Não importam os detalhes, creio que o Tibet merece a sua independência da China e acho que essa é a melhor hora para conseguir isso.
Detalhes?
Bem, é um detalhe importante uma população ter água e esgoto. Em uma revolução armada essa é a primeira baixa, e assim doenças idiotas como coléra aproveitam para dizimar crianças.
Tudo bem, há os dissidentes e é direito deles de protestar e querer a independência, é direito nosso simpatizarmos. É direito do povo querer mudar o sistema.
Só não sei se é isso mesmo que TODA a população que mora lá quer.
Não que seja bom continuar como está, mas nunca gosto quando as coisas mudam de forma populista alarmista fernando Collor
(estamos vendo os descontentes... e supondo que eles são maioria... mas e se não forem? A experiencia mostra que os histéricos aparecem, mas que na verdade o grosso das pessoas não é histérica, essa maioria silenciosa não aparece)
(Exemplo: atropelam uma criança na Marginal Tietê, e todo mundo taca fogo em pneus para protestar. Bem, a maioria paulistana que mora na periferia ou em casa de classe média, vai achar o cúmulo uma favela naquele lugar, e que crianças pensem que a marginal é igual a uma rua de bairro tranquilo)
Mesmo que eu simpatize com o Dalai Lama, não vou apoiar a causa dele sem estudar melhor as consequências que uma Independencia do Tibete irá causar para o povo do Tibete: será que volta ao sistema anterior com 300 nobres e o resto só servindo-os (muito parecido com a de castas da India, onde há cidadãos e há os comerciantes, e há os párias)? Será que o Dalai Lama vai impedir aquela vergonha de voltar, já que agora ele é um líder espiritual bastante vigiado pelo mundo? (Como todo mundo ficou vigiando Mandela e sua ex-esposa)
Ou será (acho ijmprovável, mas depois da Winnie Mandela...) que ele se torne um Bispo com uma Ceita? (aceita cheque, aceita $$) e termine apoiando os antigos senhores de escravos?
O que é proposto no lugar do governo chinês? Quem serão as pessoas que liderarão e tomarão conta para que o caos não ceife vidas que podiam ser salvas? Não é um retrocesso se um líder espiritual virar líder de Estado?
São perguntas que o jornalista que citei me fizeram pensar. Afinal eu não nasci em 1950, então só conhecia o simpático velhinho de toga, mas não sabia do "passado negro" do Lama.