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Conheça Karen Uhlenbeck, a primeira mulher a vencer o "Nobel" de Matemática

Fúria da cidade

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Imagem: Divulgação

Pela primeira vez na historia, uma mulher recebeu o Prêmio Abel, conhecido como o Nobel da matemática. A americana Karen Uhlenbeck, de 76 anos, é professora emérita da Universidade do Texas, em Austin, e Senior Research Scholar da Universidade de Princeton e do Instituto de Estudos Avançados. A nomeação foi feita em função do "impacto fundamental de seu trabalho em análise, geométrica e física matemática" e lhe rendeu um prêmio de 700 mil dólares -- o equivalente a cerca de 2 milhões e 759 mil reais. O Abel, criado em 2003, só havia nomeado homens até então.

Em entrevista ao site da "Glamour" americana Karen contou como recebeu a notícia. "Eu estava na igreja e recebi uma mensagem de texto de Alice Chang dizendo para procurar uma ligação perdida da Noruega. Apertei o botão e liguei de volta. Foi aí que eles me disseram que eu havia ganhado. Precisei me sentar", contou ela.

"Desde que ganhei o prêmio, recebi inúmeros e-mails de mulheres que me diziam o quanto eu era importante. Foi muito gratificante", diz ela, que revelou usar sua profissão para incentivar outras estudantes interessadas no assunto.

"Quando eu era jovem eu não podia me dar ao luxo de ter o cabelo colorido, por exemplo. Tinha que ter mais cuidado. Não dava para pintar os fios de roxo e dar aulas de cálculo. Mas acho que se pensar nas meninas que não escolhem a matemática o problema começa muito cedo. Não sei quantas delas escutam que não devem escolher matemática por serem mulheres. E que uma mulher não estuda isso. Sei que isso ainda acontece muito, apesar de estar melhorando".

Entre seus trabalhos de destaque está o em aplicações harmônicas, que fizeram dela uma das pioneiras da área de análise geométrica. Ela também é responsável pela descrição das complexas formas das películas de sabão em espaços curtos abstratos e de alta dimensão.

Apesar de ainda não saber o que fará com o prêmio uma coisa é certa: ela deve continuar incentivando outras mulheres.

https://universa.uol.com.br/noticia...ira-mulher-a-vencer-o-nobel-de-matematica.htm
 
Na verdade tem dois prêmios que são chamados de "Nobel" da matemática, o já citado Abel e também a Medalha Fields. Porém, esta última só é concedida a pessoas de no máximo 40 anos de idade, já o Abel não tem esse limite. A primeira mulher a ganhar a Medalha Fields (e também a primeira pessoa iraniana) foi Maryam Mirzakhani, que morreu de câncer em 2017.
 
Porém, esta última só é concedida a pessoas de no máximo 40 anos de idade, já o Abel não tem esse limite.

Além também de ser uma premiação quadrienal.
Essa de limite de idade é algo que não acho correto e justo. Se a pessoa realizou um grande trabalho merece ser premiada independente disso.
 
Também não entendo isso, até porque a grande maioria dos cientistas fazem seus melhores trabalhos só depois dos 40 anos, não antes.
 
Não tenho conhecimento suficiente na área, mas claro, não é qualquer um que vence um prêmio dessa magnitude. Ela está de parabéns pela dupla conquista.
 
Também não entendo isso, até porque a grande maioria dos cientistas fazem seus melhores trabalhos só depois dos 40 anos, não antes.
Depende muito. Na matemática, o mais normal são realmente os caras mais jovens serem mais produtivos. Galois, por exemplo, inventou teoria de grupos já aos 20 anos (e morreu logo depois - imagina o que mais poderia ter vindo!). Tem até piadas no meio sobre isso, que nenhum matemático faz nada de útil depois dos 40.

É claro, que há muitas exceções. Andrew Wiles, por exemplo, provou o Último Teorema de Fermat com mais de 40 anos, e por isso mesmo não ganhou a Fields. Mas no geral, os resultados mais importantes dos matemáticos se situam no começo da vida.
 
O Andrew Wiles com 41 anos conseguiu avanços importantes no Teorema de Fermat, mas só anos depois veio o prêmio (Abel, não Fields). Mas se não me engano ele terminou só bem depois.
 
Existe estudos que defendem que matemática é mais fácil de ser aprendida e assimilada quanto mais jovem possível, mas se a pessoa já vinha desenvolvendo um trabalho desde jovem e consegue atingir o resultado que buscava somente um pouco depois dos 40, ou então até aprimorar algo que já tinha realizado, o fato de um prêmio não ter um teto de idade estabelecido é muito mais justo, pois é um estímulo positivo pra que as pessoas continuem pesquisando e desenvolvendo.
 
O Andrew Wiles com 41 anos conseguiu avanços importantes no Teorema de Fermat, mas só anos depois veio o prêmio (Abel, não Fields). Mas se não me engano ele terminou só bem depois.
Nope, a prova correta foi publicada em 95, quando ele tinha 42 anos. Essa prova é completa, e resolve a questão do Teorema de Fermat. Mas o Abel só foi concedido em 2016. Esse tipo de prêmio em ciência, Nobel e derivados, normalmente são concedidos beeeeeeem depois da pesquisa ser realizada.
 
Confundi um pouco as coisas então, valeu pela correção! O que eu lembrava era que nessa época ainda faltava alguma coisa e depois um assistente o ajudou com o restante.
 
Confundi um pouco as coisas então, valeu pela correção! O que eu lembrava era que nessa época ainda faltava alguma coisa e depois um assistente o ajudou com o restante.
A primeira "prova" foi publicada em 93, mas continha um erro. O ex-aluno dele, Richard Taylor, trabalhou com ele pra contornar, e a prova correta foi publicada em 95.
 

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