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O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer) confirmou, ontem, que o comandante do Exército, general Francisco de Albuquerque, contou com interferência do Departamento de Aviação Civil (DAC) para embarcar em vôo da TAM, no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), na última quarta-feira. Na ocasião, a aeronave, lotada, já iniciava procedimento de decolagem na pista.
No episódio, revelado pelo jornalista Elio Gaspari no domingo, o general chegou ao aeroporto 15 minutos antes do horário previsto para o embarque e, informado pela companhia área de que o vôo estava fechado devido a overbooking (número de passagens vendidas foi superior à capacidade do avião), recorreu à Seção de Aviação Civil (SAC), coordenada pelo DAC.
Em seguida, houve a determinação para a aeronave parar a abrir as portas. A TAM, então, solicitou que dois passageiros se apresentassem para darem lugar ao general e sua mulher no vôo. Um casal cedeu seus assentos voluntariamente, segundo a empresa. Outras 14 pessoas na mesma situação do comandante não puderam embarcar naquele vôo.
O comandante Albuquerque não quis se pronunciar sobre o suposto favorecimento no episódio por conta do seu cargo, enquanto a TAM não soube informar se houve compensação para o casal que cedeu seus lugares.
Fonte: Redação Terra
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São Paulo, 06 de março de 2006 - A TAM esclarece, a respeito do vôo JJ 3874, da última quarta-feira, dia 1º, de Florianópolis para Brasília, com escala em Viracopos, Campinas, que o avião retornou para a estação de passageiros por determinação da torre de controle.
Ao tomar conhecimento de que não embarcara o sr. Francisco Albuquerque a TAM consultou os passageiros a bordo sobre a viabilidade de algum voluntário desistir do vôo como procedimento previsto no Termo de Compromisso de Ajustamento (nº 53/2002) - assinado pelas companhias aéreas junto ao Ministério Público e aprovado pelo DAC.
Essa regulamentação enseja a oportunidade de a companhia oferecer a esses voluntários embarque no próximo vôo disponível e compensação em dinheiro de acordo com a distância do vôo, como estabelece o referido Termo de Compromisso.
A medida adotada na ocasião obteve a adesão de dois passageiros e possibilitou o embarque do sr. Francisco Albuquerque e de sua esposa no vôo JJ 3874.
Assessoria de Imprensa - TAM
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ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
Em depoimento oficial, ontem, o funcionário Daniel Rodrigues Pires Bezerra, da Infraero (empresa responsável pela administração de aeroportos), que estava de plantão na torre de comando de Viracopos (Campinas) na Quarta-Feira de Cinzas, declarou que determinou a interrupção do vôo JJ 3874 da TAM depois de acionado pelo sub-oficial da Aeronáutica de nome Agostine.
A interrupção foi para garantir o embarque de um "militar de alta patente", que Bezerra soube depois se tratar do general Francisco Albuquerque, comandante do Exército, que estava acompanhado de sua mulher.
O depoimento foi dado ao DAC (Departamento de Aviação Civil), que abriu inquérito interno -chamado de "avaliação de procedimentos"- para apurar a informação publicada pelo jornalista Elio Gaspari, na Folha de domingo, sobre a possível "carteirada" do general para embarcar no vôo, mesmo tendo chegado entre 15 e 20 minutos antes da decolagem. O prazo exigido é de uma hora antes, e o avião já estava lotado, com a porta fechada.
Segundo o depoimento de Bezerra, quem fez o check-in do general e de sua mulher foi um sargento de nome Santos, às 17h10, quando o vôo estava marcado para 17h30. No meio da etiquetagem de bagagens, o funcionário da TAM Alejandro Viniegra Figueiroa mandou parar tudo, pois o vôo estava lotado e fechado.
O general, segundo o depoimento, se negou a aceitar e alegou que "tinha compromissos inadiáveis em Brasília" e deveria embarcar de qualquer jeito. O sub-oficial Agostine, que é fiscal do DAC no aeroporto de Viracopos, acionou a torre pelo rádio e mandou que os procedimentos de vôo, já iniciados pela aeronave de prefixo PT-MZQ, com destino a Brasília, fossem abortados.
Daniel ainda argumentou que isso não era comum, mas Agostine avisou que era uma ordem e que a situação envolvia "um militar de alta patente".
Nas palavras de Daniel, a ordem foi clara: "Segura o avião!". Foi atendida. O avião interrompeu o taxiamento, enquanto a TAM negociava duas poltronas.
Os passageiros "voluntários" foram o casal Erasmo Pinto Júnior e Sandra Oliveira, mas há versões desencontradas sobre os motivos. Há também divergências quanto à ocorrência de overbooking. A TAM nega, mas a Folha apurou que, segundo o inquérito, 16 passageiros com reservas ficaram de fora."
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agora uma pergunta sagaz sobre a "desculpa" do general...
onde infernos em brasília, em plena quarta feira de cinzas, existem compromissos inadiaveis!?
por pior que seja a noticia (general, trajes civis, em aeronave civil) e a sua desculpa ( ), aprendam uma coisa com o ocorrido.
SEMPRE que vc tiver um problema (overbooking principalmente), peça para chamar o gerente da empresa responsavel pela operação. APENAS com ele avise que, se não forem apresentadas soluções ou qualquer tipo de compensação monetaria do incomodo do overbooking, comunique que irá se dirigir a sala SAC (Seção de aviação civil), para requisitar auxilio e multa a empresa.
vai por mim, vc vai fazer o gerente temer nas tamancas.
No episódio, revelado pelo jornalista Elio Gaspari no domingo, o general chegou ao aeroporto 15 minutos antes do horário previsto para o embarque e, informado pela companhia área de que o vôo estava fechado devido a overbooking (número de passagens vendidas foi superior à capacidade do avião), recorreu à Seção de Aviação Civil (SAC), coordenada pelo DAC.
Em seguida, houve a determinação para a aeronave parar a abrir as portas. A TAM, então, solicitou que dois passageiros se apresentassem para darem lugar ao general e sua mulher no vôo. Um casal cedeu seus assentos voluntariamente, segundo a empresa. Outras 14 pessoas na mesma situação do comandante não puderam embarcar naquele vôo.
O comandante Albuquerque não quis se pronunciar sobre o suposto favorecimento no episódio por conta do seu cargo, enquanto a TAM não soube informar se houve compensação para o casal que cedeu seus lugares.
Fonte: Redação Terra
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São Paulo, 06 de março de 2006 - A TAM esclarece, a respeito do vôo JJ 3874, da última quarta-feira, dia 1º, de Florianópolis para Brasília, com escala em Viracopos, Campinas, que o avião retornou para a estação de passageiros por determinação da torre de controle.
Ao tomar conhecimento de que não embarcara o sr. Francisco Albuquerque a TAM consultou os passageiros a bordo sobre a viabilidade de algum voluntário desistir do vôo como procedimento previsto no Termo de Compromisso de Ajustamento (nº 53/2002) - assinado pelas companhias aéreas junto ao Ministério Público e aprovado pelo DAC.
Essa regulamentação enseja a oportunidade de a companhia oferecer a esses voluntários embarque no próximo vôo disponível e compensação em dinheiro de acordo com a distância do vôo, como estabelece o referido Termo de Compromisso.
A medida adotada na ocasião obteve a adesão de dois passageiros e possibilitou o embarque do sr. Francisco Albuquerque e de sua esposa no vôo JJ 3874.
Assessoria de Imprensa - TAM
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ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
Em depoimento oficial, ontem, o funcionário Daniel Rodrigues Pires Bezerra, da Infraero (empresa responsável pela administração de aeroportos), que estava de plantão na torre de comando de Viracopos (Campinas) na Quarta-Feira de Cinzas, declarou que determinou a interrupção do vôo JJ 3874 da TAM depois de acionado pelo sub-oficial da Aeronáutica de nome Agostine.
A interrupção foi para garantir o embarque de um "militar de alta patente", que Bezerra soube depois se tratar do general Francisco Albuquerque, comandante do Exército, que estava acompanhado de sua mulher.
O depoimento foi dado ao DAC (Departamento de Aviação Civil), que abriu inquérito interno -chamado de "avaliação de procedimentos"- para apurar a informação publicada pelo jornalista Elio Gaspari, na Folha de domingo, sobre a possível "carteirada" do general para embarcar no vôo, mesmo tendo chegado entre 15 e 20 minutos antes da decolagem. O prazo exigido é de uma hora antes, e o avião já estava lotado, com a porta fechada.
Segundo o depoimento de Bezerra, quem fez o check-in do general e de sua mulher foi um sargento de nome Santos, às 17h10, quando o vôo estava marcado para 17h30. No meio da etiquetagem de bagagens, o funcionário da TAM Alejandro Viniegra Figueiroa mandou parar tudo, pois o vôo estava lotado e fechado.
O general, segundo o depoimento, se negou a aceitar e alegou que "tinha compromissos inadiáveis em Brasília" e deveria embarcar de qualquer jeito. O sub-oficial Agostine, que é fiscal do DAC no aeroporto de Viracopos, acionou a torre pelo rádio e mandou que os procedimentos de vôo, já iniciados pela aeronave de prefixo PT-MZQ, com destino a Brasília, fossem abortados.
Daniel ainda argumentou que isso não era comum, mas Agostine avisou que era uma ordem e que a situação envolvia "um militar de alta patente".
Nas palavras de Daniel, a ordem foi clara: "Segura o avião!". Foi atendida. O avião interrompeu o taxiamento, enquanto a TAM negociava duas poltronas.
Os passageiros "voluntários" foram o casal Erasmo Pinto Júnior e Sandra Oliveira, mas há versões desencontradas sobre os motivos. Há também divergências quanto à ocorrência de overbooking. A TAM nega, mas a Folha apurou que, segundo o inquérito, 16 passageiros com reservas ficaram de fora."
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agora uma pergunta sagaz sobre a "desculpa" do general...
onde infernos em brasília, em plena quarta feira de cinzas, existem compromissos inadiaveis!?
por pior que seja a noticia (general, trajes civis, em aeronave civil) e a sua desculpa ( ), aprendam uma coisa com o ocorrido.
SEMPRE que vc tiver um problema (overbooking principalmente), peça para chamar o gerente da empresa responsavel pela operação. APENAS com ele avise que, se não forem apresentadas soluções ou qualquer tipo de compensação monetaria do incomodo do overbooking, comunique que irá se dirigir a sala SAC (Seção de aviação civil), para requisitar auxilio e multa a empresa.
vai por mim, vc vai fazer o gerente temer nas tamancas.