imported_Jean
Usuário
CAROLINA MONTENEGRO
Folha Online
O presidente chinês, Hu Jintao, não foi o único a rebater as críticas feitas pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, quanto à restrição de direitos no país. Em entrevista concedida à Folha Online, o embaixador da China no Brasil, Chen Duqing, também condenou a postura americana.
"Primeiro ninguém deve se intrometer nos assuntos internos de outro país, porque quem tem telhado de vidro não pode falar nada", afirmou, em um português quase sem sotaque, após discursar no lançamento da Casa Beijing, no Memorial da América Latina, em São Paulo.
O local, a exemplo da Casa Brasil, aberta em Pequim pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana, aproveita a Olimpíada para promover um intercâmbio cultural entre os dois países. Telões apresentam as competições olímpicas ao vivo, além de shows, cinema e música chinesa. A Casa Beijing funciona 24 horas, de sexta a domingo, com entrada franca.
"Quando um país tenta impor seu modelo, não funciona", acrescentou Duqing. Alguns minutos depois, o embaixador colocou um ponto final na entrevista sorrindo: "Quando o assunto é esportes, melhor deixar a política de lado, você não acha?".
No palco, o discurso oficial do embaixador foi mais reservado. Bem-humorado, Duqing brincou com a platéia, dizendo que falar chinês é mais fácil do que português, e agradeceu o apoio do Brasil à China.
"Estamos caminhando de mãos dadas. Torço para que o Brasil traga muitas medalhas. A Olimpíada é o maior momento do mundo, cria a esperança de que é possível um mundo sem guerra, fome e desigualdade", afirmou o embaixador, que vive há quase 12 anos no Brasil.
Ao final, Duqing pediu "a construção de um mundo mais harmonioso e feliz" e deu um viva para o Brasil, sob uma salva de palmas. Entre os convidados presentes estavam representantes da comunidade chinesa no país, o secretário municipal do Esporte, Walter Feldman, a ex-jogadora de basquete "Magic" Paula e os cônsules de países como Coréia, Itália, Rússia, Alemanha e Grécia.
Folha Online
O presidente chinês, Hu Jintao, não foi o único a rebater as críticas feitas pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, quanto à restrição de direitos no país. Em entrevista concedida à Folha Online, o embaixador da China no Brasil, Chen Duqing, também condenou a postura americana.
"Primeiro ninguém deve se intrometer nos assuntos internos de outro país, porque quem tem telhado de vidro não pode falar nada", afirmou, em um português quase sem sotaque, após discursar no lançamento da Casa Beijing, no Memorial da América Latina, em São Paulo.
O local, a exemplo da Casa Brasil, aberta em Pequim pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana, aproveita a Olimpíada para promover um intercâmbio cultural entre os dois países. Telões apresentam as competições olímpicas ao vivo, além de shows, cinema e música chinesa. A Casa Beijing funciona 24 horas, de sexta a domingo, com entrada franca.
"Quando um país tenta impor seu modelo, não funciona", acrescentou Duqing. Alguns minutos depois, o embaixador colocou um ponto final na entrevista sorrindo: "Quando o assunto é esportes, melhor deixar a política de lado, você não acha?".
No palco, o discurso oficial do embaixador foi mais reservado. Bem-humorado, Duqing brincou com a platéia, dizendo que falar chinês é mais fácil do que português, e agradeceu o apoio do Brasil à China.
"Estamos caminhando de mãos dadas. Torço para que o Brasil traga muitas medalhas. A Olimpíada é o maior momento do mundo, cria a esperança de que é possível um mundo sem guerra, fome e desigualdade", afirmou o embaixador, que vive há quase 12 anos no Brasil.
Ao final, Duqing pediu "a construção de um mundo mais harmonioso e feliz" e deu um viva para o Brasil, sob uma salva de palmas. Entre os convidados presentes estavam representantes da comunidade chinesa no país, o secretário municipal do Esporte, Walter Feldman, a ex-jogadora de basquete "Magic" Paula e os cônsules de países como Coréia, Itália, Rússia, Alemanha e Grécia.