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Brown Bunny (The Brown Bunny, 2003)

Hugo

Hail to the Thief
Equipe Técnica: Escrito, dirigido, produzido, fotografado, montado e atuado por Vincent Gallo.

Elenco: Chloe Sevigny (Kids, Meninos Não Choram), Vicent Gallo.

Sinopse: Dotado de ritmo lento e que poderá mesmo testar a paciência de espectadores impacientes, The Brown Bunny nos apresenta uma das mais duras atmosferas de melancolia do cinema recente, melancolia esta que o espectador passará a entender a partir dos 30 minutos finais, quando vemos uma cena de sexo explícito 100% honesta entre Gallo e Sevigny. Só que esse momento, e o que o antecede, são trabalhados com tanto carinho que a tela parece que vai chorar. Nesse sentido, o show passa a ser de Sevigny, que consegue abafar o tipo de expressão lacônica (levemente frustrante) que marca o trabalho de Gallo como ator, à mostra no pouco visto no Brasil Buffalo 66 (exibido no Festival do Rio 99) e que repete-se aqui. Sevigny, uma das atrizes jovens mais interessantes atualmente entendeu bem demais a idéia do filme, e a sua contrapartida é contrabandear amor para dentro do filme. E isso é bem triste.

Observações do Hugo: O filme foi recebido pessimamente mal no festival de Cannes deste ano (o que não é de se espantar, afinal só vai crítico velho e conservador naquilo lá). A bixa do REF meteu o pau no filme, mas covenhamos, já há muito tempo não dá pra levar a sério o que ele fala. Agora é esperar que o filme chegue comercialmente na terrinha.

poster2.jpg


Que belo poster, não??

Referência Virtual: Cinemascopio
 
O Roger Ebert e o Vincent Gallo entraram numa das maiores brigas de diretor e crítico de todos os tempos. Ficaram trocando comentários um sobre o outro, depois que o Ebert fez uma crítica enorme ao filme dele, falando que era o pior filme da história de Cannes. O Gallo baixou o nível contra ele, mas é claro, o Ebert sempre sai com classe.

O Vincent Gallo disse que ia por uma maldição no Ebert e fez outros xingamentos, como o fato do Ebert ser gordo.
O Ebert falou isso (parafraseando):
"Sim, eu sou gordo agora, mas um dia eu posso emagrecer e ele ainda vai ser o diretor de O Coelho Marron"

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

Anyway, o Ebert acabou fazendo mais bem do que mal pro filme, pq agora todo mundo tá curioso pra ver pq o filme é uma merda tão grande.

Eu vou seguir os conselhos do Rog e passar longe desse.
 
A Chloe Sevigny é mulher do Gallo, por isso a cena de sexo ficou "100% honesta".

E muitos consideraram o pior de Cannes, não foi só o REF...
 
Hugo Leonardo disse:
Onde eles fizeram isso??

Na coletiva em Cannes???

Não acredito que tenha sido ao vivo. Fizeram comentários para a imprensa em vários momentos do Festival. A briga entre os dois continuou pelo festival inteiro, mas não acho que teve nenhum encontro cara a cara.

Achei essa matéria em inglês sobre o assunto:

http://film.guardian.co.uk/print/0,3858,4684314-3156,00.html

e essa

http://www.zap2it.com/movies/news/pstory/0,3382,17193,00.html

e essa

http://www.cinecultist.com/archives/000035.php

etc.
 
Duas críticas positivas:

http://cf1.uol.com.br:8000/cinemascopio/criticasf.cfm?CodCritica=906

e

Eduardo Valente - Contracampo disse:
- The Brown Bunny, de Vincent Gallo - Junto a Dogville, foi a grande sensação da Competição deste ano - ainda que pelo lado oposto. Na sessão da crítica foi recebido com igual número de gargalhadas e saídas da sala, e considerado quase unanimemente como a pior seleção do festival para a Mostra Competitiva em muitos anos (a tal ponto que ontem seu diretor deu uma entrevista se desculpando pelo filme, vejam só - ou melhor, não pelo filme, mas por não ter conseguido fazer com que ele se comunicasse com os críticos). Porque "quase unanimemente"? Porque há quem goste dele. Eu incluído aí. Gallo faz um filme que responde à pergunta corrente do mundo do cinema americano pós-Miramax "afinal, o que é um filme independente?". Este é, feito com quase nenhum dinheiro, equipe abaixo do mínimo, mas mais do que isso, um espírito de confrontação (e confrontação foi o que ele conseguiu, Gallo não tem que se desculpar pela mesquinharia crítica) com as normas do grande cinema. Nele, um homem dirige seu furgão do Leste ao Oeste dos EUA (indo de uma corrida de motocicleta para outra - ele é corredor), e sofre de uma melancolia não explicada. Alguns poucos encontros com algumas mulheres, cenas em hoteís e cafés, mas acima de tudo, muita, muita estrada e muito silêncio. Disso é composta boa metade do filme de Gallo, e daí o incômodo. Só que sua filmagem é não só bela como profundamente crivada de significado (toda a tradição do road movie americano não precisa ser trazida à tona de novo), e há uma hipnose fascinante neste processo de perda de si mesmo que faz lembrar em momentos Antonioni e, em outros momentos, o filme de Gus Van Sant do ano passado, Gerry. Só que, ao contrário destes, Gallo no final faz uma explicação existencial do que se passava até ali, que embora soe diminuidora num primeiro momento, ganha força e pertinência e empresta um tal grau de melancolia e dureza ao filme que a poesia dele se multiplica. Isso tudo dito, está longe de ser um filme perfeito, mas é de suas imperfeições que sai o melhor dele, e é dos mais consistentemente intrigantes em muito tempo. Como isso pode ser desprezado como lixo, me escapa.
 
Eduardo Valente disse:
e há uma hipnose fascinante neste processo de perda de si mesmo que faz lembrar em momentos Antonioni e, em outros momentos, o filme de Gus Van Sant do ano passado, Gerry.

:wall:

O cara comparou o Vincent Gallo a Antonioni. Tipo, WTF?
 
:lol:

In brief: Ebert says colonoscopy more entertaining than Gallo's Brown Bunny

American critic Roger Ebert has hit back at Vincent Gallo in the latest round of a public spat over whether the actor-director did or did not apologise for his derided Cannes contender The Brown Bunny. Earlier this week Gallo denied having apologised and claimed the critic was "a fat pig" for saying that he had. He added: "The only thing I'm sorry for is putting a curse of Roger Ebert's colon." Yesterday, in his column for the Chicago Sun Times, Ebert stuck to his guns - quoting the editor of trade magazine Screen International, who says that they have Gallo's apology on tape. On the question of his cursed colon, Ebert said: "I am not too worried. I had a colonoscopy once, and they let me watch it on TV. It was more entertaining than The Brown Bunny." The critic rounded off his article (as it were) by casually conceding that he is overweight. "It is true that I am fat," Ebert wrote. "But one day I shall be thin, and he will still be the director of The Brown Bunny."

E esse lance da cena de sexo oral nao me parece muito diferente do notório filme Pam Anderson/Tommy Lee. Mas eles pelo menos tiveram a decência de lança-lo na internet, e não no cinema. :lol:
 
Um Road Movie sobre sentimentos bons e ruins tratados de forma fria no reflexo de um homem desesperado e melancólico procurando se encontrar, em outra pessoa.

Em uma de suas paradas Bud atravessa uma pequena vizinhança onde de um lado vemos casas de suburbios americanos com suas medidas exatas que transmitem a tranquilidade de se viver ali, do outro lado um cemitério em frente as casas mostrando um verdadeiro equilibrio. Essa mesma vizinhança era onde Bud morava e era vizinho de Daisy, ele pára na casa dos pais dela e começa uma conversa que parecem troca de novidades entre genro e sogra. Mas nesse pequeno detalhe aparece o pequeno coelho marrom que Daisy criava desde pequena e isso se torna algo muito inportante pelo desenrolar do filme até o coelho ser citado novamente.

Enquanto atravessa estados e cidades Bud se depara com "fantasmas" que refletem seus próprios sentimentos: Violet é uma menina que espera por uma oportunidade para dar um salto fora de sua vida monótona, Lilly uma mulher que espera algo; triste e solitária e Rose um poço de melancolia encrustado em uma prostituta. Monotonia, solidão e melancolia são os sentimentos que Bud apresenta ao viajar, sempre desolado quando se encontra com as mulheres, tentando substituir algo, ou melhor alguém: Daisy.

Esses fantasmas de seus sentimentos são deixados para trás, enquanto acompanhamos Bud em grandes sequencias road que mostram seu caminho até em casa ao som de belas músicas. Mas essas músicas são cortadas ao apresentarem flashbacks de Daisy.

Nos últimos vinte minutos vêm a famigerada cena de "The Brown Bunny" onde todos os sentimentos de Bud são levados ao patamar do desespero e da inconformação ao enfrentar o fantasma mor de sua vida e, se deparar com a grande realidade que o faz ser esse homem vazio. Através da maior metáfora que Gallo poderia nos mostrar, ele mostra sentimentos e relações (sexuais) em uma ação em que revela o ódio guardado dentro do ser melancólico que é Bud.

Anyway, adorei o filme. :|
 

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