De certa forma a canção dos Ainur se assemelha ao funcionamento do mercado de música. Que o sucesso do produto com as pessoas nem sempre vem de o produto ser bom ou por qualidade técnica e de conteúdo, mas porque a visão que o público tem daquilo que é atração pode lhe parecer mais belo ou preferido do que o amor pela música ou por algo que seja bom. E como o vazio só pode ser preenchido por conteúdo e não com a mera atração ou deslumbre (que é uma ilusão) a insatisfação se manifesta na obstinação constante. No que aquilo que encanta Melkor não é definido pelo vazio mas pela atração dele próprio com a idéia de vazio enquanto se afasta dos Poderes para se aventurar sozinho pelos espaços escuros de seu desejo.
E em seu lugar mental as outras pessoas são apenas invasores perturbando aquilo que ele ama e lhe atrai que é o vazio. Todavia era de responsabilidade dos Ainur entenderem seus dons até ao ponto em que se harmonizassem uns com os outros.
Para ele não há tempo para gratidão, ele não agradece pelos outros tentarem entender a visão uns dos outros, nem espaço para o trabalho ou qualquer outra atividade que vá contra a preguiça pois que isso também perturba o vazio e seu estado de baixa energia. Melkor, portanto não traduz nem adapta, ele simplesmente explode na frente da pessoa com uma grande fogueira.