Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde/2006/06/29/ult580u2037.jhtm29/06/2006
O jovem Harry Potter pode estar com os dias contados
No sétimo e último volume da série, que deve ser lançado em 2007, a autora J. K. Rowling não descarta "matar" seu famoso personagem
Florence Noiville
Como se não bastasse a aura de mistério e suspense que envolve sua narrativa, Joanne Kathleen Rowling, a "mãe" do super-herói Harry Potter, está brincando com o sangue-frio dos seus leitores. Após ter matado o bom Albus Dumbledore, o diretor da Poudlard, célebre escola dos bruxos, no seu sexto tomo, "Harry Potter e o Enigma do Príncipe" (lançado no Brasil pela editora Rocco, 2005), ela acaba de anunciar que ela poderia fazer morrer o próprio Harry no seu sétimo e último capítulo da série, que deve ser lançado provavelmente no ano que vem. Ninguém duvide de que a autora tornou-se mestre na arte de pôr em prática a famosa frase de Oscar Wilde: "O suspense está terrível, espero que ele vá durar..."
Numa entrevista que ela concedeu ao canal de televisão britânico Channel 4, na segunda-feira (26/06), a romancista escocesa indicou que dois dos seus personagens principais morreriam no episódio final que ela estava em vias de terminar. "Eu escrevi o capítulo final por volta de 1990; é por isso que eu sei exatamente como a série vai terminar", declarou.
J. K. Rowling, 40, que teve a idéia de escrever sua saga quando ela viajava num trem que a levava de Manchester a Londres, tem em mente o plano da sua série desde a origem. Ela manteve o segredo sobre o seu desfecho, que ficou guardado a sete chaves, num lugar que ela era a única a conhecer. Hoje, ela reconhece que ele foi "um pouco modificado": "Um personagem está com os dias contados", explica a autora. "Mas devo dizer que dois dentre eles vão morrer. Era preciso pagar um preço, nós estamos lidando aqui com o Mal absoluto. Desta vez, não são personagens secundários que são alvejados. São personagens principais que são atacados".
A uma pergunta sobre se o jovem bruxo estaria incluído ele mesmo entre as vítimas, a romancista declarou que ela nunca esteve tentada a matá-lo antes do episódio final. Um dia antes, em entrevistas a jornais ingleses, ela se dissera "triste por ter de se separar de Harry Potter" - uma fórmula ambígua que poderia se referir tanto ao personagem quando ao conjunto da série. Mas, desde essa entrevista a Channel 4, não há mais margem para as dúvidas.
"Eu posso compreender perfeitamente o que passa pela mente de um autor que pensa: eu vou matá-lo, porque isso quer dizer que nenhuma outra pessoa poderá se atrever a escrever uma continuação", diz. "Desta forme, a história se terminará comigo, e, quando eu serei morta e enterrada, ninguém mais poderá tentar fazer reviver meu personagem".
Será mesmo tão certo assim? Até que ponto os romancistas têm realmente a plena e inteira latitude para decidir definitivamente do destino dos seus heróis? Seguindo o mesmo raciocínio que J. K. Rowling, Conan Doyle também decidiu matar Sherlock Holmes, em 1893, em "O Último Problema". Acompanhado pelo professor Moriarty, o célebre detetive, com o seu cachimbo e seu chapéu, sofreu uma queda mortal em Reichenbach (Suíça), libertando com isso o seu autor, que pretendia se dedicar a um "trabalho literário mais sério".
Mas o público não gostou e se recusou a aceitar esse desfecho. Uma contestação generalizada, montanhas de cartas de protesto, e até mesmo greves em usinas britânicas obrigaram Sir Arthur, em 1903, a "ressuscitar" seu herói em "A Casa Vazia". E até mesmo a produzir 33 novas aventuras de seu infalível detetive.
Como se vê, o antigo lugar-comum da criatura que escapa do seu criador tem lá seus fundamentos e não está muito longe da verdade. Mais recentemente, o escritor siciliano Andrea Camilleri confiou ter todas as dificuldades do mundo para se livrar de um personagem tão célebre quanto o comissário Salvo Montalbano. "Os leitores me escrevem para me dizer que ele lhes pertence e que eu não posso fazer dele o que eu bem entendo", contou ele recentemente, em entrevista a "Le Monde dos livros". Após ter tentando em vão colocá-lo em escanteio, Camilleri foi forçado a se conformar com a idéia de que ele está "ligado a ele". Já, quanto à idéia de fazê-lo morrer, melhor nem pensar nisso.
Mas J. K. Rowling, fiel ao plano romanesco que ela sempre seguiu, decidiu passar por cima dessas considerações, indo deliberadamente de encontro a toda idéia de "final feliz". Por ocasião de uma coletiva de imprensa em Londres, no início da sua empreitada, ela não havia descartado a idéia de passar para um outro tipo de escrita depois de "Harry Potter". Será que ela conseguirá?
Este teste será a derradeira ocasião, para os leitores, de verificar a extensão dos verdadeiros poderes de Harry Potter.
Tradução: Jean-Yves de Neufville
Após ter matado o bom Albus Dumbledore, o diretor da Poudlard, célebre escola dos bruxos,
Haran Alkarin disse:Como disse alguém nesse tópico, seria interessante Harry morrer junto com Voldemort, como com a destruição do local onde estariam.
elddrini disse:tá certo, vc sabe o que acontece nos proximos filmes?
eu acho que fará sim![F*U*S*A*|KåMµ§] disse:Mas realmente. A Rowling é cheio das mensagens moralistas.
Provavelmente não fará isso.