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Autor da Semana Hans Christian Andersen



Monumento ad Andersen di August Saabyes (1877) nel Parco Reale, Rosemberg, Copenaghen

Hans Christian Andersen

Escritor dinamarquês de histórias infantis.

Nasceu em Odense em 2 de Abril de 1805, e faleceu em Copenhague em 4 de Agosto de 1875.

Talvez Andersen não se sentisse muito confortável por ter-se tornado famoso como autor de contos de fadas. Antes tivera uma extensa e ambiciosa produção literária escrevendo romances “sérios”, que hoje já não são lidos, e com eles já havia conquistado a Europa. Mas foi com o gênero chamado conto de fadas que conquistou o mundo. Como define bem o escritor brasileiro de origem dinamarquesa Per Johns, conto de fadas em escandinavo é eventyr ou äventyr, literalmente uma aventura, com o significado de viagem, “a viagem de uma vida – de rumo incerto, mas fascinante. Abarca tanto a pura narrativa de um acontecimento fantástico como o périplo do espírito que sai mundo afora em busca do destino, em vez de esperar que ele chegue. O que equivale a dizer: ou se vive uma vida como uma aventura que se renova a cada dia, ou não vale a pena vivê-la.”

Devemos encarar suas histórias sob esse ponto de vista. Cada conto é uma aventura em que o ser humano se desprende de suas limitações para assumir o próprio destino, mesmo com todos os riscos que essa possibilidade apresenta.
Em muitos de seus contos está presente essa viagem e aventura.

“O companheiro de viagem” é a aventura de um homem pelo mundo. Perde seu amado pai e parte com a intenção de ser uma boa pessoa. Leva apenas algumas moedas, tudo o que herdara, mas não demora deixá-las nas mãos de bandidos que profanavam um cadáver. Viaja pelo mundo com um companheiro recente, que o protege durante a maior parte do tempo.
Em “Os cisnes selvagens”, observamos onze cisnes que cruzam constantemente um oceano. Há a irmã que sai em busca deles, na verdade príncipes transformados em aves. Eles passam o dia inteiro em pleno voo, transformando-se em homens apenas durante a noite.
E por último “As galochas da fortuna”, adorável história que apresenta várias personagens que ao vestirem os misteriosos calçados têm os desejos realizados, viajando inclusive para outros tempos.
Muitas vezes estigmatizado como autor de literatura infantil ou infanto-juvenil, rótulos que, como disse certa vez a escritora Roseana Murray, são de necessidades mercadológicas, Andersen acabou por não ser lido pelo público adulto; a exceção ocorre apenas quando esses adultos resolvem contar as histórias do autor dinamarquês para os filhos. Mas é um grande equívoco olhar o escritor dessa maneira. O que teria de literatura para crianças ou mesmo para jovens contos como o próprio “O soldadinho de chumbo” ou “A menina dos fósforos?” Talvez uma criança sinta-se entristecida ante os percalços da vida ao ler essas histórias numa idade em que ainda deveria primar pela esperança de felicidade que todos têm no coração desde cedo, e pela crença de que as brincadeiras são eternas. Na verdade esses contos são de plena profundidade; discutem o sentimento amoroso, a beleza, e também os acasos que nos desviam da rota que gostaríamos de estar trilhando. Em “A menina dos fósforos”, há a solidão de uma pequena criança numa noite de natal; a menina está com um frio terrível e faminta, a única constatação é de que apenas o mundo do sonho é possível. Seu sofrimento é tanto que esse mesmo sonho acaba por misturar-se ao desejo de morte quando ela sente próxima a presença da avó falecida.
Andersen escreveu numa época em que a maior parte dos habitantes das cidades européias vivia em extrema penúria. Era uma Europa com a permanente ameaça de guerra, de frio e de fome. Junte-se a isso a reflexão sobre o que há de mais recôndito e de mais sórdido na alma humana. O escritor encontra na fantasia a solução para todos esses problemas. E, como ocorre muitas vezes, quando a morte ameaça uma criança doente num leito, cuja mãe se esvai em lágrimas sem encontrar solução alguma, a viagem final se dá em companhia de um anjo de rosto radiante e belo, que conduz o pequeno infante à presença de Deus, como ocorre no conto do mesmo nome: “O Anjo”.
Vida e Obra:

Hans Christian Andersen nasceu em Odense, Dinamarca, no dia 02 de abril de 1805.



Casa onde nasceu

Filho de um pobre sapateiro e de mãe analfabeta, teve uma infância humilde e cheia de dificuldades. Morava com os pais, a irmã e uma avó. Toda a família vivia e dormia num único quarto. O pai adorava o seu filho a quem fomentou a imaginação e a criatividade, deixando-o aprender a ler, contando-lhe histórias. Seu pai, um contador de histórias que além de contá-las as encenava com marionetes. O que lhe proporcionava diversão e incentivava a criatividade. Hans apresentava no seu teatro peças clássicas, tendo chegado a memorizar muitas peças de Shakespeare, que encenava com seus brinquedos.
O pai de Andersen considerava-se ligado à nobreza. Segundo estudiosos do Hans Christian Andersen Center (especulação) sua avó paterna dizia a seu pai que sua família no passado pertencera a uma classe social mais elevada, mas as investigações provam que essas histórias não tem fundamento. A família aparentemente tinha ligações com a realeza dinamarquesa, mas através de emprego ou comércio. Hoje persistem especulações de que Andersen pode ter sido um filho ilegítimo da família real. Seja qual for o motivo, Frederico VI teve um interesse pessoal nele quando jovem e pagou uma parte de sua educação. Segundo o escritor Rolf Dorset, a ascendência de Andersen permanece indeterminada.
Andersen teve uma meia-irmã, Karen Marie, com quem ele conseguiu falar apenas em algumas ocasiões antes de sua morte.
Quando criança sentia-se meio desengonçado e sofria complexo por ser alto demais para a idade ( O Patinho Feio?).



Auto retrato

Aos 11 anos sofreu com a morte do pai. Assim ele teve que abandonar a escola.
Hans Christian foi forçado a se sustentar. Trabalhou como aprendiz de tecelão e, mais tarde, para um alfaiate.
Sua mãe era bastante problemática e negligente, o que acabou colaborando para que Andersen decidisse fugir de casa.
Com apenas 14 anos, foi para Copenhague para procurar emprego como ator, e lá depois de passar por muitas dificuldades conheceu o diretor do Teatro Real, Jonas Collin, diretor do Teatro Real, de quem se aproximou e que foi se amigo pelo resto da vida.
Tendo uma excelente voz de soprano, foi aceito no Teatro Real da Dinamarca, mas sua voz logo mudou.

Um colega do teatro disse-lhe que o considerava um poeta. Levando a sério a sugestão, começou a focar-se na literatura.
Jonas Collin, que após um encontro casual com Andersen imediatamente sentiu um grande carinho por ele, enviou-lhe para uma escola em Slagelse, cobrindo todas as suas despesas. Andersen já havia publicado seu primeiro conto, O Fantasma da Tumba de Palnatoke, em 1822. Embora não tenha sido um aluno exemplar, ele também frequentou a escola em Elsinore, até 1827, embora tenha confessado mais tarde que estes foram os anos mais escuros e amargos da sua vida.
Em Copenhague as suas atitudes diferentes, depressa o isolaram como um lunático.
Durante esse período, Collin financiou os seus estudos.
Em 1828, foi admitido na Universidade de Copenhague.
Em 1829, quando os seus amigos já consideravam que nada de bom resultaria da sua excentricidade, obteve considerável sucesso com "Um passeio desde o canal de Holmen até à ponta leste da ilha de Amager", e acabou por alcançar reconhecimento internacional em 1835, quando lançou o romance O Improvisador, na sequência de viagens que o tinham levado a Roma, depois de passar por vários países da Europa.
Contudo, apesar de ter escrito diversos romances adultos, livros de poesia e relatos de viagens, foram os contos de fadas que tornaram Hans Christian Andersen famoso. Especialmente pelo fato de que, até então, eram muito raros livros voltados especificamente para crianças.
Acredita-se que o autor tenha tido grande afinidade com as crianças, também por se identificar mais com as mesmas do que com os adultos. Conta-se que Andersen passava horas contando histórias para crianças, brincando e ouvindo-as.

Andersen nasceu e viveu numa época em que a Dinamarca regressava ao nacionalismo ancorado em valores ancestrais. De certa forma graças à sua infância pobre, Andersen teve a chance de conhecer os contrastes da sua sociedade, o que influenciou bastante as histórias infantis e adultas que viria a escrever quando mais velho.
Ele foi segundo estudiosos, a "primeira voz autenticamente romântica a contar histórias para as crianças" e buscava sempre passar padrões de comportamento que deveriam ser adotados pela nova sociedade que se organizava, inclusive apontando os confrontos entre "poderosos" e "desprotegidos", "fortes" e "fracos", "exploradores" e "explorados". Ele também pretendia demonstrar a idéia de que todos os homens deveriam ter direitos iguais.
Entre 1835 e 1842, Andersen lançou seis volumes de Contos, livros com histórias infantis traduzidos para diversos idiomas. Ele continuou escrevendo seus contos infantis até 1872, chegando à marca de 156 histórias.
No começo, escrevia contos baseados na tradição popular, especialmente no que ele ouvia durante a infância, mas depois desenvolveu histórias no mundo das fadas ou que traziam elementos da natureza.
No final de 1872, Andersen ficou gravemente ferido ao cair da sua própria cama, e permaneceu com a saúde abalada até 4 de Agosto de 1875, quando faleceu, em Copenhague, onde foi enterrado.

Importância atual:

Andersen foi considerado o precursor da literatura mundial e em virtude disso no dia que marca da data de seu nascimento, 2 de abril, é comemorado também o Dia Internacional da Literatura Infanto-Juvenil. Além disso, o mais importante prêmio internacional do gênero, o Prêmio Hans Christian Andersen, tem seu nome.
Foi considerado também, o primeiro autor infantil em razão das suas histórias serem criadas por ele, enquanto tantos outros autores fizeram um levantamento de histórias populares que faziam parte do folclore e eram contadas oralmente em diversos países.
Anualmente, a International Board on Books for Young (IBBY) oferece a Medalha Hans Christian Andersen para os maiores nomes da literatura infanto-juvenil. A primeira representante brasileira a ganhá-la foi Lygia Bojunga, em 1982.

Foi feito um filme no qual foi romanceada a história de Hans, mesclando trechos de seus contos com sua vida, cujo título no Brasil foi, A vida num conto de fadas (no original em inglês, Hans Christian Andersen: My Life as a Fairy Tale).

Em 1952, dirigido por Charles Vidor, houve uma outra versão, chamada Hans Christian Andersen, com Danny Kaye.

Esse foi meu primeiro contato com Andersen, pior que tem uma musiquinha que fica na cabeça um tempão e acabei de lembrar dela...

Curiosidades

Era um homem magríssimo, muito alto, suavemente sonhador, esquisito como diz o povo, de olhos meio fechados, expressão alegre e boa, excêntrico, feio, mas que, a poder de singeleza e sem embargo da fealdade, tinha um quê de sublime.
Era dado a medos súbitos; nunca, enquanto menino saiu de casa depois das ave-marias...
Ruas em que houvesse árvores, logo imaginava estar vendo procissões de gigantes...
Deitava-se ao poente, e da cama punha as idéias para trabalhar, e a criar uma série de figurinhas fantásticas, que viviam familiarmente com ele.
Nada apavorava mais o escritor do que a hipótese de ser sepultado vivo. O medo era tamanho que, quando estava gravemente doente, Hans costumava deixar um bilhete na cabeceira da cama avisando que estava “apenas parecendo morto”. Para garantir que não seria enterrado vivo, Hans chegou ao ponto de pedir que lhe cortassem uma artéria antes de sepultá-lo.


Andersen conheceu inúmeras personalidades da cultura de sua época, entre as quais Honeré de Balzac, Victor Hugo, Alexandre Dumas, Henrik Ibsen, Richard Wagner, Franz Liszt, Johannes Brahms e Charles Dickens, de quem foi um grande amigo.
Em homenagem a Andersen, a data de seu nascimento, 2 de abril, foi instituída como Dia Internacional do Livro Infantil. Além disso, o mais importante prêmio internacional do gênero, o Prêmio Hans Christian Andersen, tem seu nome. A taverna frequentada por Hans Christian Andersen em Odense, na Dinamarca, foi fundada em 1506. Dizem que sobre uma de suas mesas ele teria escrito o famoso conto “O soldadinho de chumbo”. Era uma chuvosa noite de primavera, e o escritor sentia-se desenganado do amor da bela Jenny Lind. A taverna existe até hoje e chama-se "Tinsoldaten" (soldadinho de chumbo), em sua homenagem.

A estátua da Pequena Sereia, em Copenhague, é uma homenagem ao escritor.

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Algumas frases...

“A imprensa é a artilharia da liberdade”
“Quando as palavras fracassam, a música fala”
“Os prazeres pertencem à mocidade, as alegrias à meia-idade e a bem- aventurança à velhice”
“Ter sido criado com patos não tem importância, desde que você tenha nascido de um ovo de cisne”
Controvérsia sobre a sexualidade de Hans Christian Andersen

Existem alguns estudiosos que acreditam que assim como os escritores Jack Kerouac, Manuel Puig, Virginia Woolf, Elizabeht Bishop e Oscar Wilde, o dinamarquês Andersen era homossexual.
A orientação sexual de Andersen foi desde cedo objeto de controvérsia em círculos acadêmicos. A discussão iniciou-se em 1901, com o artigo "Hans Christian Andersen: Evidence of his Homosexuality" de Carl Albert Hansen Fahlberg na revista de Magnus Hirschfeld, "Jahrbuch für sexuelle Zwischenstufe" (Anuário da Ambiguidade Sexual).
Atualmente não existe consenso em relação à sexualidade de Hans Christian Andersen, e é necessário interpretá-la à luz dos costumes sociais do século XIX, o que não é fácil. Andersen possuía um grande círculo de amizades e é muito diferente comparar "amizade" nos dias de hoje com "amizade" na época em que Andersen viveu. O que se sabe é que ele tinha medo de qualquer relacionamento mais íntimo/sexual, mas era muito bom a fazer amigos. Alguns autores defendem que Andersen se apaixonou tanto por mulheres quanto por homens na sua vida adulta, e há várias evidências para tais possibilidades.

De acordo com o Centro Hans Christian Andersen:

É correto apontar elementos muito ambivalentes (e também muito traumáticos) na vida emocional de Andersen em relação à esfera sexual, mas é decididamente errado descrevê-lo como homossexual e defender que ele teve relações sexuais com homens. Ele não teve. De fato isso seria totalmente contrário à sua moral e seus ideais religiosos.

Um seu contemporâneo e correspondente, Kierkegaard, referindo-se à sexualidade e espiritualidade de Andersen, apelida-o de "espiritualmente andrógino”, como uma daquelas flores em que o masculino e o feminino coexistem no mesmo pé.

Amores não correspondidos


Andersen apaixonava-se frequentemente por mulheres impossíveis de serem conquistadas e muitas de suas histórias podem ser interpretadas como referências às suas desilusões amorosas. O mais famoso desses casos foi o com a cantora Jenny Lind. Uma de suas histórias, The Nightingale (O Rouxinol), foi uma expressão escrita de sua paixão por Lind, dando à cantora o apelido de Swedish Nightingale ("Rouxinol Sueco"). Andersen era sempre tímido perto de mulheres e tinha extrema dificuldade em se declarar para Jenny. Quando Lind estava embarcando em um trem que a iria levar a um concerto de ópera, Andersen entregou-lhe uma carta de declaração amorosa. Porém, os seus sentimentos por ela não eram correspondidos; ela via-o como um irmão, escrevendo para ele em 1844: "Adeus... que Deus abençoe e proteja meu irmão, são os sinceros votos de sua querida irmã, Jenny".

Uma garota chamada Riborg Voigt foi o amor não correspondido da juventude de Andersen. Uma pequena bolsa de couro, contendo uma longa carta de Riborg, foi descoberta no peito de Andersen quando ele morreu. Em certo ponto, ele escreveu em seu diário: "Deus Todo Poderoso, meu sangue quer amor, assim como meu coração!".

Outras decepções amorosas incluíram Sophie Orsted, filha do físico Hans Christian Orsted, e Louise Collin, a filha mais nova de seu benfeitor Jonas Collin.

Entretanto, existem alguns acadêmicos, como Jackie Wullschlager, que defendem que Andersen teria tido também amores não correspondidos por homens, citando o caso de Edvard Collin, sobre quem Andersen teria observado no seu diário "Eu padeço por você como por uma linda garota da Calábria... meus sentimentos por você são aqueles de uma mulher. A feminilidade da minha natureza, e nossa amizade devem permanecer um mistério." Edvard Collin, por sua vez, escreveu no seu diário "Fui incapaz de corresponder a tal amor, o que causou grande sofrimento ao autor". Outros casos documentados incluem o bailarino Harald Scharff, e um príncipe alemão da casa imperial.

Influência na obra

Segundo Elias Bredsdorff, que nunca se referiu à sexualidade do autor, Andersen injetou detalhes da sua perturbada vida pessoal na sua obra, queixando-se mesmo que a tradução original para inglês pelos tradutores vitorianos teria adoçado e “bowdlerizado” as suas histórias".

Obs:

Thomas Bowdler
(11 de Julho de 1754 – 24 de Fevereiro de 1825), foi um médico inglês que se tornou famoso (ou infame) por editar uma coleção infantil de William Shakespeare, o Family Shakespeare, (o Shakespeare familiar) no qual ele "pretendia remover tudo que pudesse causar justa ofensa à mente religiosa e virtuosa."
Por exemplo, a morte de Ofélia em Hamlet foi eufemizada num acidente por afogamento em vez de suicídio como Shakespeare tinha pretendido.
O seu nome tornou-se um epônimo em língua inglesa, onde bowdlerization (adjectivo bowdlerized) descreve o processo de censura pelo apagamento arbitrário de material "desagradável" de uma obra literária para purificá-la, em vez de bani-la.

Dag Heede, apesar de considerar errado apelidar o autor de homossexual, considera que as obras de Andersen podem ter uma leitura de uma perspectiva homossexual". Entretanto ressalva:

Se ele era ou não homossexual é basicamente histórico e, se não errado, então formulado de forma imprecisa. A idéia de "homossexual" foi inventada primeiro em 1869 e ninguém durante a vida de Andersen pensou que seria necessário enquadrar Andersen nessa categoria particular, estigmatizante, moderna e misteriosa. É anacrônico considerar Andersen como o "homossexual" e quase tão errado quanto considerá-lo como "heterossexual" ou "bissexual".

Acredito que devemos ser cuidadosos ao usar classificações sexuais de épocas posteriores para categorizar os homens e as mulheres do tempo de Andersen. O que não é o mesmo que dizer que não é necessário investigar sua vida emocional e o significado do gênero e da sexualidade tanto em sua vida com em suas obras. Essa é uma necessidade, mas deve ser feito com cuidado e deve ouvir e estar aberto à realidade que a sexualidade e o gênero podem ser compreendidos e interpretados em categorias diferentes das existentes em nosso hábito moderno e rígido de dividir a humanidade em umas caixas etiquetadas como "homossexual" e "heterossexual".


Alguns dos Contos de Andersen

Não consegui uma lista dos 156...

A Caixinha de Surpresas
A Casa Velha
A Colina dos Elfos
A Família Feliz
A Mala Voadora
A Moeda de Prata
A Pastora e o Limpador de Chaminés
A Pequena Vendedora de Fósforos
A Polegarzinha
A Princesa e a Ervilha
A Pulga e o Professor
A Rainha da Neve
A Roupa Nova do Imperador
A Semana de um Pequeno Elfo
A Sereiazinha
Cinco na Mesma Viagem
Dança, Dança, Bonequinha
É Tudo Verdade
História de Um Cardo
História duma Agulha
No Pátio
O Abeto
O Anjo
O Anjo e a Flor do campo
O Duende da Mercearia
O Fuzil
O Homem de Neve
O Lampião Velho
O Patinho Feio
O Pequeno Cláudio e o Grande Cláudio
O Pinheirinho de Natal
O Porqueiro
O Que você faz é Sempre Bem Feito
O Rouxinol
O Senhor Morfeu
O Soldadinho de Chumbo
O Trigo Mourisco
Os Cisnes Selvagens
Por Ser Passado Não é Esquecido
Sapatinhos Vermelhos
Tagarelice de Crianças
Uma História
Uma Rosa na Campa de Homero

Para quem se interessar em ler mais, Monteiro Lobato fez a tradução de diversos contos, que fazem parte de suas obras completas em 2 volumes., “Contos de Andersen” e “Novos Contos de Andersen”.

Existe também uma edição “Hans Christian Andersen – Obras Completas” em capa dura, em 2 volumes da Editora Ricca, tradução de Eugenio Amado. Se não me engano R$ 100,00 na Livraria Cultura.

"Andersen tem algo da simpatia cordial do inglês pelos fracos e injustiçados, e algo de seu humorismo caricatural. O seu sentimentalismo mal dissimulado é o protesto de um coração sensível contra o materialismo implacável deste mundo, coração de proletário perdido entre os ricos, coração de criança perdida entre os adultos. Porém, protesto não é revolução. E Andersen venceu a vida, não pela erudição de Nuredim, mas pela sabedoria ingênua de Aladim".

Otto Maria Carpeaux

Fontes:
www.fabulasecontos.com.br
www.ciep387.blogspot.com.br
www.epicentro.blogs.sapo.pt
www.torrente-de-emoções.blogs.sapo.pt
www.wikipedia.org
 
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Era dos autores que eu dizia pra mim há muito tempo que queria ler e nunca tinha lido.
Acabei lendo a história da menina dos fósforos - indicação que peguei da Melian no tópico sobre histórias de Natal - e fiquei sem palavras...
Depois da última compra de livros que fiz, devo ficar um bom tempo sem comprar. Mas vou jogar esse "Hans Christian Andersen - Obras Completas" pra próxima lista de pedidos que fizer. ^^
 
Andersen o mais famoso a ficar na friendzone da história. É um autor que sempre ouvir falar, mas nunca li as histórias dele. Só não sei quando repararei essa falta.
 
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