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[COLUNA] Polícia para quem precisa

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
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Cena do programa ‘Operação de Risco’, na RedeTV! (Divulgação)

Os realities policiais são o destaque do caderno de variedades do jornal ‘Folha de S. Paulo’ de hoje. Segundo a reportagem, produzir esse tipo de programa é um bom negócio para as emissoras. Parece ser, pois tanto os canais da TV aberta quanto os da TV paga têm investido no formato. Band, RedeTV!, AXN, +Globosat, Lifetime, entre outros, têm em sua grade uma dessas atrações, na qual a ação da polícia é mostrada in loco. Ou quase.

A ideia desses programas é transformar a ação policial em espetáculo. Às vezes até acrescentando um tempero de humor duvidoso (caso do ‘Polícia 24H’, transmitido pela Band e A&E – no caso, tão duvidoso que até a PM de São Paulo resolveu suspender as gravações por um tempo).

Segundo as produtoras, o intuito não é fazer programas jornalísticos, mas sim de entretenimento. O confronto entre um policial e um contraventor ou suspeito não deveria ser objeto de diversão. Nunca. A polícia está ali cumprindo o seu dever (ou pelo menos deveria estar). Não é um trabalho agradável, embora essencial para a sociedade. Policiais devem ser respeitados por isso. Mas se um programa só mostra um lado da questão está distorcendo a realidade – ou seja, nem reality show é mais.

Glorificar a ação policial é algo no mínimo polêmico. Ainda mais quando se tem acesso a recentes dados apontando que, em São Paulo, PM e Polícia Civil mataram duas pessoas por dia nos dois primeiros meses do ano. Entenda: não se trata de “defender bandido”, mas, enquanto programa de televisão, mostrar apenas as bem-sucedidas ações policiais é algo bastante reprovável.

É claro, esses programas não são monopólio do Brasil – inclusive a inspiração para a maioria deles são modelos norte-americanos. Também é óbvio que todo mundo tem a liberdade para mudar de canal (a mais efetiva das críticas). As dúvidas que ficam, entretanto, são: a audiência é tão boa que justifique o número de programas nesse formato ou trata-se apenas de um jeito barato de preencher a grade de programação? Será que outros tipos de atração não dariam audiência idêntica ou melhor? Quem precisa de mais violência nos dias de hoje? Eu prefiro a minha parte em ficção.

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