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Cientistas coreanos criam supercondutor que funciona à temperatura ambiente

Fúria da cidade

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supercondutor

Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Físicos da Coreia do Sul afirmam ter criado um material supercondutor de energia, que tem como diferencial funcionar em temperatura e pressão ambientes. Até agora, supercondutores, que aproveitam a energia elétrica sem perdas precisavam de condições “ideais”, como temperatura ultra-baixa, para funcionar. A descoberta recebeu o nome de LK-99.

O trabalho do grupo ainda não foi publicado em uma revista científica, mas já está tendo grande repercussão na comunidade. Isso porque uma descoberta significa que a eletricidade não seria mais perdida para a dissipação de calor, revolucionando os eletrônicos.

“Com este tipo de tecnologia, podemos nos tornar uma sociedade supercondutora onde você nunca mais precisará de coisas como baterias novamente”, disse o coautor do estudo, Ashkan Salamat, da Universidade de Nevada em Las Vegas, em comunicado.

Os supercondutores atuais, usados em bobinas de máquinas de ressonância magnética, motores de alto desempenho e supercomputadores, por exemplo, requerem temperaturas extremamente baixas para funcionar. Portanto, eles ainda têm aplicação comercial restrita, como apontou o Brazil Journal.

Como os cientistas descobriram o supercondutor?​


A equipe publicou dois artigos no site de artigos ArXiv. Neles, os físicos descrevem novo material e sua criação. Eles chegaram ao resultado misturando pós contendo enxofre, oxigênio e fósforo. Em seguida, aqueceram a mistura a altas temperaturas por horas. O cozimento então levou a um material cinza-escuro e supercondutor.

Os cientistas mediram amostras de LK-99 quando a eletricidade foi aplicada e descobriram que sua sensibilidade caiu para quase zero. Ao testar seu magnetismo, ele exibiu o efeito Meissner – teste de supercondutividade em que a amostra deve levitar quando colocada em um ímã. A equipe forneceu um vídeo do material levitando parcialmente, o que eles afirmam ser por causa das impurezas no ímã.

Anteriormente, outros casos de pesquisadores que afirmaram ter encontrado supercondutores como esse falharam em alcançar o objetivo. Contudo, se a descoberta desta vez for real, a equipe coreana terá garantido um prêmio Nobel por um dos maiores avanços na história da física.

 
Eu estou espantado com todas as notícias envolvendo o LK-99, um supercondutor que funciona à temperatura e pressão [1] ambientes e cujo processo de fabricação parece ser tranquilo a ponto de vários grupos de pesquisa independentes estarem tentando replicá-lo nesse exato momento. O artigo na Wikipedia tem uma tabela com sete deles, dos já concluídos variam entre falhas e sucessos parciais.

Pode ser uma revolução ou um banho de água fria digno daquela história da fusão a frio no final dos anos 1980.

Tem umas coisas estranhas envolvendo a publicação, ainda segundo a Wiki:
On 28 July 2023, Kwon presented the findings of the group at a symposium held at Korea University.[18][19][20] That same day, Yonhap News Agency published an article quoting an official from Korea University as saying that Kwon was no longer in contact with the University.[6] The article also quoted Lee saying that Kwon had left the Q-Centre Research Institute four months previously;[6] that the academic papers on LK-99 were not finished; and that the papers had been uploaded to arXiv without the other authors' permission.[6]


Tem também uma thread de horas atrás no Hacker News que aponta para uma confirmação (com direito a um vídeo bem estranho com qualidade de batata: https://www.bilibili.com/video/BV14p4y1V7kS/ ), mas eu nem parei para ler aquilo tudo ainda. Não vai demorar parar ter uma resposta de fonte confiável.



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[1] Bom citar a pressão aqui. Tem um que estima-se funcionar a até 15°C mas sob uma pressão 2,6 milhões de vezes a da atmosfera. Oops.
 
Tinha lido uma notícia que estavam disputando ainda por falta de revisão de pares ou algo assim e que os resultados na verdade não eram tão definitivos quanto as notícias virais tinham feito parecer. Mas vai saber... Imprensa científica e a academia andam no mesmo nível de sensacionalismo. Cientista hoje é mercenário contratado em Mad Max que é pago com gasolina e mulheres. Dependendo do número deles você consegue um consenso político e os resultados que se lasquem.
 
A academia continua bem acima da imprensa geral em questões de ética, ao menos os problemas são investigados e não passam em branco -- já o jornalismo está morto mesmo, mesmo veículos que eram respeitados viraram caçadores de cliques baratos (sim, inclui a Folha).

Por outro lado, *essa* história tá bem estranha. Tem pesquisador "renegado" lançando artigo à revelia, outro artigo rejeitado, pedido de registro de marcas e patentes antes do artigo, uma universidade lembrando que não tem mais nada a ver com isso, ... já dá um enredo de filme aí, espero que com final feliz.



Edit 11h26: tem duas matérias que valem a pena aqui.

De quatro dias atrás: https://www.theregister.com/2023/07/27/room_temperature_superconductor_paper/

De ontem: https://theconversation.com/viral-r...claims-spark-excitement-and-skepticism-210700

... Ambas andam meio céticas.

(Iep, só estou correndo atrás desse assunto hoje)
 
Última edição:
É no acompanhamento dia-a-dia que veremos de fato. Ainda tem muito caminho a se percorrer pra supercondutividade a temperatura e pressão ambiente seja uma realidade comercialmente popular.
 

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