Justiça determina o fim dos experimentos com animais na UEM

[Morfindel Werwulf Rúnarmo]

Cães da raça beagle eram utilizados no curso de Odontologia.
Denúncia contra Universidade Estadual de Maringá (PR) foi feita pelo MP.

Cães da raça beagle eram utilizados pelos estudantes de odontologia (Foto: Sanja Gjenero/SXC)
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A Justiça determinou na terça-feira (18) a suspensão dos experimentos realizados com cães da raça beagle, no curso de Odontologia na Universidade Estadual de Maringá (UEM), no norte do Paraná. A liminar foi concedida após denúncia realizada pelo Ministério Público (MP) de que os cachorros eram vítimas de maus-tratos. A decisão impede, inclusive, quaisquer outras pesquisas com animais na universidade. Caso a determinação seja descumprida, a UEM está sujeita a multa diária de R$ 5 mil.

Segundo a procuradoria jurídica da universidade, até as 15h40 a instituição não havia sido notificada sobre a ação. De qualquer maneira, a procuradora Sônia Letícia de Mello Cardoso afirmou ao G1 que a UEM é contra qualquer espécie de maus tratos, sejam em animais ou seres humanos, e que segue as orientações do Comitê de Ética em Experimentação Animal (órgão pertencente a UEM) que, a partir das determinações legais, fiscaliza e acompanha todos as pesquisas realizados nos campi na universidade. Além disso, os experimentos no curso de Odontologia estão suspensos.

De acordo com o MP, os animais são mantidos em condições precárias de higiene e utilizados em experimentos odontológicos dolorosos, sem anestesia adequada. O promotor de Justiça José Lafaieti Barbosa Tourinho afirma na ação que a situação de maus-tratos aos animais é visível e que no local onde os cães ficam há medicamentos vencidos (alguns há quase 10 anos).

Ainda de acordo com o promotor, agulhas e seringas contaminadas são reutilizadas. Os cães, de acordo com o MP, são sacrificados com overdose de anestésico e as carcaças são incineradas.

Os supostos maus-tratos se tornaram conhecido pelo MP com a entrega de um abaixo-assinado que continha seis mil assinaturas. O Conselho de Medicina Veterinária (CRMV) do Paraná foi solicitado para realizar uma perícia e confirmou que o local onde estavam os animais era inadequado.

Fonte

 

[Pim]

Inviabilizar pesquisas com cães que sofrem maus tratos até está ok, mas barrar todas as pesquisas na Universidade envolvendo animais é um retrocesso sem tamanho. Os ratos wistar (ratinhos brancos de laboratório), os ovos chocados com pintinho pra nascer e até coelhos e cães são o carro chefe no andamento das pesquisas da área da saúde.

 

[Elessar Hyarmen]

Se não fizer com os animais como que ficam as pesquisas? Fazer testes com plantas e rochas?

 

[Morfindel Werwulf Rúnarmo]

Mas porquê os animais devem pagar pelo nosso conforto? Já imaginaram o que é ser cortado sem anestesia? Ter dentes arrancados, novamente, sem anestesia? Alguém aqui faria isso por alguém que gostasse muito? E por alguém sem ligação nenhuma com você? E sem a sua escolha?

 

[Elessar Hyarmen]

Mas porquê os animais devem pagar pelo nosso conforto? Já imaginaram o que é ser cortado sem anestesia? Ter dentes arrancados, novamente, sem anestesia? Alguém aqui faria isso por alguém que gostasse muito? E por alguém sem ligação nenhuma com você? E sem a sua escolha?

Não estou defendendo a tortura, eu sou um ignorante na área porque não trabalho e nem estudo pesquisas voltadas para esta área.

Mas o que você sugere Morfindel? Sendo um médico pesquisador como resolver isso?

 

[Pim]

Isso de "sem anestesia" me cheira tanto a visão leiga dos fatos que é difícil crer que alguém acredita que isso realmente esteja acontecendo em uma universidade estadual, de médio porte e com certa fama no Paraná. Toda Universidade tem (ou deveria ter, no caso das novas ou de algumas particulares) um conselho regulador desse tipo de pesquisa. Toda! E é uma trabalheira pra passar pelo conselho pesquisas envolvendo animais, de tão bem controlado que está sendo. Se aqui no RJ, onde as coisas tendem a ser mais bagunçadas e feitas 'no jeitinho brasileiro', está assim, rigoroso, imagina no Paraná como deve ser.

Tenhamos senso crítico antes de acreditar plenamente nessas notícias, galerë!