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[L] [Inho][Manhãs Lisérgicas]

Inho

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[Inho][Manhãs Lisérgicas]

Bem, eu não sou muito familiar com contos. Esse aí saiu de súbito, só precisei da idéia e de força de vontade. Digam o que acharam, por favor.

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Manhãs Lisérgicas

As palavras que melhor descreveriam aquela manhã demorariam um pouco para alcançar a cabeça de Victor. Um boêmio poeta que passava entre os eucaliptos da praça descarregava adjetivos, que não faziam muito sentido para o tipo vagabundo que no momento levantava do banco de praça que lhe serviu de hotel esta noite.

Lisérgico. Foi esse o adjetivo que o poeta usou, e que quase imediatamente trouxe a memória de Victor as lembranças da noite passada. Poucas delas poderiam ser tomadas por reais – luzes bruxuelantes, abelhas com olhos compostos multicores, borboletas atravessando as ruas e por último, o castelo de janelas góticas enormes onde ele encontrou seu repouso noturno, tendo as estrelas já lhe dado o beijo de boa noite e as meretrizes de Soho descarregado sobre seus ouvidos inertes os gastos clichês e insinuações nada sutis.

Pois bem, estava tudo calmo, como costuma estar em cidades daquele tipo, especialmente em manhãs de domingo, e Victor precisava arranjar um novo objetivo de vida antes do próximo anoitecer. Chegar em casa era uma ótima opção, e então procurou o caminho da mais próxima parada de ônibus. Ébrio de sono, caminhou até o ponto. Tudo vazio, até o ônibus. O céu estava tão róseo e dourado que pouco lembrava o tedioso azul e branco diário que costumava ver. Resquícios da droga, provavelmente. Deve passar logo...

De repente, tudo muda. Ele não está mais no ônibus, também não passou do ponto. Ele não sabe disso através da noção da passagem do tempo, pois este ele não sente mais. Sabe porque não está mais no caminho. O que era ônibus ganhou asas enormes e decolou na direção de um satélite qualquer que estava passando por ali. Oportunamente, pois serviu-lhe de ponto de parada antes que tudo voltasse ao que era antes e ele se dar conta que o efeito da maldita droga está durando mais do que devia. É o velho ônibus, e essa é a sua parada. Rápido!

O ônibus pára, ele desce, cruza duas ou três ruas, atravessa alguns sinais e encontra sua casa umas três quadras adiante. E onde estará a chave? Droga, foi embora no pôquer ontem à noite! Ele toca a campainha e espera que sua mãe venha abrir-lhe a porta, mas quem abre a porta é um homem estranho, de cabelos grisalhos, óculos escuros grandes e redondos, com um figurino quase havaiano. Victor não consegue conter a exclamação:
- James Dean!
 
Valeu mermo Gandalf! Vamo ver se o pessoal comenta mais. É o meu debut em termos de conto, eu queria mais opiniões antes de ingressar no meu grande projeto que tá na gaveta...
 

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