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Mercosul: Cupula de Ouro Preto

Imrahil de Dol Amroth

Encantador de Vagalumes
Achei bem oportuno, mas não sabia onde postar com eficiência, isso deve ser de interesse de muita gente mesmo.

Como foi largamente publicado, ocorreu nesta sexta dia 17/12 o encontro do Mercosul aqui em Ouro Preto. Estive praticamente de arquibancada o dia todo, então me inteirei de alguns tópicos principais.
Acho que o furor maior do Encontro foi sem dúvida a presença do nestor Kirchner, presidente da nossa hermana Argentina, dada o fato de ele insistir na proposta de seu país de adoção de salvaguardas para eliminar “assimetrias” entre os países membros do bloco - se vcs não sabiam, o geverno Argentino está 'boicotando' os nossos produtos a favor de um fortalecimento de seu mercado interno.
O Encontro teve presença maciça de vários líderes nacionais, como Hugo Chavez, presidente da Venezuela, o próprio Nestor Kirchner, Presidente Argentino, nosso Excelentíssimo Presidente da República, Celso Amorin, ministro das Relações Exteriores, Fernando Pimentel, prefeio de Belo Horizonte, Nicanor Duarte, presidente do Paraguai e próximo presidente do Mercosul, entre outros.
O Evento teve uma ampla programação cultural e as reuniões de Cupula em si.
A cidade parecia sitiada: polícia para todos os lados, ruas bloqueadas, toque de recolher, parecia o Iraque. Tinha tanque de guerra no campus, bateria anti-aérea nos morros, mil caminhões carregados de soldados o tempo todo na rua. E cada soldado, armado no meio das ruas pacíficas (!) com rifles e granadas. Uma coisa terrível.
Aqui questionou-se muito sobre essa segurança, que afetou muito fortemente nossa rotina habitual. Iniciou-se um pequeno protesto por parte dos estudantes (eu até apareci na TV!!), mas foi abafado rapidamente pela polícia.

Voltando ao Mercosul, reafirmou-se o Protocolo de Ouro Preto, assinado em 1994, que é senão uma retificação do Protocolo de Assunção, em que são dispostas as principais bases e motivos da criação do Grupo, e toda a legislação competente.

Esse encontro foi marcado na vida dos estudantes daqui com debates e longas conversas, sob os valores e cagadas do governo nacional quanto
á política externa. A insatisfáção é consenso geral. Então, gostaria de abrir a discussão sobre isso por aqui: como a comunidade Valinor sente o Mercosul?

Minha resposta, enfim: Para mim ainda muito fraco e inconsistente, frágil as flutuações da economia mundial e à melindros nacionais, como os da argentina desta situação, o Mercosul afeta a chamada Soberania Nacional, por fazer o Brasil, que ta menos cagado do que o resto da América, babá das nações menores, e bode expiatório para os conflitos de cada um dos países afiliados ao bloco.

Antes, palavras do nosso presidente:
“São passados 10 anos da assinatura do Protocolo de Ouro Preto. Voltamos à cidade para ratificar o compromisso, quando damos novo impeto à proposta de integração"
:disgusti: mas como fala bonito esse metalúrgico :disgusti:
 
Como grupo diplomático é mais do que importante, é fundamental, até porque mesmo tendo um mercado consumidor potencial pequeno se comparado ao bloco asiático, europeu ou à futura Alca, o mercosul seria um enclave a uma determinação do imperialismo norte-americano com a alca e a uma maior aproximação com a europa, que ao meu ver não melhora muito a situação de nosso desenvolvimento, pois quando deu-se a crise agroeconômica com a França, a europa não se eximiu de culpa na diplomacia internacional, mas acho que neste dado momento, o interesse maior seria uma maior autonomia do bloco sulita, se possível com a aquisição de outros países, como o Chile, que deveria deixar de ser observador.

o mercosul apesar de frágil economicamente, tem potencial de crescimento elevado, mas acho que o maior problema são as disparidades das nossas economias, o que muito é discutido nesse encontro internacional, ao contrário do esquema europeu, onde certos pré-estabelecimentos são exigidos para futuros membros. a bronca com a argentina é comum em estruturas economicas internacionais e o protecionismo deles tem fundamento, afinal, as empresas vão quebrar em massa com a competição com nosso país, principalmente em eletrodomésticos, calçados, automóveis, etc.

não adianta dizer que o mercosul deveria seguir o exemplo europeu e frisar uma contingência comum econõmica, porque isto na atual conjuntura é impossível e o paraguai - como exemplo - país fundamentalmente agrário certamente não terá potencialidades como o brasil, a efeito de comparação.

a meu ver, o mercosul é importante principalmente do ponto de vista político e diplomático, quanto a defender nossas identidades frente a contínua comungação comum global em blocos ao redor do globo. com um bloco coeso e forte, principalmente nos campos políticos e ideológicos, o mercosul apresentaria certa defesa convincente na guerra comercial que dá atualmente. e que por sinal é bastante desigual.

extinguir as barreiras economicas entre os países é basicamente um sonho, porque as economias diferenciadas frustram essa opção, mas ao meu ver, - talvez por ser do país mais forte do bloco - isso deve ser feito com cuidado. um quebra quebra inicial genrealizado nos outros países do bloco seria interessante para nós, mas não aos outros e este não ficaria coeso de determinada maneira.

acho que inicialmente certas alegações de ajuda mútua economica devem ser consentidas, para diminuir tais disparidades, preconizar um avanço no processo gradual de união do bloco e coletivização do conesul + amigos. acho que antes de estarmos no haiti ou perdoando dívidas da áfrica, devíamos estar olhando aqui pro lado. claro que este outro ponto da diplomacia - grande trunfo lulista - é importante, mas não tão fundamental.

escrita rápida, sem maiúsculas, no calor do fluxo desordenado de pensamento, não me culpem.
 
Orion disse:
a meu ver, o mercosul é importante principalmente do ponto de vista político e diplomático, quanto a defender nossas identidades frente a contínua comungação comum global em blocos ao redor do globo. com um bloco coeso e forte, principalmente nos campos políticos e ideológicos, o mercosul apresentaria certa defesa convincente na guerra comercial que dá atualmente. e que por sinal é bastante desigual.

E deste ponto que vem minha maior bornca!
Acho que a principal função do Mercosul era com certeza o crescimento da América como um só corpo, admitindo é claro as unidades nacionais. Só que esse crescimento deve ser percentual, sem o país bancar babá das outras nações e suas respectivas inflamações... Espera-se, parece, que vai ocorrer um boom excepcional em todo o continente, em vez de aceitar que o crescimento vai ser árduo e vai, em determinadas situações, criar conflitos e rupturas entre alguns países com interesses díspares. Mas é fato que, vivendo em um mundo Capitalista, é necessário a todos os países se adequarem às consequências da participação d eum bloco econômico. Diplomacia e Políticagem são sim importantes, ainda mais num bloco como o nosso, em que se prefere o diálogo e o plano de ação bem maturado às atitudes ousadas e imposições econômicas. É desse preceito que vem o asco com a política econômica externa da Argentina, que, mesmo sabendo das jogadas diplomáticas que esperamos e participamos, impõem com efeito um programa que abala brutalmente os princípios do livre-comércio e mesmo os fundamentos do bloco.
Capitalismo moderado, solução infalível para o caso :mrgreen:
 
O Mercosul ainda engatinha e da forma como se desenhava na época em que foi criado ainda deixa muito a desejar como um bloco economico.

Torço e espero que nesta década a situação melhore e possa finalmente deslanchar. Sem sintonia e uma bom entrosamento diplomático e comercial entre Brasil e Argentina que são as peças fundamentais do bloco, o Mercosul como foi idealizado jamais sairá do papel..

Apesar das adversidades, aindo confio no sucesso a longo prazo do bloco.
 

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