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Planeta Júpiter

Fúria da cidade

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Quer observar Júpiter? Esta sexta é o melhor dia do ano para isso

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    Em concepção artística, a sonda espacial Juno, da Nasa, viaja com Júpiter em segundo plano

Esta sexta (7) será o melhor dia do ano para observar Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar.
"Chamamos isso de oposição. É o momento em que a Terra fica exatamente entre Júpiter e o Sol", explica o astrônomo Gustavo Rojas, da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).

"Quando a Lua está cheia, a lua também está no lado oposto do Sol. Nessa configuração, Júpiter fica visível a noite toda."

A oposição acontece em apenas um instante: às 18h39 no dia 7, depois o alinhamento se perde. Mas, na prática, a noite inteira do dia 7 terá a melhor visualização. E no sábado (8), às 18h26, Júpiter estará no ponto mais próximo da Terra (a 666 milhões 459 mil quilômetros).

A visualização continuará boa por cerca de três semanas depois de sexta porque coincidirá com quando Júpiter ficará mais perto da Terra. Nessas semanas Júpiter estará particularmente brilhante.
A observação também depende das questões meteorológicas, mas Júpiter estará visível a noite inteira. Só depois de alguns meses o brilho vai diminuir porque a distância está aumentando.

"Como a Terra gira em torno do Sol, ao longo do ano a gente vai vendo regiões diferentes do céu, por isso algumas constelações a gente consegue ver em certas épocas do ano e não em outras", diz Rafael Sfair, astrônomo e professor da Unesp Guaratinguetá.
Júpiter estará visível até meados de setembro.

ESO/L. Fletcher
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Imagens infravermelhas de Júpiter feitas pela sonda Juno. A imagem foi colorida artificialmente com um equipamento utilizado para estudar a luz de objetos celestes
Como encontrar Júpiter no céu?

Para encontrá-lo no céu, basta olhar para o leste (onde nasce o Sol) e procurar a "estrela" mais brilhante. Na lua cheia, que começa na noite de 10 de abril e 11 de abril, ele estará do lado da lua, pois ambos estarão em pontos de oposição à Terra.
O que mais dá para ver?

Com um telescópio simples ou um binóculo, já é possível ver as faixas da atmosfera do planeta. "A atmosfera de Júpiter tem faixas acima e abaixo do Equador que são de tonalidades diferentes. Júpiter é um planeta gasoso, diferente da Terra", diz Roberto Costa, astrônomo e professor da USP (Universidade de São Paulo).

Também é possível ver as quatro maiores luas de Júpiter, chamadas de satélites galeleanos, pois foram identificadas pela primeira vez por Galileu Galilei no século 17. São elas Europa, Calisto, Io e Ganimedes.
De todos os planetas que dá para observar com telescópio, Júpiter é o que se consegue observar melhor.
"Júpiter é um dos planetas que mais recompensa os astrônomos amadores", diz Costa. "O próprio Galileu descobriu isso com um telescópio de 3 cm de diâmetro no alto de uma torre de uma igreja em Florença".
Júpiter é o deus romano equivalente a Zeus na mitologia grega, o pai dos deuses. E os gregos já sabiam que Júpiter está muito mais distante que Vênus porque ele se move mais lento no céu ao longo do ano.
A sonda Juno, da Nasa (agência espacial norte-americana), atualmente está mapeando Júpiter.
 
Para encontrar corpos celestes recomendo ainda baixar algum software free como o Stellarium. Eles permitem ainda fazer simulações diárias.
 
Júpiter é um sistema a parte, ainda mais pela quantidade expressiva de satélites que tem.
Mas só os 4 principais (Io, Europa, Ganímedes e Calisto) já rendem ótimas observações e com um telescópio razoável já dá pra observar minimamente bem.
 
Para encontrá-lo no céu, basta olhar para o leste (onde nasce o Sol) e procurar a "estrela" mais brilhante.

Sobre isso existe uma curiosidade legal. Júpiter e Sirius são as duas estrelas mais brilhantes do céu. Um bom modo de distinguir entre uma estrela e um planeta é observando a oscilação de sua luz. Como estrelas produzem luz e os planetas apenas refletem a luz das estrelas (no caso, a luz do sol), segue-se daí que a luz das estrelas oscila muito mais e mais rapidamente do que a 'luz' dos planetas. Quando ver um objeto no céu note esse detalhe. Se a luz dele oscilar muito trata-se de uma estrela; se oscilar pouco é um planeta.
 
Júpiter possui atmosfera superprofunda e mosaico de ciclones, revela sonda


  • Nasa/AFP
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    Foto tirada pela sonda Juno mostra que polo sul de Júpiter possui um mosaico de ciclones

A atmosfera tempestuosa e gasosa de Júpiter se estende por cerca de 3.000 quilômetros de profundidade e compreende um centésimo da massa do planeta, revelaram nesta quarta-feira (7) estudos com base em observações da nave espacial Juno da Nasa. A atmosfera da Terra, em comparação, representa menos de um milionésimo da massa total do planeta.

As medidas lançam luz pela primeira vez sobre o que acontece sob a superfície do maior planeta do Sistema Solar, composto 99% de hidrogênio e hélio e que à distância se assemelha a um mármore de vidro colorido e listrado. Os estudos foram publicados na revista especializada Nature.

Galileu viu as listras em Júpiter há mais de 400 anos. Até agora, nós só tínhamos uma compreensão superficial delas

Yohai Kaspi, do Instituto Weizmann de Ciência em Israel

"O resultado é uma surpresa, pois indica que a atmosfera de Júpiter é mais maciça e profunda do que se imaginava", disse Yohai Kaspi, do Instituto Weizmann de Ciências de Israel, autor de um dos quatro estudos publicados sobre o planeta gasoso.
Até uma profundidade de cerca de 3.000 km, os dados de Juno mostraram, Júpiter compreende um redemoinho psicodélico de faixas de nuvens e correntes de jatos sopradas por ventos poderosos, em direções opostas e a diferentes velocidades.

Pesquisadores descobriram ainda que no centro do planeta os gases de sua composição se comprimem num liquido metálico denso, que gira uniformemente como se fosse um corpo sólido.
"É um enigma de quase 50 anos na ciência planetária que está resolvido", disse outro autor do estudo, TristanGuillot, da Universidade Cote d'Azur na França.

"Nós não sabíamos se um planeta gasoso como Júpiter girava com zonas e cintos todo o caminho até o centro, ou se, pelo contrário, os padrões atmosféricos eram superficiais".
Mosaico de ciclones

Os dados revelaram também que o polo norte de Júpiter possui uma constelação de nove ciclones e o sul de seis. A velocidade dos ventos em alguns locais pode ultrapassar a um de furacão de categoria 5, chegando a 350 km/h.
A erupção de ciclones maciços nos polos não são observadas em nenhum outro planeta do Sistema Solar. Não se sabe como os ciclones são formados, ou como eles persistem sem se fundir.
Sonda Juno

As descobertas foram o resultado de medidas sem precedentes do campo de gravidade de Júpiter por Juno, na órbita do gigante gasoso mais próximo da Terra desde julho de 2016.
Lançada pela Nasa em 2011, a sonda Juno orbita Júpiter desde julho de 2016. Essa é a segunda sonda que recolhe informações sobre o quinto planeta do Sistema Solar. A primeira, Galileo, esteve ativa entre 1995 e 2003.

"A primeira e mais importante questão que Juno pretende responder é como o nosso Sistema Solar foi formado e consequentemente entender mais sobre sua evolução", disse à AFP outro autor, Alberto Adriani, do Instituto Nacional de Astrofísica da Itália.

"Qualquer conhecimento que possamos acrescentar ao entender Júpiter, que é provavelmente o primeiro planeta formado (ao redor do Sol), é um passo nessa direção". Com agências internacionais
 
Sobre isso existe uma curiosidade legal. Júpiter e Sirius são as duas estrelas mais brilhantes do céu. Um bom modo de distinguir entre uma estrela e um planeta é observando a oscilação de sua luz. Como estrelas produzem luz e os planetas apenas refletem a luz das estrelas (no caso, a luz do sol), segue-se daí que a luz das estrelas oscila muito mais e mais rapidamente do que a 'luz' dos planetas. Quando ver um objeto no céu note esse detalhe. Se a luz dele oscilar muito trata-se de uma estrela; se oscilar pouco é um planeta.
Mas a variação não se deve exatamente pelo fato de um emitir e o outro refletir.
Se dá pelo ângulo sólido que chega até o seu olho vindo de uma estrela é absurdamente menor do que o que vem de um planeta (que já é pequeno). E a causa é da nossa atmosfera que mesmo em um dia bonito, aberto, etc, para uma fonte tão distante (que pode ser considerada pontual) qualquer mudança atmosférica mínima (imperceptível para nossos olhos) é suficiente para variar intensidade, posição, etc, da estrela. Isso acontece com planetas também, mas as condições climáticas tem que ser bem piores e mais intensas.
E essa oscilação não é real, é de percepção humana. Existem, claro, fenomenos de oscilação de emissão de estrelas, mas essa não é a causa de quando você olha pro céu você vê a estrelha oscilando de intensidade.
 
Júpiter está mais brilhante nesta segunda e poderemos ver até suas luas

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Resumo da notícia
  • Em oposição ao Sol, Júpiter estará com brilho mais intenso no céu nesta segunda
  • O planeta gasoso poderá ser vista durante toda a noite como uma "estrela" brilhante
  • Com binóculos e lunetas simples já será possível ver as maiores luas de Júpiter
  • Todo o mês de junho será bom para observação do maior planeta do Sistema Solar
A noite desta segunda-feira (10) será o melhor dia do ano para observar o planeta Júpiter. Em oposição ao Sol (para quem olha da Terra), o astro estará com brilho mais intenso e visível durante a noite inteira.

"Júpiter aparece com uma grande estrela brilhante. No início da noite, se você olhar para leste no céu, na mesma posição que a lua nasce, deve ser a estrela mais brilhante", explica Gustavo Rojas, professor da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).

A olho nu, é isso que será possível perceber: uma "estrela" com luz mais forte do que as outras. Mas com a ajuda de um binóculo ou de uma luneta simples, já será possível observar as quatro grandes luas de Júpiter: Europa, Io, Calisto e Ganímedes.

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Júpiter e uma de suas luas, em imagem feita pelo observador amador Damian Peach Imagem: Damian Peach/Observatório Real britânico

"São as mesmas que Galileu Galilei observou" no século 17, lembra o físico.

Para ver detalhes da superfície da atmosfera de Júpiter ou, se a rotação do planeta ajudar, a "Grande Mancha Vermelha de Júpiter", só usando um telescópio mais potente, "de uns 20 centímetros de diâmetro", estima o pesquisador.

Período de observação privilegiada

Segunda é o dia em que Júpiter estará em oposição ao Sol, mas não é o único dia de boa visibilidade do planeta. O gigante gasoso deve ficar brilhante no céu durante todo o mês de junho e parte de julho.

Vale a sugestão de buscar eventos de observação pública noturna em observatórios e clubes de astronomia da sua região para ter a chance de ver o planeta em detalhes.

5 fatos sobre Júpiter


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Júpiter, o gigante gasoso, é o maior planeta do Sistema Solar Imagem: International Astronomical Union/Martin Kornmesser


1. Júpiter é o maior planeta do sistema solar

A circunferência do planeta em sua área central é de 439 mil quilômetros, quase 11 vezes a da Terra.

Para se ter uma ideia da diferença, se considerássemos que a Terra é do tamanho de uma uva, Júpiter teria o tamanho de uma bola de basquete.

2. O planeta é um gigante gasoso

Formado por hidrogênio e hélio, Júpiter é um planeta gasoso. Dentro da sua atmosfera, por conta da alta pressão e do aumento de temperatura, o hidrogênio apresenta-se também em forma líquida, formando grandes oceanos. Existe a hipótese, não confirmada, de que no centro desse planeta formado por nuvens e líquido, haja ainda um núcleo sólido superquente.

3. Um ano em Júpiter dura o equivalente a 4.333 dias terrestres

Mesmo com seu tamanho impressionante, o planeta gira em alta velocidade. Um dia em Júpiter dura cerca de dez horas terrestres, sendo o planeta com menor duração do dia em todo o sistema solar.

Distante cinco Unidades Astronômicas do Sol (distância quatro vezes maior que a da Terra), ele leva quase 12 anos terrestres para completar uma volta em torno do astro-rei.

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A sonda Juno fez em 2017 as imagens mais próximas da Grande Mancha Vermelha de Júpiter Imagem: Nasa/AFP

4. A Grande Mancha Vermelha de Júpiter é uma tempestade

A Grande Mancha Vermelha sobre o planeta é uma enorme tempestade, com mais de duas vezes o tamanho da Terra e ventos de mais de 600 km/h.

A tempestade existe há centenas de anos, há registros de observações da Grande Mancha feitas em 1830. Em 2017, a sonda Juno sobrevoou o planeta e fez as imagens mais próximas que temos até o momento.

5. Júpiter tem 79 luas e anéis

O planeta gasoso é rodeado por quatro grandes luas (Io, Europa, Ganimede e Calisto) e outros 75 satélites menores.

Europa é a lua mais conhecida de Júpiter por ter um oceano subterrâneo, que seria atualmente um dos lugares mais promissores do espaço para a busca de vida fora da Terra.

Em 1979, a nave Voyager 1 descobriu que, assim como Saturno, Júpiter também tem anéis.
 
Essencial à vida! Nasa acha vapor de água em lua congelada de Júpiter


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Pesquisadores da Nasa descobriram vapor d'água na Europa, uma das 79 luas de Júpiter. Imagem: Divulgação/Nasa

A Nasa achou um dos elementos essenciais à vida em um corpo celeste relativamente próximo à Terra. A agência espacial norte-americana anunciou nesta terça-feira (19) ter encontrado vapor de água acima da superfície congelada de Europa, uma das 79 luas de Júpiter.

Essa é uma suspeita que tem pelo menos 40 anos. Após ver a primeira foto da superfície repleta de gelo da lua Europa, registrada há quatro décadas pela espaçonave Voyager, cientistas especularam que água líquida poderia ser expelida sob a forma de gêiseres, ou seja, jatos disparados a partir do solo com grande pressão. Isso nunca foi comprovado. Agora, porém, a descoberta de vapor d'água faz cientistas sonharem alto: que, debaixo de tanto gelo, há um oceano maior que o da Terra.

Elementos químicos essenciais (carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre) e fontes de energia, dois dos três requisitos para a vida, são encontrados em todo o sistema solar. Mas o terceiro -- água líquida -- é um pouco difícil de encontrar além da Terra. Embora os cientistas ainda não tenham detectado água líquida diretamente, descobrimos a próxima melhor coisa: água em forma de vapor
Lucas Paganini, cientista planetário da Nasa

Paganini liderou a investigação de detecção de água, relatada no jornal Nature Astronomy. A descoberta foi feita por meio de observações a partir do telescópio Observatório W. M. Keck, no Havaí.

A Nasa detectou que o fluxo de vapor é inconstante. Foi observado uma vez durante 17 noites de observação entre 2016 e 2017. Ainda assim, a quantidade de água observada (2,3 kg por segundo) era suficiente para encher uma piscina olímpica.

Para tirar suas conclusões, os pesquisadores usaram um equipamento chamado espectrômetro de massa. Eles mensuraram a composição da atmosfera por meio da análise da quantidade de raios infravermelhos absorvidos ou emitidos pelas partículas. Os pesquisadores constataram a presença de água porque essas moléculas emitem frequências específicas conforme entram em contato com a radiação solar.

Ainda assim, os resultados obtidos poderiam ser "contaminados" pela água presente na atmosfera da Terra, por um erro de cálculo dos equipamentos utilizados. Para driblar o problema, a equipe de Paganini submeteu os registros a uma modelagem computacional. Com isso, conseguiu retirar a possível interferência provocada pela presença de moléculas de água na atmosfera da Terra.

Mesmo com a descoberta, não é possível estabelecer se a lua de Júpiter pode sustentar vida ou não. Isso poderá ficar mais claro após uma missão exploratória que a NASA planeja enviar ao satélite de Júpiter em 2020.
 
Júpiter ficará em oposição ao Sol nesta terça: veja como olhar no céu

Planeta Júpiter fotografado pelo telescópio Hubble - NASA, ESA, A. Simon (Goddard Space Flight Center), e M.H. Wong (Universidade of California, Berkeley)

Planeta Júpiter fotografado pelo telescópio Hubble Imagem: NASA, ESA, A. Simon (Goddard Space Flight Center), e M.H. Wong (Universidade of California, Berkeley)

A oposição de Júpiter, um dos eventos astronômicos mais interessantes do ano, acontece nesta terça-feira (14). O planeta gigante gasoso estará perfeitamente alinhado com a Terra e ao lado oposto do Sol, fazendo com que seja o melhor momento para observá-lo no céu.

O maior planeta do Sistema Solar estará em seu ponto mais próximo da Terra e com seu brilho máximo. Astrônomos profissionais e amadores, com telescópios e lunetas, conseguirão ver até as faixas e padrões de sua atmosfera —como a Grande Mancha Vermelha (GMV), que é um enorme furacão— e suas maiores luas, como Io, Ganimedes, Europa e Calisto.

A olho nu também será um belo espetáculo. Júpiter vai nascer em nosso céu com o pôr do sol e ficará visível por toda a madrugada, até o amanhecer.

Como ver?


Logo no início da noite, olhe para leste —o lado oposto ao que o Sol estiver se pondo. Lá estará um ponto bem brilhante, de luz fixa (estrelas cintilam, planetas não, pois não emitem luz própria). Júpiter estará visível na constelação de Sagitário, perto da de Escorpião (uma das mais evidentes no céu de inverno). Para achar a constelação certa no céu, vale usar um app de astronomia como o SkyView.

Por volta da meia-noite, ele chega a seu ponto mais alto, bem no meio do céu, atingindo um brilho de -2.7 magnitudes. Só será desbancado por volta das 5h, quando Vênus, a "Estrela D'Alva", nascerá ainda mais brilhante que ele, com -3.9 magnitudes (quando mais negativo esse número, mais brilhante o astro).
Júpiter é o quarto objeto mais brilhante do nosso céu, atrás do Sol, da Lua e de Vênus. A olho nu, não será possível perceber alguma grande mudança no seu brilho esta noite. Mas para quem estuda o planeta, a oposição é uma data muito importante.

"Quem tem pelo menos um binóculo astronômico vai poder ver alguns pontinhos próximo a Júpiter; são as luas galileanas [satélites naturais do planeta]. Já com um telescópio de 150 mm, seria possível observar alguns detalhes no seu disco", diz Julio Lobo, astrônomo do Observatório de Campinas (SP).

Observado por um telescópio, Júpiter é um globo claro com alguns riscos paralelos escuros, que são as faixas da sua atmosfera. Algumas "estrelas" alinhadas ao seu redor são suas luas —há 69 já conhecidas, de diversos tamanhos. As quatro maiores foram descobertas por Galileu Galilei e, por isso, são chamadas galileanas.

Nesta oposição, o planeta estará a cerca de 620 milhões de quilômetros da Terra —bem perto em parâmetros espaciais. Sua rotação rápida, de menos de dez horas, faz com que em apenas uma noite diversas regiões dele possam ser vistas.

Um astrônomo amador, recentemente, descobriu uma nova mancha em Júpiter. "Mesmo em tempos de sondas espaciais exploratórias, a observação terrestre dos planetas ainda é muito importante", ressalta Lobo. Nas próximas semanas, o planeta seguirá bem brilhante durante toda noite, com ótimas condições de observação.

Com o isolamento social devido à pandemia de covid-19, atividades nos observatórios do país estão suspensas.

Júpiter em conjunção - Arte/UOL - Arte/UOL


Imagem: Arte/UOL


O que é oposição?



O arranjo astronômico chamado oposição representa o alinhamento entre o Sol, a Terra e um objeto celeste, nesta ordem, com nosso planeta no centro dessa linha reta. Para nós, o outro planeta está totalmente oposto ao Sol: nasce na hora que o astro se põe, fica visível durante toda a noite e se põe ao amanhecer.

Um planeta superior (que está depois da Terra, desde o Sol), como Júpiter, vive uma oposição e uma conjunção a cada ciclo. A conjunção também é um alinhamento, mas no arranjo Terra - Sol - outro objeto (quem fica no centro é o Sol, e o outro planeta está o mais longe possível).

Já os planetas inferiores que estão entre o Sol e a Terra —ou seja, Mercúrio e Vênus— passam por duas conjunções a cada ciclo: uma na ordem planeta - Sol - Terra, e a outra, Sol - planeta - Terra. Eles nunca vivem uma oposição com a Terra, já que é impossível que a Terra fique no meio.

Veja os detalhes das próximas oposições de Júpiter:
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Júpiter tem cerca de 140 mil quilômetros de diâmetro (a largura de 11 Terras lado a lado e 320 vezes a massa do nosso planeta). Mesmo assim, sua densidade é menor que a da Terra: trata-se de um gigante gasoso, formado por hidrogênio e hélio. Desde 1973, ele já foi pesquisado por oito sondas da Nasa. Atualmente, a Juno está orbitando o planeta, coletando informações e belas imagens.

Ainda este mês, há outros eventos astronômicos interessantes, como a oposição de Saturno, no dia 20 de julho, e o ápice da chuva de meteoros Delta Aquáridas do Sul, nos dias 28 e 29.
 

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