Grimnir
Well-Known Member
Se for nesses moldes, sou a favor do financiamento público controlado pelo TSE. Da forma como está, com dinheiro privado que pode vir tanto de empresas ou bancos ou igrejas, é impossível que um deputado ou senador não seja influenciado futuramente no Congresso e acabe dando uma banana para os eleitores que o colocaram lá.
Em relação ao coeficiente eleitoral, esse instrumento fazia sentido quando a maioria vivia na zona rural e longe dos centros urbanos, agora é uma aberração que forma currais partidários em todo o país. Ora, que ganhou mais votos, deveria vencer e não ficar de fora em favor de partido X que tem menos representantes. Graças a este coeficiente que hoje temos 32 partidos sem o mínimo de propostas e nem ideologias de direita, de esquerda ou centro; é só junta um número mínimo de assinaturas, criar uma sigla estapafúrdia, chamar um cacique para apadrinhar e deu, tá pronto o partido.
Elring, não sei se entendi muito bem o seu argumento. Pq o coeficiente eleitoral/partidário estimularia a criação de novos partidos. Eu suspeito que o que incentivou a proliferação de partidos foi a criação do Fundo Partidário, de onde os políticos tiram a maior parte da renda (oficialmente). Aliás, a regra de divisão dos recursos é muito parecida com a regra citada prlo @ricardo campos - 5% dos recursos do fundo são divididos igualmente entre os partidos registrado no TSE.
Se entendi bem essa tabela de distribuição de recursos, em 2013 o total transferido para os partidos foi de 294.168.124,00. Um partido qualquer, só por existir, recebeu 459.637 reais só por existir, só por estar registrado no TSE. Alguém pode argumentar que não deve ser assim, essa moleza, que o TSE deve analisar a situação dos partidos e tal. Bem, alguém conhece o partido Solidariedade? Ou o Partido Ecológico Nacional? Estão lá recebendo essa grana.
Enfim, eu entendo o argumento pelo financiamento público, mas tem que ver com calma esse números pq eu não vejo graça nenhuma em jogar rios de dinheiro no lixo.