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Pais usam técnicas para "escolher" filhos com defeito genético

Juridicamente, anencefalia não é nem aborto, porque se não tem vida, não pode haver aborto. Claro, essa é a posição majoritária (e todo esse post é um parêntese).

Mas a mulher tinha que conseguir algum tipo de permissão judicial pra fazer aborto nesses casos, não? Mudou alguma coisa?

Pelo que eu pesquisei o congelamento é uma opção, não uma obrigatoriedade. Na Inglaterra eles oferecem duas opções, se você não deseja "utilizar" os embriões: doar para pesquisa ou para "adoção". De qualquer forma, congelar é só adiar um problema :think:

Aqui no Brasil tiveram projetos de lei bem diferentes circulando, desde proibindo o descarte até regulando quanto tempo precisa ficar congelado antes de descartar. Não sei como é a lei atual. Tem pais que regula a produção dos embriões de forma a não se produzir mais do que o que será necessário para a fertilização in vitro.

Mas sim, congelar é só adiar o problema.

Que eu saiba, a lei de biossegurança prevê que embriões usados para pesquisa de células tronco sejam ou embriões inviáveis ou congelados a mais de 3 anos. Mas isso tudo é meio off-topic aqui :roll:
 
o congelamento é off-topic? :mrgreen:

Bem, vamos pensar em armazenamento? superpopulação em não jogar nada fora? (me lembra minha casa, onde ainda não joguei fora os livros e cadernos desde o primário)

Valeria mais a pena gastar com novos depósitos criogênicos, ou investir em instituições para creches e orfanatos? Se os embriões tivessem quando vencesse a data de validade fins científicos, justificaria o gasto neles ao invés de investir em creches e orfanatos?
 
Última edição:
Mas a mulher tinha que conseguir algum tipo de permissão judicial pra fazer aborto nesses casos, não? Mudou alguma coisa?

Tá no STF ainda, mas a decisão provisória que houve era nesse sentido, anencefalia não é nem aborto. Eu acho que a decisão do tribunal vai ser essa mesma, mas só vendo.

E essa discussão, na verdade, se resuma, de certa forma, a mesma das células-troncos, sobre os direitos do embrião. Não entro nem no mérito de se embrião é "ser humano" ou não, mas não acho que seja algum absurdo descartar-se um embrião. Congelar, como é feito diariamente, é só um paliativo.Como o Deriel disse, jogar o problema pra depois. Empurrar com a barriga mesmo.
 
E o pior, que se seus pais tivessem te concebido da forma "natural", exisitia alguma chance de você nascer sem a falha genética.

A questão pra mim, está justamente aí.

Eu acho que no tópico há um conceito errado de o que é "você". Você só seria você se todos os genes fossem iguais. Ou seja, se você fosse concebido de forma natural as chances de um outro você aparecer eram minúsculas.
Tem bastante gente que está tratando como se fosse pegar um embrião, mudar os genes, e fazer ele ficar defeituoso. Só estão escolhendo o defeituoso sobre os com problema.

Sei lá, pra mim todas as opções são complicadas. Volto a frisar, claro que se eu pudesse escolher que meu filho nascesse sem nenhum defeito, eu escolheria isso. Mas seria certo? E se eu posso interferir desse jeito, o que impede outra pessoa de interferir negativamente?

Afinal, no caso da cegueira por exemplo, eu acharia horrível ser cego, mas será que quem nunca enxergou acha? Eu nunca poderia me colocar no lugar dessa pessoa. Nem acho que sou capaz de julgar errada (ou certa) a pessoa que queira que seu filho seja cego.

Ninguém falou sobre Seleção Natural. O que esse caso tem de estranho é que estão fazendo uma Seleção Artificial em humanos que vai contra a Seleção Natural.

Todas as opções tem dilemas morais embutidos, cada um ruim a seu modo. Acho que ninguém tem direito a brincar de Deus, nem para o bem nem para o mau.

Fazer plástica não é brincar de Deus?
O que diferencia escolher um embrião sobre outros de outros casos de seleção artificial?

Valeria mais a pena gastar com novos depósitos criogênicos, ou investir em instituições para creches e orfanatos? Se os embriões tivessem quando vencesse a data de validade fins científicos, justificaria o gasto neles ao invés de investir em creches e orfanatos?

Mas o dinheiro realmente iria para orfanatos?
 
Kamus disse:
Mas eles não tiraram nada.
Não chegaram lá e furaram os olhos do bebê qdo ele tava se desenvolvendo ou coisa do tipo.

São 2 pessoas diferentes (ou projeto de pessoa, que seja, não vou entrar nesse mérito).
Na minha cabeça seria estranho se o pai de um desses garotos chegasse pra ele e dissesse: "Ah, VOCE poderia ter nascido sem esse problema. Só q aí VOCE tb seria uma garota, teria olhos verdes e seria loira."
Se eu fosse esse garoto eu iria pensar: "Po. Mas aí não seria mais EU".

Identidade é outra questão, cara. O que eu tô abordando é que pais que podiam dar vida a um filho saudável escolhem dar vida a um filho com deficiência. Não é ao filho, mas um filho.

Merry disse:
Goba, posso ter te interpretado errado, mas me deu a impressão que você entendeu que os pais da reportagem estão utilizando o método para selecionar os embriões "saudáveis", quando na verdade, eles estão selecionando os "defeituosos" e descartando os "saudáveis".

Nossa. Tô fudido na redação da FUVEST então. :|

Hehe, mas não, eu entendi o texto do jeito certo, creio, e postei pensando de acordo com o que ele diz. Se deu outra impressão, é que eu devo ter escrito a coisa bem porca. :lol:

Tento melhorar da próxima. :D
 

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