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Zygmunt Bauman

-Jorge-

mississippi queen
ZYGMUNT BAUMAN, sociólogo polonês, iniciou sua carreira na Universidade de Varsóvia, onde teve artigos e livros censurados e em 1968 foi afastado da universidade. Logo em seguida emigrou da Polônia, reconstruindo sua carreira no Canadá, Estados Unidos e Austrália, até chegar à Grã-Bretanha, onde em 1971 se tornou professor titular da Universidade de Leeds, cargo que ocupou por vinte anos. Responsável por uma prodigiosa produção intelectual, recebeu os prêmios Amalfi (em 1989, por sua obra Modernidade e Holocausto) e Adorno (em 1998, pelo conjunto de sua obra). Atualmente é professor emérito de sociologia das universidades de Leeds e Varsóvia.

Da página da editora.



Acho que muita gente conhece o Bauman, não? Segundo a Zahar, o livro dele mais vendido no Brasil é o "Amor Líquido", que, por acaso, não li. Alguém que tenha lido gostou?

Costumam reclamar por ele ter muitos livros, livros demais, que se torna repetitivo... E eu concordo, mas em partes. É fato que ele costuma usar os mesmos exemplos e até os mesmos trechos, mas uma parte da culpa pela quantidade excessiva de livros é da editora que publica qualquer coisa dele como livro na tentativa de achar um outro "Amor Líquido".
 
Eu li Vida Líquida. Ele sacode as montanhas de expectativas que assimilamos da sociedade e nos faz olhar sem óculos rosa a nossa realidade.
 
Li "Capitalismo parasitário" e achei mt bom. Uma escrita um tanto livre de jargões (ou que cria, mas explica, seus próprios) e deixa a gente com um frio na barriga. Não conheço mt sobre o tema, então fica difícil avaliar o quanto Bauman é original, ou mesmo relevante. A opinião que fica é a de que ele trata de temas profundos de maneira bem legível.
 
Ele é muito original no modo de descrever, deixa na gente a impressão de imagem líquida, de fragilidade e possibilidade de desintegração.

Penso que Walter Benjamin, foi um dos primeiros a me chocar com essa capacidade lúcida de olhar o mundo e descrever seu funcionamento. É dele também um pensamento que tem tudo a ver com o que Baumann analisa.

"Quando o homem perde a sua capacidade de narrar é porque sua experiência foi abalada." - Walter Benjamin em O Narrador

Tudo é tão rápido que passa por nós, não podemos afirmar que experimentamos, ou se foi uma experiência.
 
Tenho Globalização: As consequências humanas, dele. Ainda não me aprofundei na leitura, mas a ideia geral é muito boa. Não costumo gostar dos "anti-capitalistas extremos", pois estes raramente oferecem uma alternativa funcional, só apresentam os males óbvios do capitalismo exagerado, mas o Bauman sabe, aparentemente, tocar no problema. Outro que gosto muito nesse estilo é o Noam Chomsky, por causa dele abandonei o libertarianismo de direita e fui pra esquerda.
 
Ler Noam Chomsky fez eu me sentir com a alma lavada e enchaguada. O pessoal me acusava de ir contra a maré. Daí Chomsky que é linguista, filósofo e americano, fala com toda a clareza do que me revoltava. Felizmente ele existe.
 
Li Problemas do conhecimento e da liberdade e vi uma série de vídeos de palestras dele. Chomsky é um gênio, faz qualquer capitalista se envergonhar e pedir desculpas pelas suas atitudes.
 
Queria ser otimista como você. Parecem vacinados contra essa sensação. Agora ele é envolvente, faz as pessoas descobrirem que consciência existe, apesar de terem esquecido qual a sua utilidade.
 
Primeira vez que me chamam de otimista, nunca pensei que isso um dia fosse acontecer.

Realmente estão vacinados, pedem desculpas e até se arrependem, mas o dinheiro fala alto demais pra que eles parem.
 
Amor líquido é uma das coisas mais fantásticas que li e desde a semana passada estou relendo.
 
Encontrei na internet dois vídeos sobre o Bauman, muito interessantes para quem, assim como eu, gosta de conhecer as ideias de um autor antes de lê-lo.

http://www.youtube.com/watch?v=58MMs5j3TjA&feature=related - vídeo sobre a pós-modernidade de Bauman, com o filosofo brasileiro Luiz Felipe Pondé (acabei de comprar o Contra um mundo melhor dele, acho os artigos que ele escreve bem interessantes)

http://www.youtube.com/watch?v=OcPD1pLdkoQ&feature=related (esse com o próprio Bauman, falando sobre a situação da Europa atual)
 
"filosofo brasileiro Luiz Felipe Pondé - acabei de comprar o Contra um mundo melhor..."
Vou dar uma olhada.
 
Amor líquido é uma das coisas mais fantásticas que li e desde a semana passada estou relendo.
Os que mais gostei dele até agora foram Vida para consumo (primeiro que li dele), achei a mesma coisa que você do Amor líquido, e A arte da vida. Faz tempo que quero ler o Amor líquido. Mas estou tentando pegar alguma promoção (já que ele não para na biblioteca). Vou ver se leio esse ano.

Encontrei na internet dois vídeos sobre o Bauman, muito interessantes para quem, assim como eu, gosta de conhecer as ideias de um autor antes de lê-lo.

http://www.youtube.com/watch?v=58MMs5j3TjA&feature=related - vídeo sobre a pós-modernidade de Bauman, com o filosofo brasileiro Luiz Felipe Pondé (acabei de comprar o Contra um mundo melhor dele, acho os artigos que ele escreve bem interessantes)

http://www.youtube.com/watch?v=OcPD1pLdkoQ&feature=related (esse com o próprio Bauman, falando sobre a situação da Europa atual)
Achei a entrevista/palestra de Luiz Felipe Pondé confusa. Melhor ler o Bauman mesmo.

E quanto às entrevistas do próprio, sempre me decepciono um pouco com elas, sempre ficam um pouco aquém dos livros, não sei porque, mas diria que é a limitação de tempo.
 
Achei a entrevista/palestra de Luiz Felipe Pondé confusa. Melhor ler o Bauman mesmo.

E quanto às entrevistas do próprio, sempre me decepciono um pouco com elas, sempre ficam um pouco aquém dos livros, não sei porque, mas diria que é a limitação de tempo.

Na verdade sugeri os vídeos sem ter assistido por completo, só tive tempo de ve-los hoje no começo da tarde e ainda não consegui ver a entrevista do Bauman completa.
Mas o que foi confuso na palestra do Pondé? Concordo que é melhor ler os livros do Bauman ao invés de ouvir alguém falando sobre, só queria saber o que você achou confuso mesmo.
Quanto as entrevistas, alguns autores simplesmente não conseguem expor suas ideias falando com a mesma eloquência ou de forma atraente como que por escrito, talvez seja esse o caso. O próprio Chomsky é conhecido por isso.
 
Acho que principalmente a mistura que ele fez e a falta de critérios em algumas coisas como os temas (não diria que o que ele escolhe são os mais importantes) que trata ou a má escolha dos exemplos.

Ele começa fazendo algumas considerações sobre o ser humano (que não acho que se encontre em Bauman), dá um exemplo meio absurdo de macacos, passa a falar de pós-modernidade e Lyotard, volta a Modernidade, fala de Holocausto, enfim para quem não conhece Bauman a passagem entre os temas fica meio desconexa. Talvez porque a palestra é levada como uma conversa, faltaram critérios para definir o que era mais e menos importante sobre o tema, Modernidade x Pós-modernidade.

Já a entrevista do Bauman é uma introdução melhor ao próprio =P
 
Ah, entendi o que você quis dizer, concordo. Não é um vídeo introdutório ao trabalho de Bauman realmente. Além de assustar qualquer um que não conheça o estilo do Pondé(filosofia pessimista quase cioraniana somada a metáforas envolvendo o ser humano primitivo, que nada tem a ver com a sociologia de Bauman, tudo isso com uma informalidade excessiva e cheia de "tipos", o que me irrita profundamente). Só discordo quanto a parte do holocausto, pois é uma simplificação do livro Modernidade e Holocausto do Bauman, como ele mesmo aponta no vídeo. Embora não tenha lido o livro e não garanta que ele está certo nas suas observações.
Eu acho que o objetivo da palestra foi relacionar mesmo as ideias de um com as do outro e não explicar nada.
 

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