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O Homem Duplo (A Scanner Darkly, 2006)

  • Criador do tópico Criador do tópico Nob
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Da mesma forma que eu confio mais num médico do que no conselho do cobrador do ônibus, se eu tou doente.

Sua condição física pode ser objetivamente definida. Arte não.

A média da opinião de dezenas de profissionais da área me parece uma medida muito mais confiável do que a opinião pessoal de uns poucos.

Sim, só que será apenas um consenso, não uma prova de "qualidade intrínseca"*. São coisas diferentes.

E.g. eu acredito que Crash é tão ruim que é "indefensável". Porém o consenso crítico diz que ele é um 69. E isso é perfeitamente compreensível, já que os "defeitos" que você vê num filme são diferentes do defeito de um carro (que vai fazê-lo quebrar, não importa quem esteja dirigindo) ou sua condição médica (que vai ser a mesma, não importa quem esteja diagnosticando).

Goste, mas não venha dizer que o filme é estupendo simplesmente por vocês gostar.

Isso é exatamente o que críticos fazem (e a maioria concordaria). A principal diferença é que eles conseguem argumentar melhor do que a maioria das pessoas. É basicamente isso.

E é isso que acontece aqui na Valinor, ninguém julga ou avalia (de verdade) qualidade

Todos julgam a "qualidade" do filme, só que quase ninguém - incluindo a maioria dos críticos - finge que esse julgamento é algo definitivo.

Bem, tem o Armond White, mas ele é considerado um lunático.

*A não ser que você esteja usando a palavra "qualidade" de forma descritiva, e não avaliativa. Mas eu não acho que esteja.
 
O resmungo é livre mas é lógico que um profissional, alguém que estudou a vida inteira pra isso ou se especializou nisso ou pelo menos tem a experiência pra isso me parece muito mais confiável como analista do que um leigo de fórum, por mais interessado que ele seja em cinema. E isso vale pra artes também: literatura, pintura E cinema
 
tem um filme chamado bem me quer, mal me quer que passou no eurochannel um dia desses que discute a relação entre críticos e diretores e um crítico americano comenta como nos eua alguém da seção de esportes pode se tornar crítico de cinema de uma semana para a outra porque "eles acreditam que todo mundo tem sua opinião".
 
tem um filme chamado bem me quer, mal me quer que passou no eurochannel um dia desses que discute a relação entre críticos e diretores e um crítico americano comenta como nos eua alguém da seção de esportes pode se tornar crítico de cinema de uma semana para a outra porque "eles acreditam que todo mundo tem sua opinião".

Pelo menos é um jornalista, não um piá com blog. Já é alguma coisa.
 
tem um filme chamado bem me quer, mal me quer que passou no eurochannel um dia desses que discute a relação entre críticos e diretores e um crítico americano comenta como nos eua alguém da seção de esportes pode se tornar crítico de cinema de uma semana para a outra porque "eles acreditam que todo mundo tem sua opinião".

A diferença sendo que um escritor de esportes provavelmente não saberia escrever uma crítica, montar um argumento, etc, como um crítico de cinema decente. Isso é definitivamente um dos problemas dos leigos em relação à críticos: achar que toda opinião é igualmente válida. O outro problema comum (mais ridículo ainda) é imaginar que críticos vão ser "objetivos" e avaliar um filme "corretamente".
 
Antes: um jornalista, seja de qualquer área, saberá escrever sim um texto, muito mais do que leigos não-jornalistas.

achar que toda opinião é igualmente válida.

Esse é o problema que vale pra tudo, ainda mais nesses tempos de blogs, flogs e wikipedia. Dá a sensação que saber tudo simplesmente pq existe um Google (a praga da medicina moderna, por sinal). Por leigo entenda-se qualquer um que não seja um profissional. Ou seja: você, eu, todos nós. Somos todos leigos.

E continuo afirmando o que disse antes: uma média genérica da opinião de críticos profissionais de cinema (como no MetaCritics ou RottenTomatoes) é sim mais útil e mais confiável do que alguns tópicos em fóruns na internet (aqui incluso) ou blogs ou flogs. Se aparece alguém nesse lugares dizem que um filme é o melhor do universo enquanto a crítica generalizada destruiu o filme, bom, lógico que a segunda opinião é mais abalizada, em geral.

Blogs e flogs e fóruns vão servir pra outra coisa: "ah, eu gosto dele, temos mais ou menos os mesmos gostos, então acho que se ele gsotou, vou gostar também" E não como opinião crítica abalizada.
 
Blogs e flogs e fóruns vão servir pra outra coisa: "ah, eu gosto dele, temos mais ou menos os mesmos gostos, então acho que se ele gsotou, vou gostar também" E não como opinião crítica abalizada.

Um consenso é útil e confiável sim, em vários casos (e eu costumo seguí-lo, por isso eu acabo vendo filmes fracos como Crash e Babel). Mas se você procura evitar filmes que não vai gostar, o exemplo citado acima é exatamente o que você deve fazer. Procurar pessoas com o gosto similar (leigos, críticos, imigrantes, o que seja), que você conhece e confia, e seguir essas opiniões também. É assim que você acha filmes excelentes ignorados pela crítica (Gerry, Dogville, e muitos outros). É claro, a minha tendência em seguir opiniões pessoais está diretamente relacionada à capacidade de tais pessoas apresentarem opiniões válidas (bem argumentadas, com um certo conhecimento, etc). Eu certamente valorizo a opinião do Ristow ou do Gandalf mais do que eu valorizo a opinião do Armond White ou Peter Travers (Os Profissionais).

É errado achar que qualquer pessoa que não é paga pra escrever sobre cinema é automaticamente menos capaz de discutir sobre filmes do que qualquer pessoa paga pra isso.

PS: Sobre qual filme é o tópico mesmo? O Homem Duplo? (meu deus que tradução estúpida)
 
É errado achar que qualquer pessoa que não é paga pra escrever sobre cinema é automaticamente menos capaz de discutir sobre filmes do que qualquer pessoa paga pra isso.

Eu sempre usei o termo profissional, e o termo profissional normalmente envolve pagamento, mas o contrário não é verdade. Um profissional sempre vai ter mais condições do que um leigo sim, simplesmente pelo background de estudos e experiência.

Só por ler um livro você não se torna um crítico literário (tem muito, muito mais por trás) e só por ver filmes você não se torna um crítico ou profissional da área (também tem muito mais).

Enfim, sim, profissionais da área são mais capazes de dar uma opinião abalizada com que um amigo que assiste filmes e tem blog.
 
Eu sempre usei o termo profissional, e o termo profissional normalmente envolve pagamento, mas o contrário não é verdade. Um profissional sempre vai ter mais condições do que um leigo sim, simplesmente pelo background de estudos e experiência.
Mas esse é um conceito meio vago. Primeiro porque você ganha experiência como crítico vendo filmes, coisa que todo mundo pode fazer, independente do conhecimento nominal das técnicas empregadas - essa sendo a grande diferença no conhecimento teórico de filmes, já que a maior parte das coisas podem ser percebidas sem a parte intrínseca da coisa; algo como perceber que a câmera focalizar um personagem angularmente de baixo para cima dá uma óbvia impressão de superioridade, independente disso se chamar plongè.

Segundo, porque, aplicando esse mesmo conceito, a falta de educação acadêmica em uma arte [se é que isso é algo realmente válido, considerando que toda evolução artística acaba nascendo de forma a quebrar os padrões pré-estabelecidos] não implica em falta de qualidade intrínseca. Colocando em perspectiva, a opinião do Alfonso Cuarón - de acordo com a idéia de que o estudo [faculdade] é o que define o conhecimento de uma área em específico - deve contar menos do que a opinião de qualquer crítico formado na faculdade de cinema de sua cidade, que trabalha em algum jornal de fundo de quintal.

Anyway, concordo que um consenso de críticos vale mais do que um consenso de leigos, mas eu acredito que qualquer pessoa que leve o cinema a sério - considerando a possibilidade de seguir nessa área, inclusive - e veja centenas de filmes por ano, tem uma opinião tão bem fundamentada e válida quanto a de um crítico com conhecimento intrínseco na área. Até por eu conhecer pessoas que fazem cinema e que sequer viram um filme do Godard, por exemplo.
 
Um profissional sempre vai ter mais condições do que um leigo sim, simplesmente pelo background de estudos e experiência.

Que um leigo sim. Mas esse termo se refere à pessoas ignorantes a um assunto, e a maioria dos cinéfilos (e.g. certa parte das pessoas que postam aqui no fórum) não é ignorante em relação a cinema. Não é preto-e-branco. Entre leigo e profissional há uma longa faixa que inclui pessoas de níveis variados de conhecimento.

Assim como existem vários críticos profissionais que não conhecem quase nada de teoria de cinema, e não tem o menor interesse em filmes feitos antes de Star Wars, existem muitos cinéfilos que estudam teoria (o Ristow já teve alguns cursos) e procuram filmes de todos os tipos e décadas.

Sem falar que boa parte dos críticos concorda que o melhor jeito de aprender a escrever, criticar e analisar filmes é lendo críticas, e não através de estudos acadêmicos. É por isso que a obra da Pauline Kael é tratada como ouro.

É bem provável que um ótimo crítico tenha maior capacidade de analisar filmes do que a grande maioria de cinéfilos não-profissionais, mas "ótimos críticos" são uma pequena fração do total.
 
Anyway, concordo que um consenso de críticos vale mais do que um consenso de leigos, mas eu acredito que qualquer pessoa que leve o cinema a sério - considerando a possibilidade de seguir nessa área, inclusive - e veja centenas de filmes por ano, tem uma opinião tão bem fundamentada e válida quanto a de um crítico com conhecimento intrínseco na área. Até por eu conhecer pessoas que fazem cinema e que sequer viram um filme do Godard, por exemplo.

Da mesma forma que pessoas escrevem livros (na maioria absoluta ruins). A base teórica é contestada em sua absoluta maioria por aqueles que não as tem, com a citação de poucas e raras exceções virtuosas. Para toda a grande maioria a formação teórica é um diferencial essencial. Só ver filmes não faz um crítico.
 
Última edição:
Eu tenho que comentar uma coisa nessa discussão, todos sabem que eu ja fiz alguns curtas e participei e tal... e eu estudei pra isso, e até me especializei.

Mas eu ainda trabalho no meio academico, e tenho contato com todo tipo de pessoas de falam de cinema, artes efim...

O lance é q eu percebi que as vezes quanto mais apurada fica o estudo dela, ou mais profundo ela acaba se entorpecendo em um munto de significados de sub textos, e de meios subjetivos de expressão, ou até mesmo de uma analize mais contextual levando em conta o que leram e releram em livros de semiotica, filososia da arte, retorica cinematografica, estética da fotografia bla bla bla, essa pessoa perte uma parte desgraçadamente do entendimento da expressão "das coisas", que é justamente o olhar inocente...

Uma pessoa com um olhar inocente para fotografia, cinema, ou simplesmente uma pessoa que não estudou aquilo, so gosta daquilo, acaba vendo coisas que os que estão la em seu mundo de achara os defeitos não encherga.

Um exemplo interessante aconteceu comigo a pouco tempo, foi algo técnico, mas interessante pra dedeu pra exemplificar a sensibilidade contra o conhecimento.

Eu estava apresentando pra uns amigos aquela meu video, o In Memoriam.. alguns ai ja viram ele por ai, é o que estava concorrendo la no Terra ( aproveito a propaganda) esta na minha ssinatura, enfim... a maioria que estava comigo trabalhava com cinema e video, e eram editores etc. Todos ficaram impressionandos com uma coisa e comentaram... "puts achei foda aquele efeito da pessoa parada e tudo em sua volta se mexendo, vc fez no after, motion onde?"

Ai tinha um la tb que é músico e tal e nunca mexeu com vídeo na vida, pegou e comentou.. "Era efeito? Pensei q vc so tinha pedido pra pessoa ficar parada..."

oh... :think:
 
O lance é q eu percebi que as vezes quanto mais apurada fica o estudo dela, ou mais profundo ela acaba se entorpecendo em um munto de significados de sub textos, e de meios subjetivos de expressão, ou até mesmo de uma analize mais contextual levando em conta o que leram e releram em livros de semiotica, filososia da arte, retorica cinematografica, estética da fotografia bla bla bla, essa pessoa perte uma parte desgraçadamente do entendimento da expressão "das coisas", que é justamente o olhar inocente...

Sim, concordo plenamente.

Aliás, hoje mesmo eu estava pensando sobre isso... eu toquei a Invenção n° 8 de Bach no piano digital e gravei. Quando eu estava escutando me distraí, e de repente percebi que no momento de distração eu estava escutando muito mais coisas além das notas propriamente ditas (que eu sei de cór). E o problema em decorar uma música é que você (isso acontece comigo, mas eu acredito que aconteça com a grande maioria das pessoas) fica condicionado a escutar principalmente as notas que você viu na partitura, ou seja, sua percepção fica limitada à parte material do que você ouve.

Depois de um tempo você pensa que cansou da música, quando na verdade você simplesmente parou de ouvir o principal: as sensações, idéias e significados abstratos que estão sendo expressos através da matéria (aliás, os sons são tão limitados em relação ao que se pode fazer com a mente que o mais correto seria dizer que os sons são uma espécie de ponte rústica entre a mente de uma pessoa e alguma idéia).

Isso me faz pensar: quanto mais eu sei sobre as notas, harmonia, intervalos (entre outras coisas) de uma música, eu sei mais ou menos sobre o que ela é essencialmente?
 
Re: A Scanner Darkly (2006)

Foda, mas confuso, acho que vou ver de novo no Brasil com legendas.

E depois daquele final, wow, preciso ver de novo.

O filme foi ovacionado em todo lugar mesmo...mas eu tive o mesmo problema que vc, peguei a ultima sessao no cinema em londres, cansado e acabei nao entendendo o filme direito...apesar de ser algo comum tratando-se do diretor o.O
Bom, depois de ouvir o pessoal por aqui ate me animei pra assistir denovo!
 
Sim, concordo plenamente.

Aliás, hoje mesmo eu estava pensando sobre isso... eu toquei a Invenção n° 8 de Bach no piano digital e gravei. Quando eu estava escutando me distraí, e de repente percebi que no momento de distração eu estava escutando muito mais coisas além das notas propriamente ditas (que eu sei de cór). E o problema em decorar uma música é que você (isso acontece comigo, mas eu acredito que aconteça com a grande maioria das pessoas) fica condicionado a escutar principalmente as notas que você viu na partitura, ou seja, sua percepção fica limitada à parte material do que você ouve.

Depois de um tempo você pensa que cansou da música, quando na verdade você simplesmente parou de ouvir o principal: as sensações, idéias e significados abstratos que estão sendo expressos através da matéria (aliás, os sons são tão limitados em relação ao que se pode fazer com a mente que o mais correto seria dizer que os sons são uma espécie de ponte rústica entre a mente de uma pessoa e alguma idéia).

Isso me faz pensar: quanto mais eu sei sobre as notas, harmonia, intervalos (entre outras coisas) de uma música, eu sei mais ou menos sobre o que ela é essencialmente?


Eu sei que nao diz respeito exatamente sobre o assunto do topico, mas achei legal comentar. Eu acho que quanto mais tentarmos racionalizar ou atribuir valores externos à algo intangível como uma idéia, um sentimento, uma sensação mais nós distanciamos do seu aspecto abstrato, que por sua vez é o que faz a sensação ser uma sensação e não uma fórmula química dada com elementos e números, por exemplo. Mas claro que a idéia de materializar isso em algo palpável, por outro lado, é necessária no próprio processo de criação ou passagem do intangível na nossa mente para algum tipo de mídia ou suporte 'sólido' (uma partitura, por exemplo). Nos sempre precisamos de uma forma de guia ou parametros (sejam eles de origem acadêmica ou leiga, sobre o que o ernestro falou) para que tenhamos acesso ou que se pensou, sentiu, viu antes. De outra forma, deixando tudo ao natural como nos vem a cabeça todas as coisas se dissipariam no ar e, provavelmente, serviriam de combustível para outras e tudo entraria num ciclo infinito onde tudo se dissiparia no ar.
O ser humano sempre procura racionalizar as coisas que tem uma origem exatamente oposta, é uma tendência natural humana levando-se em consideração a nossa incapacidade de lidar com essa parte abstrata do cérebro...Então eu não diria que sabemos ou entendemos menos os mais quanto mais entendemos, acho que seria impossível chegar a uma conclusão em relação a isso. Ao menos por agora.
 
Até quando o conhecimento geral com cinema pode formar um crítico mesmo? Deve-se apenas saber de cinema ou a base inteira de seus conhecimentos traz uma carga maior para suas críticas?

Especialistas em cinema realmente sabem o que estão vendo? O exemplo do Balbo foi muito feliz. Quem se prende demais em uma visão só acaba se limitando, conhecimento amplo sobre assunto criticado mais conhecimentos gerais. Como foi no caso daquela discussão de Maria-Antonieta onde o aspecto histórico para o Deriel era muito mais importante do que o filme em si e o compromisso de le com a historicidade.

Essa discussão devia ter um tópico a parte que nem o de cinema brasileiro ou fundir os dois, vai saber.

Aliás, O Homem Duplo é um livro ótimo, IMO.
 
Barris: Yes, hi. How are you? I have something somewhat urgent to report. I don't know if I should be summoning the inhalator squad or the resuscitation squad. Yes, ma'am? I don't know. I don't want to say it's not cardiac arrest but it's either that or involuntary asphyxiation of a bolus within the-- The address, yes. The address is simple-- although I've never sent myself a piece of mail here. Seven-- Seven-- Seven-- Seven-zero-niner. Street! Is the street relevant? Tell you this much, it is a cul-de-sac. Does that technically qualify a street?
Luckman: ughcoughcoughcoughcoughcoughcoughcoughaaarghhdçfk0r9gfdf-
Barris: I'm pleased to report we won't be needing your assistance after all. Thank you. Have a nice day.
There you go. Took care of itself.
Okay.
Luckman: Oh, Jesus.
Barris: You all right? There you go.
Luckman: I must've passed out.
Barris: Yeah.
Luckman: Well, you-- I was dreaming. Must have almost died.
Barris: Yeah.
Luckman: Shit. And what were you doing while I was being escorted by dead relatives to the bright light? Jacking off?
Barris: No, no, no. You saw me. I was on the phone. I summoned the paramedics. I sprung into action without delay.
Luckman: Bullshit. You were cleaning your pipe.
Barris: No, I was wrapping my pipe. You were unconscious.
Luckman: You the only person in the universe who never heard of the Heimlich maneuver.
Barris: Alright, I'm gonna give you a little feedback since you seem to be proceeding through life like a cat without whistles perpetually caught behind the refrigerator. Your life and watching you live it is like a gag reel of ineffective bodily functions. I swear to god that a toddler has a better understanding of the intricacies of chew-swallow-digest-don't kill yourself on your TV dinner. And yet you've managed to turn this near death fuckup of yours into a moral referendum on me!
Luckman: You are a monster!
Barris: You are a billy goat!
Luckman: A sick, depraved, un--


Quer dizer, olha pra esse diálogo, como se por si só já não bastasse, ele é proferido por grogues interpretados com excesso hilário de caras e bocas e gestos, e depois ainda por cima (e ainda por cima em sentido literal) animados de forma impecavelmente bisonha e torta. O Freck em seu coquetel letal regado a vinho, logo em seguida a essa cena, deve formar a provável melhor seqüência no filme (mentira, o que dizer então disso, omfg).

Pra não perder o hábito: algum título contendo "escâner" e "escuro"/derivados formaria uma aliteração perfeita e ainda melhor que o título original. Mas nah: O_Homem_Duplo, vamos importar o nome do livro em Portugal. Lembrem vocês que os portugueses chamam Vertigo (aqui Um Corpo Que Cai) de A Mulher Que Viveu Duas Vezes. É alguma espécie de fixação por entregar as identidades duplas logo na capa, e estão tentando instaurá-la aqui (socorro aahh).
 
Resucitando:

Eu vi o filme domingo. Claro que não passou no cinema aqui do fim do mundo. Enfim eu comprei o DVD - promoção de 10 reaus - e fui ver.

Gostei pra caramba.
A animação é perfeita para esse filme. Me deixa claustrofóbia, principalmente quando eles estavam usando aquela roupa especial.

Robert Downey Jr tava perfeito. Totalmente perfeito. Da 1a à últiam cena em que ele aparece, ele dominava geral.

Sabe o defeito do filme? Keanu Reeves.
Se bem que é a única coisa em que eu vi e achei ele estava razoável. Talvez a tecnica de animação tenha ajudado.

A rotoscopia me fez sentir a paranoia galopante do filme. Na capa do DVD tem uma brincadeirinha, algo do tipo "calma, ninguém está te vigiando". Faz total sentido depois de ver o filme. E eu só lembrava de Raul Seixas resmungando "para Nóia, com amor e com medo"

Minha reação ao filme é totalmente emocional. Eu gosto pra caramba de Philip K. Dick, mas Homem Duplo é um que eu não tinha lido, então fui pega com toda força pelo final fdp.

Eu tenho de rever, e depois ler.
 
Se você reparar, nem em Matrix ele está realmente bem. Só tem duas expressões, a de "tou triste e meio perdido" e a de "tou segurando um peido"

Matrix é bom apesar dele e não por causa dele. Matrix é bom, aquelas duas continuações não são.
 

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