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Que música estão ouvindo agora? (LEIAM O 1º POST ANTES)


Se alguém escuta "Piano Bar" e não consegue perceber que o Gessinger é um gênio e que está ouvindo o rock nacional em seu melhor, eu é que não vou perder meu tempo tentando corrigi-lo: é caso perdido. 🤭
 

Turn around and turn aroud and turn around
Turn around and walk the razor's edge
Don't turn you back
And slam the door on me.


🤗 🤗 🤗
 
Imagino que genialidade pra você seja tipo Ozzy ou qualquer outro medíocre desse nível. Cadum cadum. :lol:

Quando se tem um berço desde a infância ouvindo os grandes mestres da MPB (Tom, Vinícius, Noel Rosa, Cartola, etc), se eu fosse montar minha escalação de 23 compositores pra disputar uma Copa do Mundo da composição representando o que Brasil tem de genialidade, sendo bem generoso o Gessinger só apareceria pra mim numa lista de 50. Se eu fosse cortando de 5 em 5, com alguma sorte ele poderia ficar entre os 35, mas sem chance de seguir adiante.

E não é birra pessoal contra o cara. Só não acho que é tudo isso aí.
 
Gosto de Engenheiros, mas, sem bitola. Gênio não é um adjetivo que aplicaria ao Gessinger, definitivamente kkkk Tem seus momentos, mas, abusa de trocadilhos toscos. Uma das melhores letras dele é "A violência travestida faz seu trottoir".
 
"Abusa dos trocadilhos toscos" é algo que só pode vir de quem não sabe o que seja, de fato, um trocadilho, ou que não faça ideia de como são as letras do Gessinger; só repete o que ouviu falar, e assim a fama idiota e negativa vai se perpetuando enquanto as pessoas vão se sentindo muito inteligentes por tal "crítica". Ou por quem só é incapaz de entrar na análise das letras para além da superfície. Enfim, é o que parece desses recentes comentários e de todos que eu já ouvi nesse sentido.

É preciso entender o que seja um trocadilho e no que se difere de uma paranomásia, figura de linguagem perfeitamente válida para quem sabe manejar o idioma, como todas as demais figuras. Assim nos ensina o grande Massaud Moisés:

Paronomásia — [...] Discutida desde os tempos da Retórica de Aristóteles e de Cícero (sec. IV e I a.C.), e na anônima Rhetorica ad Herennium, em que assumia três variedades (traductio, annonimatio e significatio), a paronomásia designa uma figura de linguagem que consiste no emprego de vocábulos semelhantes na forma ou na prosódia, mas opostos ou aparentados no sentido:

"Sua Eminência está na iminência de partir para o estrangeiro";​
"Quem não teme não treme";​
"Há de cair com queda, há de cair com cadência, há de cair com caso" (Pe. António Vieira, Sermão da Sexagésima, § V).​

Quando empregada com objetivos cômicos ou a fim de ridicularizar, a paronomásia torna-se trocadilho:

"Ah pregadores! Os de cá achar-vos-eis com mais paço; os de lá, com mais passos" (idem § I).​

Por vezes, o ludo verbal esconde força dramática, como na famosa redondilha camoniana em torno do mote: "Perdigão perdeu a pena, / Não há mal que não lhe venha":

"Perdigão que o pensamento​
Subiu a um alto lugar,​
Perde a pena do voar,​
Ganha a pena do tormento".​

Como trocadilho, a paronomásia ostenta menos interesse literário, pois constitui humor fácil e medíocre".

Massaud Moisés. Dicionário de Termos Literários. 12. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo, Cultrix, 2013, p. 352.

Ou seja, o trocadilho é uma espécie do gênero paronomásia.

Então, em primeiro lugar, reconhecer que a figura de linguagem em questão é mais antiga que a própria ciência da retórica e foi empregada por ninguém menos que Vieira e Camões, só pra ficarmos nos exemplinhos aí de cima; em segundo lugar, distinguir se se trata de seu uso para efeito cômico ou ridículo (para chamá-la trocadilho); em terceiro, entender que a paronomásia (ou trocadilho) é, por definição, isso aí mesmo, um mero jogo de palavras pela semelhança; a classificação de "tosco" é quase automática — e muito fácil — para quem não está disposto a compreender o todo, ou seja, para quem está de birra. Se você me der exemplos de quais seriam os trocadilhos toscos na obra dele, e contrastar com alguns que você julga inteligentes, eu lhe dou um bombom de prêmio.
 
Última edição:
Falou como um típico fã de Engenheiros kkk mas, eu não disse que a banda é ruim. Gosto de alguns discos, inclusive. Alívio Imediato Ao Vivo, Várias Variáveis, GLM, Simples de Coração, etc. A maioria da formação GLM. No mais, não conheço o suficiente pra opinar. Mas, o que ouvi, não me chamou muito a atenção.

E, só disse que não considero o Gessinger um gênio (como letrista, baixista ou vocalista?). Agora, ele é um ótimo baixista, vocalista e compositor para a sua banda.

Sobre exemplos de trocadilhos, de cara, lembro desses aqui que são de músicas bem famosas do repertório hawaiiano.

"Apocalipse now à deriva" (Nau À Deriva)
"Prenda minha parabólica" (Parabólica) - toda a letra, na verdade
"O fascismo é fascinante" (Toda Forma De Poder)
"A Líbia bombardeada, a libído e o vírus" (Alívio Imediato)
"Doa a quem doer, doe sangue e mê seu telefone" (Piano Bar)


Etc.
 
Última edição:
Você, pelo visto, não entendeu nada do que eu disse.
Estou jogando pérola aos porcos...

Só mais um dia na Valinor.
Sigamos com a programação normal.
Pediu os exemplos e eu mostrei. Mas, realmente, discutir sobre Engenheiros do Hawaii não é lá muito produtivo. Então, sigamos em frente.
 

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