de amor perdidas.

Eu assisti essa peça, no SESC Belenzinho. Concordo contigo, ela é ANIMAL. E olha que não sou muito chegado ao teatro. Falta de costume, né? Talvez, com uma boa sequência de peças, venha a me tornar um espectador frequente.

Essa relação de amor e música rende. Só pra ilustrar, um trecho da crônica Paixões, do Luis Fernando Verissimo:

" Como o amor acaba é outro mistério. A Joyce e o Paquette, por exemplo. Namoraram anos, noivaram, casaram e tudo acabou numa noite. Acabou numa frase. Os dois estavam numa discoteca, sentados lado a lado, vendo os mais jovens se contorcendo na pista de dança, e o Paquette gritou:
- Viu a música que está tocando?
E a Joyce:
- O quê?!
- A música. Estão tocando a nossa música. Lembra?
- Hein?
- Estão tocando a nossa música!
- O quê?
- A música. Do nosso noivado. Lembra?
- Eu não consigo ouvir nada com essa porcaria de música!
- Esquece. "


raqtoledo disse:
Tô a fim de ir ao teatro esse fds e vi que está em cartaz a montagem de Adultérios, do Woody Allen.

Sobre a peça Adultérios, só sei o que li no jornal, no suplemento que sai às sextas no Estadão. Não dá pra indicar ou desencorajar. Quer dizer, o crítico do jornal recomendou. Mas, se você quiser dar muita risada, vale a peça Mais respeito que sou tua mãe, no Procópio Ferreira. É a maior comédia! E os preços dos ingressos, pelo que vi, se equivalem.
 
hshshshshshshs que trecho bacana, Cantona! E que bacana que você foi à mesma peça que eu! É bem linda, né?
Eu achei!

Jota_ disse:
Até vou de vez em quando, sem problemas, mas a questão sinceramente é que não gosto desse teatro "contemporâneo" que mistura música, dança, com encenação e sem enredo. Gosto mais da coisa tradicional, com roteiro, e isso é difícil a gente ver.

Quanto a isso, eu concordo com algumas coisas. Tipo, eu sou fã do teatro realista também. Vi uma montagem de Tio Vânia, do Tchékhov, no Teatro Ágora (já tem uns 2 anos, acho), que foi incrível. Eles remontaram o espírito da época, da Rússia. Mas acho que ver tudo assim, tão realista perfeitinho, parece um pouco novela. Gosto que o teatro possa ir além, possa fazer tudo diferente. Possa misturar espectador e ator. Acho que tanto o realismo no teatro, como o "moderno" são válidos.
Sou super ligada em texto em teatro, acho que um bom texto segura bem qualquer peça. E as vezes sinto que é isso que falta.
Agora, quanto ao preço, aqui em sampa, NOSSA, varia muito. Tem peça de 100 reais à 15 reais.
Eu geralmente gosto das mais baratas, sem globais hshshshs.

Acho que vou ver Adultérios esse fim de semana.
Depois volto pra contar como foi =)
 
o que não suporto em teatro é aquela mania de "peça interativa" ou o diabo que o valha. eu vou ao teatro para sentar na minha cadeira e ver a peça. não quero ator mexendo comigo, me chamando para ir no palco ou o que for.

***

eu sou fã da sutil companhia. é um dos poucos grupos de teatro que fazem com que eu vença minha preguiça (e a dificuldade de sair de casa agora que tenho um bebê) toda vez que estão aqui em curitiba. a vida é cheia de som e fúria é a coisa mais foda que já vi, adorei avenida dropsie e gostei muito de trilhas sonoras de amor perdidas (da qual falei no meia palavra, btw).
 
A peça é linda, né?

Eu também não sou muito fã de peça interativa, mas é tudo relativo.
Uma vez vi Rainhas, uma releitura de Maria Stuart, no Sesc Paulista.
A peça era um pouco interativa, não tinha essa de subir no palco, nem nada do tipo (você ficava lá, sentadinho) mas de alguma forma, participava.
Enfim, o texto era DEMAIS, as 2 atrizes sustentável a peça incrivelmente e a intervenção FAZIA SENTIDO NUM CONTEXTO, achei válido.
Ruim é quando algo gratuito, preguiçoso por parte do diretor e inútil pra peça de forma geral... e só serve pra nos deixar com vergonha! :timido:

:tchauzim:
 
né? eu lembro que teve uma peça que fui no festival de teatro, chamada Ana Roma. ela se passava em um bar, e aquilo foi muito legal - eles apresentaram a peça no bar mesmo. e aí a mulher falava com o público, mas aquilo era parte do roteiro, da dinâmica da coisa, tinha um pq. não era só para parecer moderno ou engraçadinho.
 
raqtoledo disse:
E que bacana que você foi à mesma peça que eu! É bem linda, né?
Eu achei!

Concordo. Só não vou dizer que Trilhas sonoras de amor perdidas é linda, assim, com todas as letras, pra não soar meio fresco. XD
O que pega, a meu ver, é a identificação. Acho que todo mundo tem uma música que recorda alguém, um momento. Eu mesmo tive uma namorada que me apresentou a banda escocesa Belle & Sebastian. Ainda hoje, quando escuto Lazy Line Painter Jane, me lembro daquela bandida e fico me perguntando "Será que foi alguma coisa que eu disse?" Enfim, devaneios, devaneios...

***

Peça interativa não rola. E parece que os atores sabem quem não está com o espírito pra coisa e chamam para o palco só de pirraça. Assisti uma vez As mentiras que os homens contam, baseado nas crônicas do Luis Fernando Verissimo. Tentaram interagir com um sujeito, pediram que ele se levantasse e fosse até o palco participar de um teste e tal. Ele se negou, todo envergonhado. Acho que foi pior. Além de uma pequena vaia, todo mundo depois ficou comentando "Olha lá, fulano não sabe brincar", " Ficasse em casa, então", coisas desse tipo. Eu, que já tinha decidido não ir se houvesse outra interação, mudei de idéia: "O jeito é pagar a minha cota de vergonha e pronto". Felizmente não houve, foi só aquela, mas foi o suficiente pra me deixar em alerta e não aproveitar o resto do espetáculo, que de divertido ficou tenso.

Agora, por que o teatro não é tão disseminado? A mim parecia, certa época, que o teatro trazia consigo aquela áurea de cultura pra ser consumida pela elite; uma peça só seria devidamente entendida se o cidadão tivesse uma certa bagagem intelectual e tal. Teatro era coisa pra gente sofisticada. Além de enfadonho, cansativo. Foi assistindo Chapetuba Futebol Clube, no Teatro Arena, que meu conceito mudou. Não sou assíduo, mas melhorei. Só que não vejo o teatro sendo consumido. Não sei se é somente uma questão de preço, pois há peças relativamente baratas. Será falta de incentivo, divulgação? Certa vez discutimos isso na faculdade. Uns diziam que muitos brasileiros não tinham o que comer, por que iriam se preocupar com uma peça de teatro? Outros, que a fome do povo não era só de comida e a discussão discutiu tudo, desde o Fome Zero à música Comida, do Titãs. O teatro foi pra escanteio.
 
Participação no palco estou fora também... :timido:

raqtoledo disse:
Como sou doida por coisas da Rússia, queria ver Não sobre o amor, da Sutil também; mas sempre que ela vem pra sampa, esgota muito rápido.

Assisti a "Não sobre o amor" na época que a companhia Sutil estava comemorando o aniversário de não sei quantos anos, foi muito bom, a montagem é demais, como em tudo que eles fazem. Mas nada supera "Avenida Dropsie", aquilo foi incrível...

raqtoledo disse:
Sou super ligada em texto em teatro, acho que um bom texto segura bem qualquer peça. E as vezes sinto que é isso que falta.

Com certeza! Isso que me desanima bastante com o teatro. Às vezes procuro certas peças, até algumas bastante elogiadas, e depois passo duas horas pedindo que uma bigorna despenque sobre a minha cabeça (se eu estiver sozinho, vou embora, claro). Parece tão mais fácil encontrar um bom livro que uma boa peça...
 
Eu amo teatro! Especialmente a parte de atuar, mas também gosto de assistir.
Infelizmente no lugar que eu moro, não tem isso... Pelo menos nunca ouvi falar. E já até procurei.
Mas, aqui em Canela, já assisti várias peças.
Assisti uma no colégio, sobre o livro do Goethe, Os sofrimentos do jovem Werther. Muito boa.
Minha turma ia fazer uma sobre Shakespeare, com vários personagens dele juntos em um único roteiro. Ficou muito bom o roteiro, pena que o pessoal não se interessou muito. Foi pro arquivo. =/
Assisti uma em que duas professoras minhas atuaram. Era pra tipo, umas 50 pessoas, DENTRO do palco (a platéia era lá) e era interativa. Mas a única interação que teve foi com um homem (curiosamente, meu pai!), selecionado a dedo pela mãe, para ser o pai da filha. O que a filha fez, foi segurar a mão da pessoa selecionada e sair falando e depois a peça continuou. Nada assim, envergonhador.
Mas a melhor que eu assisti e que tem MUITA (e quando digo isso, eu quero realmente dizer isso) interação com o público, é a Tangos e Tragédias. Eles selecionam pessoas do público pra subirem no palco e "brincarem" um pouco. Mas a peça é muito boa, eu recomendo! Assisti em janeiro desse ano no Theatro São Pedro, em Porto Alegre. É meio carinha, mas vale a pena e se você for estudante, se não me engano, às quintas-feiras, estudante paga meia. Pelo menos eu paguei. ^^
 
Que bacana que você tamb´me curte teatro, Rafa!

Vale lembrar que hoje, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional rola encenação de contos do Lima Barreto DE GRAÇA!

Mais informações aqui:

Eu vou! Quem vai?
 
sutil acabou. nossa, bateu um arrependimento gigante por algumas peças que deixei de ver achando que poderia ver em outra oportunidade (tipo o livro de itens do paciente estevão). notícia triste mesmo =/
 
Devido ao calor do verão priorizando mais cachoeiras e praias nos finais de semana, fui bem menos ao teatro nesses primeiros 45 dias do ano do que eu gostaria, mas agora pretendo tirar o atraso a começar pelo fechamento da temporada de Cacilda no Teatro Oficina
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo