A crônica da casa assassinada é MUITO FODA. E o livro foi selecionado, por algumas vezes, como "obra de vestibular", nos últimos tempos, Anica, o que facilita para achar. É um calhamaço de livro, mas que vale muito a pena. E nessa onda de "parentesco de estilo", temos não só escritores mais "antigos", mas tem gente nova também, como Milton Hatoum. A literatura de Hatoum tem parentesco com a ficção introspectiva de Graciliano Ramos (a angústia é o elemento que rege a narrativa do romance “Angústia” [Really?] e do “Relato de um certo Oriente”), Clarice Lispector (com os “Laços de família”) e Lúcio Cardoso (que teceu as “Crônicas da casa assassinada”), Autran Dourado (que elegeu a agonia de uma época e de uma família como tema romanesco) e Raduan Nassar (que nos relatos tensos e densos abordou dramas de relacionamentos humanos e aspectos ligados à família árabe).