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Parque do Ibitipoca

Elessar Hyarmen

Senhor de Bri
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Prainha das elfas. Será que foi uma inspiração para o Tolkien? rsrs
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HISTÓRIA

O botânico Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853) passou em Ibitipoca no ano de 1822. O chegou no país com 37 anos, viajou durante 6 anos e recolheu uma coleção fabulosa: 30 mil exemplares de plantas de 7 mil espécies, das quais 4.500 até então desconhecidas. Em Ibitipoca, Hilaire visitou a Vila e a área que hoje corresponde ao Parque.

VEGETAÇÃO

O tipo de vegetação endêmica Campos Rupestres, com diferentes graus com as adjacências regionais, constitui a maior extensão de vegetação Vanillosmopsis do Parque. Os campos rupestres, um dos maiores centros de biodiversidade e endemismos do Brasil, são agrupamentos de vegetação que refletem condições ecológicas diferentes das de vegetação regional, onde são encontrados endemismos específicos, indicando um isolamento antigo (RADAMBRASIL, 1983). A paisagem é fortemente influenciada pelas Velloziaceae ("canelas de ema"), Orquidaceae, Bromeliaceae, Eriocaulaceae ("sempre vivas"), Cactaceae e um gênero arbustivo dominante de Compositae: Vanillosmopsis, popularmente conhecida como candeia. As famílias melhor distribuídas, de modo geral, nos Campos Rupestres do Parque, são Gramineae, Compositae, Orchidaceae, Melastomataceae, Velloziaceae, Asclepiadaceae, Myrsinace ae, Polypodiaceae, Bromeliaceae, Rubiaceae, Euphorbiaceae, Eriocaulaceae e Ericaceae. Ocorrem campos graminosos em áreas de solos litólicos, mais rasos e com deficiência hídrica sazonal elevada (devido às características do solo e climáticas), e mais herbáceos em solos litólicos desenvolvidos em áreas concavizadas (cabeceiras de drenagem e tetos de grutas) ou em topos horizontalizados e alongados. Nestes últimos podem ocorrer pequenos arbustos esparsos ou em pequenos grupos com pouca diversidade de espécies em cada grupo. Além dos Campos Rupestres, o parque abriga uma área de mata ombrófila, conhecida como Mata Grande, contendo principalmente gêneros de Rubiaceae, Lauraceae, Myrtaceae, Euphorbiaceae, Nyctaginaceae, Melastomataceae, Annonaceae, Palmae, Apopynaceae e Monimiaceae (M. A. L. FONTES, 1996)

O Parque apresenta uma sucessão fisionomias de vegetação que são controladas por diferentes fatores ambientais. Para cada tipo, um fator é mais determinante na distribuição que outro, mas no geral, o relevo e as potencialidades que suas formas oferecem para o desenvolvimento de solos e escassez hídrica, constituem-se nos fatores que mais controlam a distribuição da vegetação.

Adensamentos arbustivos e matas ciliares: As matas ciliares, em sua grande maioria e extensão, constituem adensamentos arbustivos que acompanham a distribuição dos solos mais espessos, em condições de vertente ou de terrenos concavizados. Esse subtipo de vegetação mostra-se úmido, com ação dos ventos reduzida, e com presença marcante e diversificada de bromélias, musgos, e nas bordas ou áreas menos sombreadas, muitos tipos de liquens. As famílias que mais caracterizam este subtipo de vegetação, distinguindo-o dos outros, estão representadas principalmente por Passifloraceae; Araceae; Gesneriaceae; Clusiaceae; Araliaceae; Polygonaceae; Anacardiaceae; Bignoniaceae; Liliaceae; Ochnaceae; Palmae; Monimiaceae e Annonaceae. As plantas da família Solanaceae são quase que exclusivas desse subtipo, ocorrendo somente nas outras áreas, em locais de transição. As características "matas de candeia" correspondem a adensamentos arbustivos, bem como às bordas da Mata Grande. São essencialmente constituídas por gêneros Vanillosmopsis: "candeia", "candeião", Compositae, mas também apresentam dentre as espécies arbustivas, muitos gêneros de Melastomataceae, Myrsinaceae, Rubiaceae e Labiatae.

Campos Arbustivos: Há algumas famílias que parecem ser exclusivas desse tipo de fisionomia (campos com arbustos). São as Malphiguiaceae, Fabaceae, Dicranaceae e Celastraceae. Os arbustos mais ocorrentes são as "candeias" e "candeiões"; e as "quaresmas" (Tibouchina, Melastomataceae); Maytenus, Celastraceae e Byrsonima, Malphiguiaceae. No Parque, geralmente estão entre 1300 a 1650m de altitude. Acima de 1500m de altitude os arbustos são muito isolados e muito menores, apesar de na transição ainda ocorrerem solos não muito rasos.
Texto: Dra. Luciana Graci Rodela (Doutora em Geografia Física)


CLIMA E PLUVIOMETRIA

“araucária (...) nesta viagem comecei a rever esta árvore nas margens
do Riacho Brumado, e encontrei perto da fazenda do Tanque e de Ibitipoca
(...) a araucária funciona como uma espécie de termômetro.”
Auguste de Saint Hilaire, 1822

Em Ibitipoca, a influência do relevo sobre o clima é muito importante à altitude e a topografia são diferenciadas e sobressaem-se localmente em relação às áreas vizinhas, originando um clima singular. A distribuição geral das temperaturas e pluviosidade são muito influenciadas pelas altitudes e formas de relevo. Contrastam, numa área relativamente pequena, microclimas e topoclimas com variações consideráveis de umidade, calor, ventos e até mesmo chuva, influenciando na distribuição dos organismos.

Os microclimas são diversificados pela grande quantidade de paredões, vales em garganta, grutas, pontes naturais, pequenos adensamentos arbustivos ao longo dos cursos d’água ou em concavidades do relevo, exposição de vertentes (portanto várias faces de exposição à luz) e de variação das declividades, bem como pela variedade de adensamentos de vegetação. Há uma grande diferença no total de pluviosidade entre os arredores e o Parque, porém, dentro dele, as chuvas (assim como a umidade relativa do ar) se distribuem com relativa homogeneidade, se comparadas às áreas mais baixas (abaixo de aproximadamente 1.100m de altitude).

As diferenças de pluviosidade entre um topoclima e outro são suficientes para influenciar na distribuição dos organismos, se aliada às características físicas do ambiente (formas de relevo, propriedades e estruturas dos constituintes dos solos e litologia e estrutura da vegetação), pois a água essencial para todas as formas de vida. Constitui-se no fator mais importante para distribuição de umidade. Os conjuntos de vegetação da Serra do Ibitipoca, especialmente a partir de aproximadamente 1.600m, estão mais vulneráveis os fortes ventos, o que significa que esses locais se ressecam mais fácil ente, principalmente no inverno, quando os ventos são ainda mais velozes, e a pluviosidade diminui, contribuindo para o estresse hídrico dos solos.

O inverno apresenta períodos de seca, que duram, em média cinco dias, intercalados por cerca de um a três dias úmidos (com pluviosidade em média, nestes dias “úmidos” de 5mm/dia) Esses períodos de seca são suficientes para restringir o avanço das espécies de plantas e animais para as áreas que apresentem menor capacidade de retenção de água.

As estações de outono e primavera mantém uma média diária de chuvas por volta de 30 mm/dia, com geralmente, no máximo, dois dias de seca. Parece haver uma faixa de maior quantidade de precipitação pluviométrica nas áreas entre 1.300 e 1.500m de altitude (de mata e adensamento arbustivo), aproximadamente. Isso ocorre porque os ventos vindos de sul, sudoeste, mais continentais e frios, (e o principal vale, entre as duas cristas anticlinais, está voltado para o sul) formam correntes escendentes nas vertentes do vale do Rio do Salto, aumentando a nebulosidade.

As médias da umidade relativa do ar mantêm-se altas durante todo o ano e praticamente em todas as áreas do Parque, com pequenas diferenças de aproximadamente 5% a menos para os períodos mais frios e secos. Ocorre aumento da umidade relativa do ar através das nuvens formadas por orografia (ascensão do ar, ventos e formação de nebulosidade por influência da forma de relevo montanhoso) e, com isso, tempestades e chuvas isoladas e aumento da altura da pluviosidade mensal em cerca de 200mm com relação aos arredores da área do Parque. As temperaturas diminuem cerca de 0,5°C a cada 100m de altitude em direção aos altos nos períodos mais frios e secos, e cerca de 0,4°C nos períodos mais quentes e úmidos.

Texto: Dra. Luciana Graci Rodela (Doutora em Geografia Física)

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Sobre o Parque:

País: Brasil Região: Sudeste Estado: MG Região de MG: Zona da Mata
Municípios: Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca
Referência + próxima: Vila de Conceição do Ibitipoca (3Km antes da portaria)
Área: 1488 hectares
Administração: IEF-MG (Instituto Estadual de Florestas)
Data de criação: 04 de Julho de 1973
Telefone do Parque: (32) 3281 1101

Site oficial do Parque: www.parquesdeminas.mg.gov.br

Site Instituto Estadual de Florestas -MG: www.ief.mg.gov.br

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Fonte: http://www.ibitipoca.tur.br/

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Quem nunca foi aconselho a ir. É um lugar lindo, maravilhoso. É uma das regiões que acho mais bela de Minas Gerais.
 

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