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Mensalão - Presidente do PT se diz indignado com as penas

É impressionante como usam a espetacularização do julgamento e argumentos ad hominem para tentar livrar a cara dos mensaleiros.

E tentar condenar a qualquer custo também não funciona.
( - Ministro Barroso: “E nem estou explorando, presidente – porque não tenho interesse de polemizar aqui, mas de resolver – que essa exacerbação tenha sido feita para evitar a prescrição ou para mudar o regime de semiaberto para fechado. Eu não preciso especular isso.”
- Ministro Joaquim Barbosa: “Foi feito para isso sim!!! “) :roll:

Minha aposta é que o Barbosa depois de acabar de desmoralizar o STF irá para a planície política. Talvez seja um bom político, pois como juiz foi péssimo. Se deixou levar pelos aplausos e fez um palanque e tanto nesse reality show/ação penal 470.
 
E tentar condenar a qualquer custo também não funciona.
( - Ministro Barroso: “E nem estou explorando, presidente – porque não tenho interesse de polemizar aqui, mas de resolver – que essa exacerbação tenha sido feita para evitar a prescrição ou para mudar o regime de semiaberto para fechado. Eu não preciso especular isso.”
- Ministro Joaquim Barbosa: “Foi feito para isso sim!!! “) :roll:

Minha aposta é que o Barbosa depois de acabar de desmoralizar o STF irá para a planície política. Talvez seja um bom político, pois como juiz foi péssimo. Se deixou levar pelos aplausos e fez um palanque e tanto nesse reality show/ação penal 470.

Não estou defendendo o Barbosa. A questão é se um erro anula outro. Se o julgamento foi político, isso significa que o mensalão não existiu? Se o mensalão mineiro ficou em segundo plano, isso significa que o mensalão não existiu?

A condução do julgamento pode e deve ser analisada? Claro. Isso significa que os mensaleiros são vítimas do judiciário?
 
O que ocorre aqui é que um grupo tenta relativizar a culpa dos mensaleiros apelando a uma retórica pseudo-revolucionária estranhamente reacionária enquanto o outro apela para à consciência nacionalista e patriótica a um nível sub-intelectual, infra-ideológico, instintivamente bestial, do povo brasileiro, nele adormecida como uma fera que espera ser despertada pelo cheiro de carne fresca.

É o carnaval do sensacionalismo de palavras, de espetáculos verbais, mística das palavras.
 
Porra, Paganus. Boa.

Não entendo qual é a dificuldade de discutir a necessidade de punir os culpados usando as ferramentas da forma correta.
 
Porra, Paganus. Boa.

Não entendo qual é a dificuldade de discutir a necessidade de punir os culpados usando as ferramentas da forma correta.

A dificuldade maior é do STF e o relator do processo. Punir de acordo com a culpa de cada um e não forçando a barra como foi feito. A tese de compra de parlamentares através de pagamento mensal, eu tenho lá minhas dúvidas, pois o governo Lula perdeu votações importantes e estratégicas no congresso (mesmo comprando? esquisito) . Isso tá mais pra caixa dois de restos a pagar de campanha eleitoral, seria crime eleitoral? é o mais provável: assim como o "mensalão" tucano. A condenação de formação de quadrilha (no julgamento) passou meio no aperto se não me engano 6 a 4 condenando os réus ( A composição estava em 10 ministros à época) agora foi 6 a 5 (também apertada) absolvendo os réus, o próprio tribunal está dividido sobre o tema. Pelo que ando lendo na opinião de juristas o STF deveria ter desmembrado o processo, mas preferiram fazer o circo e agora está dando isso aí que estamos assistindo. Vou postar essa aqui do Estadão:

Análise: As operações aritméticas do ministro Joaquim Barbosa
Em meio às falas sobrepostas na sessão de quarta do STF, o ministro Joaquim Barbosa soltou uma frase que guardava consigo há pelos menos três anos: \"Foi para isso mesmo, ora!\"
28 de fevereiro de 2014 | 17h 36

Felipe Recondo - O Estado de S. Paulo
Barbosa acabava de admitir abertamente o que o ministro Luís Roberto Barroso dizia com certos pudores. A pena para os condenados pelo crime de formação de quadrilha no julgamento do mensalão foi calculada, por ele, Barbosa, para evitar a prescrição. Por tabela, disse Barroso, o artifício matemático fez com que réus que cumpririam pena em regime semiaberto passassem para o regime fechado.

A assertiva de Barroso não era uma abstração ou um discurso meramente político. A mesma convicção teve, para citar apenas um, o ministro Marco Aurélio Mello. Em seu voto, ele reconheceu a existência de uma quadrilha, mas considerou que as penas eram desproporcionais. E votou para reduzi-las a patamares que levariam, ao fim e ao cabo, à prescrição. Algo que Barbosa há muito temia, como se verá a seguir.

Foi essa suposição de Barroso que principiou a saraivada de acusações e insinuações do presidente do STF contra os demais ministros. Eram 17h33, quando Barroso apenas repetiu o que os advogados falavam desde 2012 e que outros ministros falavam em caráter reservado.

Joaquim Barbosa acompanhava a sessão de pé, reticente ao voto de Barroso, mas ainda calmo. Ao ouvir a ilação, sentou-se de forma apressada e puxou para si os microfones que ficam à sua frente. Parecia que dali viria um desmentido categórico, afinal a acusação que lhe era feita foi grave.

Mas Joaquim Barbosa não repeliu a acusação. Se o fizesse, de fato, estaria faltando com a sua verdade, não estaria de acordo com a sua consciência. Três anos antes, em março de 2011, Joaquim Barbosa estava de pé em seu gabinete. Não se sentava por conta do problema que ainda supunha atacar suas costas. Foi saber depois, que suas dores tinham origem no quadril.

A porta mal abrira e ele iniciava um desabafo. Dizia estar muito preocupado com o julgamento do mensalão. A instrução criminal, com depoimentos e coleta de provas e perícias, tinha acabado. E, disse o ministro, não havia provas contra o principal dos envolvidos, o ministro José Dirceu. O então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, fizera um trabalho deficiente, nas palavras do ministro.

Piorava a situação a passagem do tempo. Disse então o ministro: em setembro daquele ano, o crime de formação de quadrilha estaria prescrito. Afinal, transcorreram quatro anos desde o recebimento da denúncia contra o mensalão, em 2007. Barbosa levava em conta, ao dizer isso, que a pena de quadrilha não passaria de dois anos. Com a pena nesse patamar, a prescrição estaria dada. Traçou, naquele dia em seu gabinete, um cenário catastrófico.

O jornal O Estado de S. Paulo publicou, no dia 26 de março de 2011, uma matéria que expunha as preocupações que vinham de dentro do Supremo. O título era: "Prescrição do crime de formação de quadrilha esvazia processo do mensalão".

Dias depois, o assunto provocava debates na televisão. Novamente, Joaquim Barbosa, de pé em seu gabinete, pergunta de onde saiu aquela informação. A pergunta era surpreendente. Afinal, a informação tinha saído de sua boca. Ele então questiona com certa ironia: "E se eu der (como pena) 2 anos e 1 semana?".

Barroso não sabia dessa conversa ao atribuir ao tribunal uma manobra para punir José Dirceu e companhia e manter vivo um dos símbolos do escândalo: a quadrilha montada no centro do governo Lula para a compra de apoio político no Congresso Nacional. Barbosa, por sua vez, nunca admitira o que falava em reserva. Na quarta-feira, para a crítica de muitos, falou com a sinceridade que lhe é peculiar. Sim, ele calculara as penas para evitar a prescrição. "Ora!"

Felipe Recondo é repórter do jornal O Estado de S. Paulo em Brasília.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/...cas-do-ministro-joaquim-barbosa,1135870,0.htm
Só por curiosidade, @ricardo campos, você leu a notícia que eu postei? Pq eu acho bem bizarro o debate sobre se houve não formação de quadrilha.

Vou ler como mais calma, mas se eles estão divididos, o que dirá os meros mortais.
 
Esse é o meu ponto, ricardo. Parece agora que toda e qualquer ação do Barbosa é politicagem.

Entendo. Deixaram ou contaminaram todo o episódio. A situação dele no STF não está confortável devido os atritos verbais com os outros ministros. Se ele sair como candidato nessas eleições, a atuação dele no julgamento(como relator) será ainda mais questionada. Esse julgamento será explorado politicamente por todos os lados, o Ministro Barbosa caso algum dia seja político mesmo não querendo será lembrado como quem condenou dirigentes influentes do PT. Uma parcela do eleitorado vai apoiar outros vão criticá-lo.
 

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