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Casa de Folhas (2000, Mark Z. Danielewski)

não sei se é ruim (teve uma febre grande lá fora, mas isso nunca fala nada sobre o livro em si e mais sobre o marketing, né?). mas aí a editora aqui no brasil trouxe a edição normal por quase 80 reais (em pré-venda era mais caro) e a capa dura por 160. sei lá, tem monopólio da suzano, dólar alto, preço do papel caro pra diabo e tudo o mais, mas ainda acho que esses preços estão um pouco fora da casinha.
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I guess that it comes with the territory

season 6 netflix GIF by Gilmore Girls
 
Novidades? Cês conhecem alguém que comprou e já recebeu/começou a ler, para falar se ficou legal?
 
Tradutor do livro das folhinhas disse:
Para quem tem alguma conexão com a vida acadêmica, o pastiche desse tipo de discurso na voz de Zampanò é absolutamente hilário, incluindo as picuinhas idiotas entre as fontes que ele cita, mas entendo que alguns leitores possam não ter paciência para isso. O que eu posso dizer é que essas enrolações são uma técnica para controlar o ritmo, e a ansiedade faz parte do processo. Tem um capítulo inteiro de impressões, em que a Karen mostra uma gravação da casa para personalidades variadas, incluindo Camille Paglia, Harold Bloom, Stephen King, Stanley Kubrick e Jacques Derrida, a fim de coletar o que cada uma dessas figuras pensa disso. Para quem não conhece ou não liga para esses nomes, o trecho deve ser um tédio, mas quem sabe vagamente quem são vai dar umas boas risadas. No mais, dá-lhe listas e mais listas, menções a clássicos literários, da Bíblia e do Épico de Gilgamesh a Milton e Borges, citações de Derrida e Heidegger no original (que deixam Johnny possesso de raiva), etc. Eu entendo o leitor que possa não ter paciência para isso, mas não vejo como algo gratuito. Faz parte do projeto


Que trem sensacional!
Tradutor do livro das folhinhas disse:
Um caso que me marcou foi quando o Zampanò cita um crítico literário (John Hollander, autor de Rhyme’s Reason) que comenta um poema de Wordsworth com um erro de transcrição. Pior que o crítico existe, o livro existe e esse erro está lá de fato, mas Zampanò comenta as nuances de sentido que esse erro tipográfico introduz. E aí lá vou eu traduzir esse trecho não apenas com metro e rima, mas também com um erro tipográfico que pareça verossímil e faça sentido dentro do comentário. Tem também algumas frases que são acrósticos, em que a primeira letra de cada palavra ali forma uma outra frase e aí você tem que tentar escrever algo que faça sentido em português enquanto oculta essa outra mensagem. Nos Apêndices, tem toda uma carta que o Johnny recebe que opera com base nesse mecanismo, e aí deu trabalho, viu.


Aqui ele estava falando sobre as dificuldades que enfrentou para traduzir um livro tão peculiar.

Adorei o texto, e fiquei com mais vontade, ainda, de ler o livro. O que cês tão esperando pra comprarem o livro pra mim? Se a resposta for "ficarmos ricos", não respondam, que eu não quero saber de resposta impossível.​
 
minha passagem preferida do texto:

Tradutor é meio que nem ninja, né, geralmente só reparam na nossa presença quando a gente faz merda. E às vezes “merda” aqui significa apenas uma decisão da qual o leitor discorda. Podemos ter bons motivos para tomar uma certa decisão tradutória, mas se as pessoas já se sentem capacitadas para dar opinião sobre áreas muito mais técnicas, como medicina, por aí você calcula como é então na área de linguagem e literatura.
 

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