TorUgo
a.k.a. Tortoruguito...
Eu observava algumas cronologias da Terceira Era e apercebi-me de algo que me impulsionou a criar este tópico: o facto de Tolkien criar momentos determinantes na história, tão determinantes que deixa de lado outros acontecimentos ditos "normais" numa guerra.
O que quero dizer com isto é que, ao contrário do que se vê habitualmente nas guerras de outros "Universos" e ao contrário do que é mais frequente na história, a Guerra do Anel, por exemplo, é feita de batalhas completamente decisivas.
Durante a Guerra do Anel temos, para Rohan, poucas batalhas. Temos as duas batalhas dos vaus do Isen, que são o exemplo que "contrariam" o que eu digo e temos a Batalha do Abismo do Elmo, ou seja, um momento marcante que vai decidir a derrota ou a vitória. Normalmente, uma guerra tem vários palcos com diferentes locais para actuar. Saruman poderia, por exemplo, ter enviado uma força menor para o Abismo, por exemplo, cercando apenas o lugar e enviado a maioria da sua força para conquistar as pequenas cidades e derrotar os grupos errantes (que foram depois a sua perdição).
Não quero discutir estratégia, atenção, mas sim o facto de as guerras em Tolkien se decidirem muito rapidamente, em momentos marcantes.
Para Gondor, temos as batalhas de Ithilien, às quais é dado pouco relevo, apesar da sua importância e temos duas grandes batalhas de maior importância: a que Aragorn combate contra os Sulistas e os Corsários de Umbar no Sul, juntamente com o exército dos mortos e a Batalha dos Campos de Pelennor.
A batalha no Sul é de grande importância mas a batalha em Pelennor decidiu uma "reviravolta", ainda que temporária, nos planos de Sauron, pois, de qualquer forma, a vitória seria sua, não fosse a destruição do anel.
Temos, por outro lado, acontecimentos paralelos como a Batalha em Erebor/Dale e as batalhas em Lórien e isso pode contrariar-me, sem dúvida, mas daqui eu retiro mais uma questão. Porque é que são tão poucas as "fortalezas" na Terra Média. Veja-se:
Rohan tem, para nosso conhecimento: Harrowdale, Helm's Deep, Edoras e sabe-se da existência de Snowburn (posso ter-me esquecido de alguma! xD).
Gondor tem: Minas Tirith, Dol Amroth, Osgiliath em ruínas, Pelargir, Cair Andros (que não é sequer cidade, mas posto avançado), sabemos da existência de outras cidades nu Sul, como Linhir, mas também não se conhece muito.
Lórien concentra toda a sua civilização (defesas etc) numa única cidade, pelo que se sabe.
A Floresta Tenebrosa é também comandada apenas por uma cidade, a dos elfos de Thranduil.
Acho que já perceberam onde quero chegar. O número de cidades/fortalezas/fortes etc é pequeno, tendo em conta que a Terra Média é do tamanho (sensivelmente) da Europa, que tinha centenas de cidades fortificadas.
Não querendo entrar numa nova comparação, se se tiver em conta as semalhanças com o Império Romano que também algures no tempo, governou grande parte da Europa, como Arnor e Gondor governavam a Terra Média, o IR tinha bastantes mais fortes e fortalezas, prontas a defender as suas fronteiras. Lembro-me, por exemplo, de semelhanças entre Aglarond e Angrenost, que protegiam o grande Desfiladeiro de Rohan enquanto existia uma linha de fortes que protegia o espaço entre o Reno e o Danúbio (creio serem estes os rios) das invasões germânicas.
Lendo o que escrevi, gostaria de saber se concordam comigo nestes dois pontos que tentarei resumir:
- Tolkien concentrou a história das Grandes Guerras num punhado de acontecimentos fulcrais, em vez de criar bastantes outros conflictos, mais pequenos, habituais numa guerra.
- Tolkien criou um Universo muito vivo e populoso, mas não criou um número "verosímil" de fortes, fortalezas e cidades tendo em conta o tamanho da Terra Média.
Estou aberto a sugestões e a críticas e mudarei a minha opinião facilmente pois, sinceramente, nem acho que esteja muito bem fundamentada!
;D
[size=-2]P.s.: Saudades que eu tinha de escrever estes meus tópicos!!
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O que quero dizer com isto é que, ao contrário do que se vê habitualmente nas guerras de outros "Universos" e ao contrário do que é mais frequente na história, a Guerra do Anel, por exemplo, é feita de batalhas completamente decisivas.
Durante a Guerra do Anel temos, para Rohan, poucas batalhas. Temos as duas batalhas dos vaus do Isen, que são o exemplo que "contrariam" o que eu digo e temos a Batalha do Abismo do Elmo, ou seja, um momento marcante que vai decidir a derrota ou a vitória. Normalmente, uma guerra tem vários palcos com diferentes locais para actuar. Saruman poderia, por exemplo, ter enviado uma força menor para o Abismo, por exemplo, cercando apenas o lugar e enviado a maioria da sua força para conquistar as pequenas cidades e derrotar os grupos errantes (que foram depois a sua perdição).

Não quero discutir estratégia, atenção, mas sim o facto de as guerras em Tolkien se decidirem muito rapidamente, em momentos marcantes.
Para Gondor, temos as batalhas de Ithilien, às quais é dado pouco relevo, apesar da sua importância e temos duas grandes batalhas de maior importância: a que Aragorn combate contra os Sulistas e os Corsários de Umbar no Sul, juntamente com o exército dos mortos e a Batalha dos Campos de Pelennor.
A batalha no Sul é de grande importância mas a batalha em Pelennor decidiu uma "reviravolta", ainda que temporária, nos planos de Sauron, pois, de qualquer forma, a vitória seria sua, não fosse a destruição do anel.

Temos, por outro lado, acontecimentos paralelos como a Batalha em Erebor/Dale e as batalhas em Lórien e isso pode contrariar-me, sem dúvida, mas daqui eu retiro mais uma questão. Porque é que são tão poucas as "fortalezas" na Terra Média. Veja-se:
Rohan tem, para nosso conhecimento: Harrowdale, Helm's Deep, Edoras e sabe-se da existência de Snowburn (posso ter-me esquecido de alguma! xD).
Gondor tem: Minas Tirith, Dol Amroth, Osgiliath em ruínas, Pelargir, Cair Andros (que não é sequer cidade, mas posto avançado), sabemos da existência de outras cidades nu Sul, como Linhir, mas também não se conhece muito.
Lórien concentra toda a sua civilização (defesas etc) numa única cidade, pelo que se sabe.
A Floresta Tenebrosa é também comandada apenas por uma cidade, a dos elfos de Thranduil.
Acho que já perceberam onde quero chegar. O número de cidades/fortalezas/fortes etc é pequeno, tendo em conta que a Terra Média é do tamanho (sensivelmente) da Europa, que tinha centenas de cidades fortificadas.
Não querendo entrar numa nova comparação, se se tiver em conta as semalhanças com o Império Romano que também algures no tempo, governou grande parte da Europa, como Arnor e Gondor governavam a Terra Média, o IR tinha bastantes mais fortes e fortalezas, prontas a defender as suas fronteiras. Lembro-me, por exemplo, de semelhanças entre Aglarond e Angrenost, que protegiam o grande Desfiladeiro de Rohan enquanto existia uma linha de fortes que protegia o espaço entre o Reno e o Danúbio (creio serem estes os rios) das invasões germânicas.

Lendo o que escrevi, gostaria de saber se concordam comigo nestes dois pontos que tentarei resumir:
- Tolkien concentrou a história das Grandes Guerras num punhado de acontecimentos fulcrais, em vez de criar bastantes outros conflictos, mais pequenos, habituais numa guerra.
- Tolkien criou um Universo muito vivo e populoso, mas não criou um número "verosímil" de fortes, fortalezas e cidades tendo em conta o tamanho da Terra Média.
Estou aberto a sugestões e a críticas e mudarei a minha opinião facilmente pois, sinceramente, nem acho que esteja muito bem fundamentada!

;D
[size=-2]P.s.: Saudades que eu tinha de escrever estes meus tópicos!!
