Matar ou Morrer - High Noon (1952; Fred Zinnemann; EUA) [92]
Come Drink With Me - (King Hu; 1966; Hong Kong) [70]
A palavra para esse é moderno. Filme clássico que inaugurou o estilo conhecido como Wuxia (aka chineses voadores). O filme tem mais de 40 anos mas dificilmente você percebe. Coreografias belas e precisas, mas sem todo o prolixismo encontrado em Diretores como Zhang Yimou. No Brasil foi traduzido como O Grande Mestre Beberrão, referência a um dos protagonistas do filme. De qualquer forma é considerado por muitos o filme mais importante de artes marciais, então vale no mínimo uma visita.
Operação Xangai - (Yimou Zhang; 1995; França/China) [67]
Opa, acabei de falar no Zhang né? Então, aqui temos um exemplo exatamente contrário do que utilizei em relação ao Come Drink With Me (pegando como referência filmes como Herói e o Clã das Adagas Voadoras). Um filme simples, mas muito bem filmado, fotografia excelente, atuação divina da Gong Li e uma história que apesar de não ser nada incrível mostra bem como até a pessoa mais egoísta pode se tranformar dependendo das situações a quais é obrigada a passar. Isso é original? Com toda certeza não. Mas é a velha história de sempre contada de forma um tanto diferente e por um cara que entende de cinema.
Além do Desejo - (Pernille Fischer Christensen; 2006; Suécia) [62]
História de uma quarentona que se apaixona por um transexual. O filme pretende ser uma comédia, e aqui está o seu grande erro, já que a maioria das cenas que tem por objetivo nos fazer rir acabam sendo um tanto constrangedoras (e não de forma cômica, obviamente). Provavelmente o clima um tanto sombrio do filme cause isso. Mas ainda assim possui bons momentos engraçados e acaba sendo um bom estudo psicológico dos personagens abordados. Charlotte é uma mulher que não se deixa privar de seus desejos e acaba sempre se entregando com facilidade e aceitando tudo. Veronica é exatamente o contrário. É um homem com medo de sua própria sexualidade e isso chega num nível tão grande que ele acaba renegando seu próprio sexo e se privando daquilo que realmente gosta (ou seja, vaginas). Algo interessante de se ver, ainda mais quando há duas velinhas na fileira de trás comentando com palavras de baixo calão as atitudes da tela.
Soylent Green - (Richard Fleischer; 1973; EUA) [60]
Eu não sei como eram as previsões cientísticas em relação a aquecimeno global na década de 60, mas só pelo o fato do filme abordar isso, além de vários outros impactos que o planeta pode ter (ainda que utilize para isso a teoria maltusiana, já refutada), esse filme merece respeito. A forma inclusive com que esses temas são abordados é sutil, nada gritante, e interessante de se observar. Mas eu não sei o que vêem no Charlton Heston. Ele é quase uma pedra. Ou uma porta. E estrelou clássicos sci-fi (este incluso). Minha nota seria maior se ele não estragasse com sua atuação tão dura. E também se a fotografia fosse um pouco melhor. Mas ainda assim esse filme acaba se tornando obrigatório, e pra quem ainda não sabe o final acaba sendo um tanto surpreendente, e para todos acaba sendo um tanto pertubador.