Zirak-tarâg
Moleculista
Não achei tópico sobre o Baudelaire ou As Flores do Mal e decidi criar aqui.
Depois vou tentar fazer aquela biografiazinha de praxe, mas, por enquanto, só queria compartilhar esse poema que me marcou:
Les Plaintes d'un Icare
Les amants des prostituées
Sont heureux, dispos et repus;
Quant à moi, mes bras sont rompus
Pour avoir étreint des nuées.
C'est grâce aux astres nonpareils,
Qui tout au fond du ciel flamboient,
Que mes yeux consumés ne voient
Que des souvenirs de soleils.
En vain j'ai voulu de l'espace
Trouver la fin et le milieu;
Sous je ne sais quel oeil de feu
Je sens mon aile qui se casse;
Et brûlé par l'amour du beau,
Je n'aurai pas l'honneur sublime
De donner mon nom à l'abîme
Qui me servira de tombeau.
Única tradução que achei, que massacra a rima e o ritmo:
As queixas de um Ícaro
Os amantes das prostitutas
São felizes, dispostos, fartos;
Quanto a mim, fraturei os braços
Por haver abraçado nuvens.
É graças a astros sem igual,
Que nos confins do céu flamejam,
Que meus olhos depauperados
Só veem recordações de sóis.
Inutilmente eu quis do espaço
Localizar o fim e o meio;
Sob não sei que olho de fogo
Sinto minha asa que se parte;
E a queimar por amor ao belo,
Não terei a honra sublime
De dar o meu nome ao abismo
Que me servirá de jazigo.
Depois vou tentar fazer aquela biografiazinha de praxe, mas, por enquanto, só queria compartilhar esse poema que me marcou:
Les Plaintes d'un Icare
Les amants des prostituées
Sont heureux, dispos et repus;
Quant à moi, mes bras sont rompus
Pour avoir étreint des nuées.
C'est grâce aux astres nonpareils,
Qui tout au fond du ciel flamboient,
Que mes yeux consumés ne voient
Que des souvenirs de soleils.
En vain j'ai voulu de l'espace
Trouver la fin et le milieu;
Sous je ne sais quel oeil de feu
Je sens mon aile qui se casse;
Et brûlé par l'amour du beau,
Je n'aurai pas l'honneur sublime
De donner mon nom à l'abîme
Qui me servira de tombeau.
Única tradução que achei, que massacra a rima e o ritmo:
As queixas de um Ícaro
Os amantes das prostitutas
São felizes, dispostos, fartos;
Quanto a mim, fraturei os braços
Por haver abraçado nuvens.
É graças a astros sem igual,
Que nos confins do céu flamejam,
Que meus olhos depauperados
Só veem recordações de sóis.
Inutilmente eu quis do espaço
Localizar o fim e o meio;
Sob não sei que olho de fogo
Sinto minha asa que se parte;
E a queimar por amor ao belo,
Não terei a honra sublime
De dar o meu nome ao abismo
Que me servirá de jazigo.