• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Falta de oxigênio causou grande extinção, afirma estudo

Shantideva

Adoro elfos ruivos!
Washington - Os baixos níveis de oxigênio na atmosfera foram a principal causa da maior extinção de animais que a Terra sofreu, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira pela revista Science. Além disso, houve o aumento de dióxido de carbono (CO2), que provocou um dos primeiros episódios de aquecimento global no planeta.

O desaparecimento quase total da fauna terrestre ocorreu há 251 milhões de anos e foi seguida por uma recuperação que demorou milhões de anos, indicou a pesquisa, realizada por dois cientistas da Universidade de Washington.

Quando a vida desaparecia do planeta, a massa terrestre era um único continente chamado Pangéia, e tudo o que existia acima do nível do mar era virtualmente inabitável por causa dos baixos níveis de oxigênio, informou o professor de biologia da Universidade de Washington Raymond Huey, um dos autores do estudo.

Os teóricos acreditam que a Terra sofreu cinco extinções e que a ocorrida no fim do Período Triássico, causada pelo impacto de um asteróide, foi a que eliminou os dinossauros. Mas a extinção causada pela falta de oxigênio foi a maior de todas, destacou Huey à Efe, sem detalhar as possíveis causas desta redução.

Huey afirmou que essa extinção foi agravada porque as mesmas espécies ficavam isoladas, pois era impossível atravessar as passagens montanhosas, já que o pouco oxigênio existente desaparecia em altitudes elevadas. Essa fragmentação provavelmente acelerou a extinção e freou a recuperação tanto de espécies animais como de plantas, assinalou.


Movimentos limitados
"Em só 20 milhões de anos, um período muito curto, o oxigênio caiu dos níveis mais altos para os mais baixos. Os animais que podiam passar para os vales através de passagens montanhosas viram de repente que seus movimentos ficavam gravemente limitados."

A parcela de oxigênio na atmosfera, que hoje é de aproximadamente 21%, era de 30% nas primeiras etapas do Período Pérmico, o sexto da Era Paleozóica, caracterizado pela formação da Pangéia e pelo aumento na diversidade de plantas e animais.

O oxigênio começou a desaparecer e chegou a 16% no fim do Pérmico e a menos de 12% nos primeiros 10 milhões de anos do Triássico. Segundo o cientista, quando o oxigênio chegou a 16% respirar ao nível do mar deveria ser igual a fazer isso hoje no topo de uma montanha de mais de 3.000 metros de altura.

No Período Triássico, o nível de oxigênio tinha caído mais ainda, para 12%, o que equivale a estar hoje muito acima do Everest, onde é impossível que um animal, incluindo o homem, permaneça muito tempo.


Mais dióxido de carbono
Em meio ao pouco oxigênio e ao desaparecimento da vida, os níveis de CO2 começaram a aumentar no fim do Pérmico. "Ao aumentar a temperatura ambiental, os níveis de temperatura corporal e de metabolismo também sobem. Isso significa que aumenta a demanda de oxigênio. Seria como obrigar os atletas a treinar mais com uma alimentação reduzida", disse.

Peter Ward, o paleontólogo que realizou a pesquisa com Huey, publicou neste ano um estudo sobre o aumento da extinção de vertebrados terrestres nos últimos anos do Período Pérmico devido à mudança climática que culminou com a extinção quase total no fim desse período.

Segundo o novo estudo, até agora os paleontólogos acreditavam que na Pangéia as espécies animais se deslocavam sem obstáculos. A falta de oxigênio criou obstáculos insuperáveis, que afetaram a capacidade dos animais de sobreviver, informou.

"Se isso for assim, acho que teremos que voltar e considerar o oxigênio, sua função na evolução e a forma como as espécies se desenvolveram", acrescenta. "É possível ficar sem comida por duas semanas, sem água por alguns dias, mas quanto tempo se pode sobreviver sem oxigênio? Dois minutos? Não há nada que tenha mais efeito para a evolução do que o oxigênio."

Fonte: Estadão
http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2005/abr/14/179.htm
 
uzd disse:
desculpa cara, mas seu tópico não seria mais propício no ciência e tecnologia?


CARA é f*...eu sou uma mulher.

Se o moderador quiser mover....eu que não vou me importar com isso.
 
Shantideva disse:
CARA é f*...eu sou uma mulher.

Muita gente usa o termo "cara" para mulheres.

uzd disse:
desculpa cara, mas seu tópico não seria mais propício no ciência e tecnologia?

Impressionante, sempre alguém querendo mudar as coisas de lugar. :roll:
 
E o oxigênio que é bom, nada... :P

Bom, li algo sobre a redução do tamanho dos insetos e afins de períodos 'pré-dinossáuricos'.
Ela estaria relacionada com uma queda na quantidade de oxigênio na atmosfera.
E que vivemos com um nível bem baixo de oxigênio, se baixar mais nos fu... =)
 
Úvatar disse:
E o oxigênio que é bom, nada... :P

Bom, li algo sobre a redução do tamanho dos insetos e afins de períodos 'pré-dinossáuricos'.
Ela estaria relacionada com uma queda na quantidade de oxigênio na atmosfera.
E que vivemos com um nível bem baixo de oxigênio, se baixar mais nos fu... =)

Sim, mas imagina que se tivessemos a mesma quantidade de oxigenio de 200 milhões de anos atrás vc montaria moscas e baratas e não cavalos aí na Aldeia, Uva. :mrgreen:

Mas, voltando ao assunto: A constante queda do nível de oxigenio que acontece no planeta e o efeito estufa, serão provavelmente os causadores da erradicação da espécie humana, se nada for feito da nossa parte....
Mas quem se importa? Um mega asteróide vai colidir com a Terra em 2034, meso...e ainda numa sexta feira 13.
 
Peregrino disse:
Sim, mas imagina que se tivessemos a mesma quantidade de oxigenio de 200 milhões de anos atrás vc montaria moscas e baratas e não cavalos aí na Aldeia, Uva. :mrgreen:
Se tivessemos essa quantidade de oxigênio, seriamos maiores também... Sei lá, talvez... :obiggraz:
 
Shantideva disse:
CARA é f*...eu sou uma mulher.

Opa, desculpa. Vi seu avatar masculino e me precipitei :roll:

Deriel disse:
Nah, tá ótimo aqui, estou pensando em mudanças lá no C&T :D

Você que sabe, old boss. :obiggraz:

Fallen Dior disse:
Impressionante, sempre alguém querendo mudar as coisas de lugar. :roll:

É verdade... Sorte, pois senão o tédio seria insuportável.
 
Úvatar disse:
Peregrino disse:
Sim, mas imagina que se tivessemos a mesma quantidade de oxigenio de 200 milhões de anos atrás vc montaria moscas e baratas e não cavalos aí na Aldeia, Uva. :mrgreen:
Se tivessemos essa quantidade de oxigênio, seriamos maiores também... Sei lá, talvez... :obiggraz:

Ou não a pressão atmosférica provavelmente seria maior tb e seríamos mais "chatos" no formato. :lol:
 
Tem certeza? A pressão atmosférica seria maior mesmo, mas o peso que cairia sobre nós viria de todas as direções.... Como se a pressão atmosférica fosse nos deformar... :lol:
E nossa capacidade pulmonar não precisaria ser mais aprimorada (pulmões maiores, tronco mais 'largo', corpos mais achatados), já que seria fácil muito fácil respirar.
E por conta dessa oxigenação extra poderíamos 'crescer' de forma totalmente adaptada. Mas, penso que isso só ocorreria se os níveis altos de oxigênio já estivessem presentes no início do nosso processo evolutivo...
Há quem diga que os povos andinos são 'chatos' (tronco largo) por conta dos níveis baixos de oxigênio de onde vivem e descendem, e por isso, precisam de pulmões maiores...
 
Úvatar disse:
Tem certeza? A pressão atmosférica seria maior mesmo, mas o peso que cairia sobre nós viria de todas as direções.... Como se a pressão atmosférica fosse nos deformar... :lol:
E nossa capacidade pulmonar não precisaria ser mais aprimorada (pulmões maiores, tronco mais 'largo', corpos mais achatados), já que seria fácil muito fácil respirar.
E por conta dessa oxigenação extra poderíamos 'crescer' de forma totalmente adaptada. Mas, penso que isso só ocorreria se os níveis altos de oxigênio já estivessem presentes no início do nosso processo evolutivo...
Há quem diga que os povos andinos são 'chatos' (tronco largo) por conta dos níveis baixos de oxigênio de onde vivem e descendem, e por isso, precisam de pulmões maiores...


Faz sentido, mas veja bem, as moscas continuariam sendo grandes... :lol:
 
Muito interessante esse estudo, queria tê-lo lido antes.

O Brasil é um país privilegiado. O oxigênioexisti com mais abundância aqui.
Eu soube que na capital da Bolívia, La Paz, o ar é 36x mais rarefeito. :eek:
Essa informação confere? Acho que li isso há tempos no meu livro de Geografia.
 
Última edição:
Se é isso tudo não faço a menor idéia, mas é mais rarefeito que o litoral brasileiro sim. Mas isso se deve (no mínimo principalmente) à altitude (por isso que me referi ao litoral do Brasil, e não à todo o país).
 
Dei uma pesquisada levando em consideração que a extinção ocorreu a 251 milhões de anos no anos atrás, e veja o que eu encontrei em uma revista Super Interessante de Novembro de 2003, mais específicamente na página 97.
OBS. Eu sei que o ano da revista não é nada atual, mas...

" A MAIOR EXTINÇÃO EM MASSA:

No período conhecido por Carbonífero, crescem florestas de plantas vascularizadas (samambais enormes, de até 20 metros de altura). Como a maioria das terras é pantanosa, a diversidade dos insetos aumenta (libélulas, baratas, besouros). Os anfíbios atingem uma variedade e proliferação nunca mais atingidos. Em alguns milhões de anos a água que cobria boa parte das terras evapora. A extenção de terreno seco se torna enorme, causando a maior crise biológica da história do planeta. De 70% a 80% da vida sucumbe: 96% dos animais marinhos, dois terços dos animais terrestres. Insetos são menos afetados. Além da queda do nível do mar, os animais podem ter sido vítimas de erupções vulcãnicas."

OBS: A revista mostra um gráfico que informa que tal extinção ocorreu a 245 milhões de anos.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo