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As maiores rendas da história – Parte 02: Clubes Brasileiros

As maiores rendas da história – Parte 02: Clubes
sex, 11/11/11
por Vinicius Paiva |categoria Marketing
| tags Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Santos, São Paulo
Texto atualizado após contribuição do leitor Douglas Watzel.

Há algumas semanas, publiquei neste espaço o ranking das maiores receitas de bilheteria da história do futebol brasileiro em partidas da Seleção Brasileira. O duelo que ocupou o topo da lista (Brasil x Argentina, Mineirão-2008) até hoje representa o maior faturamento em uma partida de futebol no país. A partir de então, percebe-se que os clubes fazem frente à Seleção no que se refere à capacidade de gerar recursos. Em homenagem a este cabalístico 11/11/11, o blog Teoria dos Jogos apresenta então as 11 maiores rendas da história do futebol brasileiro em partidas entre clubes.

No período 1994-2006, o ingresso médio flutuava entre R$ 10 a R$ 15 até nos jogos mais importantes. Deste modo, mesmo grandes decisões dificilmente ultrapassavam a marca de R$ 1 milhão em receita bruta. Um exemplo: Vasco 0 x 0 Palmeiras, decisão do Campeonato Brasileiro de 1997. Foram cerca de 89 mil pagantes no Maracanã, acarretando receita de R$ 1.380.000,00.

A mudança começou quando São Paulo e Internacional decidiram a Copa Libertadores de 2006. Menos pela melhoria dos estádios e mais pelo fortalecimento da economia brasileira, a verdade é que aquela partida – jogada diante de 71 mil torcedores no Morumbi – foi a primeira a proporcionar renda superior a R$ 3 milhões. A partir de então, o processo só veio a se aprofundar. Segue a lista:



1) São Paulo 2 x 1 Internacional – Morumbi (SP) – 05/08/2010 – Público: 57.113 Renda 4.484.282,25 – Semifinal Libertadores 2010.

2) Santos 2 x 1 Peñarol – Pacaembu (SP) – 22/06/2011 – Público: 37.894 Renda: R$ 4.266.670,00 – Final Libertadores 2011.

3) Fluminense 3 x 1 LDU – Maracanã (RJ) – 02/07/2008 – Público 78.918 Renda: R$ 3.910,044,00 – Final Libertadores 2008.

4) São Paulo 1 x 2 Internacional – Morumbi (SP) – 09/08/2006 – Público: 71.745 Renda: 3.382.660,00 – Final Libertadores 2006.

5) São Paulo 4 x 0 Atlético-PR – Morumbi (SP) – 14/07/2005 – Público: 71.986 Renda: R$ R$ 3.026.395,00 – Final Libertadores – 2005

6) Corinthians 2 x 1 Flamengo – Pacaembu (SP) – 05/05/2010 – Público: 35.561 Renda: R$ 2.949.424,00 – Oitavas-de-final Libertadores 2010.

7) São Paulo 2 x 0 Cruzeiro – Morumbi (SP) – 19/05/2010 – Público: 52.196 Renda: R$ 2.871.619,25 – Quartas-de-final Libertadores 2010

8) Fluminense 1 x 0 Guarani – Engenhão (RJ) – 05/06/2010 – Púbico: 35.527 Renda: R$ 2.859.450,00 – Brasileirão 2010.

9) Cruzeiro 1 x 2 Estudiantes – Mineirão (MG) – 15/07/2009 – Público 64.800 Renda R$ 2.764.366,43 – Final Libertadores 2009.

10) São Paulo 1 x 2 Flamengo – Morumbi (SP) – 02/10/2011 - Público: 63.871 Renda: R$ 2.647.330,00 – Brasileirão 2011.

11) Santos 2 x 3 Santo André – Pacaembu (SP) – 02/05/2010 – Público: 35.001 Renda: R$2.349.455,00 – Final Paulistão 2010.

(Obs.: Os valores expressam a renda bruta de partidas na história recente do nosso futebol, não sendo corrigidos pela inflação. O objetivo deste levantamento é justamente a comparação intertemporal de valores, evidenciando a majoração dos preços ao longo dos anos)

Curiosamente, a liderança do ranking pertence a outro confronto entre São Paulo x Internacional no Morumbi – desta vez, válido pela semifinal da Libertadores/2010. O que reforça nossa primeira conclusão: o fortíssimo apelo do torneio continental, representado por oito das onze partidas acima. Em cinco oportunidades, jogava-se a decisão do campeonato.

Apesar da capacidade dos estádios em Porto Alegre, as decisões de Libertadores jogadas em casa por Grêmio (2007) e Internacional (2006 e 2010) são as únicas a ficarem de fora da lista. Duas seriam as explicações: 1) uma possível defasagem no valor dos ingressos no estado; 2) o sucesso dos projetos de sócio-torcedor entre os clubes gaúchos. Neste caso, associados auferem descontos ou mesmo livre acesso às partidas do clube. Isto prejudica a bilheteria das partidas de maior apelo, ainda que ofereça diversas vantagens a serem analisadas em breve.

Ao contrário dos jogos da Seleção – bem distribuídos geograficamente – neste ranking não existe espaço para zebras. Apenas clubes de três estados encabeçam a lista, sendo que São Paulo lidera com oito aparições, seguido do Rio de Janeiro (duas vezes) e Minas Gerais (uma). O São Paulo é o único a figurar por inacreditáveis cinco oportunidades, enquanto Santos e Fluminense aparecem duas vezes. Corinthians e Cruzeiro, com uma partida cada, completam o ranking.

A ausência de grandes clubes como Palmeiras e Vasco se deve aos maus resultados de anos anteriores – principalmente no caso palmeirense – junto à menor capacidade de seus estádios. Mesmo decidindo a Copa do Brasil deste ano, a partida jogada em São Januário pouco ultrapassou a barreira dos R$ 700 mil em bilheteria. Já a falta da maior torcida do Brasil deixa claro que, apesar da conquista de títulos recentes, o Flamengo não vem sendo capaz de capitalizar com seus jogos. Sua maior bilheteria foi contra o Corinthians, no Maracanã, pelas oitavas-de-final da Libertadores 2010. A renda não passou de R$ 2.240.800,00, o que lhe garantiria apenas a 13ª colocação.

Importante que se exalte a posição de destaque dos tricolores paulista e carioca. São Paulo e Fluminense respondem por nada menos que seis das oito maiores bilheterias – comprovando o enorme poder aquisitivo atribuído às suas torcidas. Neste sentido, o tricolor do Morumbi parece imbatível. Grandes campanhas aliadas a uma torcida rica e um enorme estádio particular formam a equação do sucesso são-paulino. Líder absoluto quando o assunto é capacidade de geração de caixa.

Para terminar, verifica-se que os clubes de São Paulo fazem jus ao poderio econômico do estado. Mandante de oito das onze partidas do ranking, o estado é o único a figurar com embate válido pelo campeonato estadual. O feito pertence ao Santos – uma potência que faz frente ao trio de ferro estando fora da capital. E com bem menos torcida e mídia.


http://globoesporte.globo.com/platb...maiores-rendas-da-historia-–-parte-02-clubes/

Flu, SP e Santos nas cabeças. Curioso isso. Cadê Corinthians e Fla?
 
Última edição:
Tem chance de algum dos jogos das últimas rodadas deste Brasileirão entrar nesse ranking, ainda mais com tantos clássicos que serão decisivos.
 
Esse Santos x Peñarol desse ano acabou sendo muito rentável porque não a toa faziam praticamente 50 anos que o Santos não ganhava a Liberta então aproveitaram pra superfaturar legal.
 
A maioria é em Libertadores.
O Flamengo graças a deus não sucumbiu a cobrar preços absurdos.
Pode ver que muitos desses jogos tiveram rendas grandes mas não encheram o estádio. Eu prefiro estádio cheio.
Apesar que o Flamengo podia aprender a arrecadar mais mesmo.

Na verdade o que me surpreendeu foi o Santos aparecendo com um jogo de estadual. Mesmo sendo final.
 
Verdade, só enche mesmo estádio se for final, independente do preço. E verdade, o Flamengo podia ter rios de dinheiro, muito mais que hoje. Mesmo o Corinthians, líder em faturamento, só aprendeu recentemente.

Realmente, é algo a se estudar essa final do Paulistão ter entrado no ranking. Se bem que, mesmo assim, parece que o Santos não tem medito tanto a faca que nem o Corinthians, como pode-se ver pelo próprio ranking: o jogo de volta contra o Flamengo foi no mesmo estádio e quase com o mesmo número de torcedores, mas o jogo da Libertadores teve 600 mil reais a mais de renda que a final do Paulistão. A competição pode ser um fator que explique, mas em parte, não tudo.
 

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