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Zodíaco (Zodiac, 2007)

Sua nota para o filme:


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    10
Não cheguei a realmente pensar que o filme defende as idéias de Graysmith, porque pessoalmente não saí do cinema acreditando que era Leigh o assassino - ao contrário do que o Tisf falou. Apesar de a história reconhecer a existência de fortes evidências, a informação no texto final de que testes de DNA não eram compatíveis com o Leigh foi crucial para pôr a conclusão em dúvida.

Então o filme falhou com você, porque ficou claro que o único motivo da cena final foi concordar com a posição do Graysmith, e assim, roubar o filme de todo o seu poder temático.

Confirmado ou não o assassino, o conceito e implicações da obsessão estão lá intactos.
A idéia fascinante que eu enxerguei (ou pensei ter enxergado) no filme é que, como eu já disse, o Graysmith se forçou a acreditar em algo porque não estava conseguindo lidar com irresolução. Para essa idéia ter força emocional, ela necessitaria de um final que sublinhasse a irresolução. O final atual faz o oposto: o seu único propósito é tentar convencer de que o Graysmith estava realmente certo.

Gostei do visual minimalista do post.

PS: Eu vou rever o filme daqui a 40 minutos.
 
Última edição:
Então o filme falhou com você, porque ficou claro que o único motivo da cena final foi concordar com a posição do Graysmith, e assim, roubar o filme de todo o seu poder temático.

Eu acho fantástico como você se apropria das intenções e/ou objetivos do filme. Concordo com o Ristow: o texto no final põe em dúvida todo o argumento que o filme (parece) construir.

A idéia fascinante que eu enxerguei (ou pensei ter enxergado) no filme é que, como eu já disse, o Graysmith se forçou a acreditar em algo porque não estava conseguindo lidar com irresolução. Para essa idéia ter força emocional, ela necessitaria de um final que sublinhasse a irresolução. O final atual faz o oposto: o seu único propósito é tentar convencer de que o Graysmith estava realmente certo.

Não. O final deixa tudo em aberto. Não para o Graysmith, mas como já foi dito, ele não precisou da identificação para ter certeza. Para o público, aquela informação do DNA deixa tudo no ar.
 
Eu acho fantástico como você se apropria das intenções e/ou objetivos do filme. Concordo com o Ristow: o texto no final põe em dúvida todo o argumento que o filme (parece) construir.

Eu acho fantástico como alguém pode se recusar a acreditar que o filme está tentando com todo o esforço deixar claro que o Leigh é o assassino. Depois da menção do DNA, eles não mencionam logo em seguida que a amostra de DNA era muito antiga, e que os investigadores não descartaram a possibilidade do Leigh ser o assassino por causa disso?

Não. O final deixa tudo em aberto. Não para o Graysmith, mas como já foi dito, ele não precisou da identificação para ter certeza. Para o público, aquela informação do DNA deixa tudo no ar.
Novamente, você teria que estar pensando com a mesma convicção cega do Graysmith pra achar que o texto final não está empurrando a idéia do Leigh como o assassino (mais ainda que a própria cena da identificação do Mageau, eu diria). Lembrando que uma dos últimos (ou o último, talvez) textos que aparecem na tela menciona o fato (ou "fato") de que as ligações anônimas para Graysmith pararam depois da morte de Leigh. Alou, alou, aqui é o Planeta Terra.

Minha mãe viu o filme e a primeira coisa que ela comentou comigo quando chegou em casa foi: "Eu sabia que aquele Leigh era um cafajeste".

E mesmo se o texto final incluísse um resumo do argumento (a favor da inocência do Leigh) do Jake Wark que eu postei nesse tópico - praticamente dizendo "O Leigh provavelmente não era o assassino!" - o final ainda me parece meio banal e uma má idéia, considerando que nenhum dos personagens principais aparece.

PS: O filme permanece um 68 pra mim, depois da segunda vez. Envolvente e bem construído, mas só. Faltou a tal da "alma".
 
Eu acho fantástico como alguém pode se recusar a acreditar que o filme está tentando com todo o esforço deixar claro que o Leigh é o assassino. Depois da menção do DNA, eles não mencionam logo em seguida que a amostra de DNA era muito antiga, e que os investigadores não descartaram a possibilidade do Leigh ser o assassino por causa disso?

Eu acho que não. O que eu me lembro é que alguns procuradores, mesmo com o resultado do DNA, recusaram-se a arquivar os processos, mas não lembro de ter um motivo explícito naquelas frases do final.

Novamente, você teria que estar pensando com a mesma convicção cega do Graysmith pra achar que o texto final não está empurrando a idéia do Leigh como o assassino (mais ainda que a própria cena da identificação do Mageau, eu diria). Lembrando que uma dos últimos (ou o último, talvez) textos que aparecem na tela menciona o fato (ou "fato") de que as ligações anônimas para Graysmith pararam depois da morte de Leigh. Alou, alou, aqui é o Planeta Terra.

Não. As frases no final do filme são dúbias. Diz que o Graysmith afirmava que as ligações pararam após a morte do Leigh. Ok, isso corrobora com a teoria de que ele era o assassino, mas o filme não assume isso como verdade.

Minha mãe viu o filme e a primeira coisa que ela comentou comigo quando chegou em casa foi: "Eu sabia que aquele Leigh era um cafajeste".

Eu ouvi pessoas reclamando que o filme não revela claramente a identidade do assassino.

E mesmo se o texto final incluísse um resumo do argumento (a favor da inocência do Leigh) do Jake Wark que eu postei nesse tópico - praticamente dizendo "O Leigh provavelmente não era o assassino!" - o final ainda me parece meio banal e uma má idéia, considerando que nenhum dos personagens principais aparece.

Isso é um argumento ruim. Finais só podem ser bons quando os personagens principais aparecem?

Parece que estamos discutindo se a Capitu traiu ou não. Por mais que você veja claramente que sim, ou que não, é inconclusivo.

O que me impressionou no seu post é a apropriação de um dos vários significados do filme, como se este fosse o único possível/plausível, quando há sempre uma multiplicidade destes.
 
Filme excelente.

Eu senti que o final dá a impressão de que o assassino é o Leigh. Afinal, o filme é baseado no livro do Graysmith e o Leigh é o principal suspeito dele. Mas a maneira como o final foi feito não permite que se tire essa conclusão.

E mesmo assim, no final não importa mais quem é o assassino. O que importa é que o Graysmith cumpriu a sua "missão": encontrou alguém que poderia ser o Zodíaco de acordo com as provas que existiam. Descobrir isso e olhar nos olhos do Leigh foram o bastante pra ele. Se ele acertou ou não, acho que nunca saberemos.

88
 
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Filme muito bom, mesmo. O que achei extremamente genial é que o Fincher, ao contrário do que acontece em filmes de seriais killers famosos, não explica o método e nem o motivo pelo qual o assassino age de tal forma (o que ele faz em Se7en). Essa armadilha é fácil, devido ao fascínio que as pessoas têm por essas figuras (vide a quantidade de filmes sobre Jack, o Estripador, ou ainda filmes baseados no Ed Gein que consistem basicamente nisso).

Então, só por ter conseguido desenvolver o filme por quase três horas sem cair na mesmice de fazer do Zodíaco um pop star, focando na vida dos policiais e dos repórteres, e das conseqüências das ameaçãs do Zodíaco na vida destas pessoas, já acho que valha a pena.

Melhor ainda é como o Fincher vai levando a história. Quem disse que não é tenso deve ter acordado num mau dia quando assistiu ao filme, não é possível. Em cenas como aquela da mulher na estrada...

...antes de o Zodíaco dizer que jogará a criança pela janela e então a matará, eu já estava de olhos arregalados.

Bom, muito bom. Sobre o final, concordo que dava para deixar o clima de incerteza mais evidente, por outro lado sou da opinião que, sendo baseado em uma obra do Graysmith, não era de se admirar que a coisa tendesse para isso...
 
Lukaz Drakon disse:
Não me deixou tenso, não me deixou intrigado. Só me deixou com vontade de ir embora. Muito lento e muito chato. Iria ser um filme muito foda se tivessem realmente focado na obsessão das pessoas em descobrir quem era o Zodiaco, mas ficou tudo muito superficial.
É. Senti basicamente isso.
Não expressei nenhuma emoção. E senti um pouco de sono perto da primeira meia-hora de filme. Depóis disso, foi tranquilo até o final.

Mas focaram muito na busca policial antes de partirem para a obsessão do Graysmith. Centrando o filme nele desde o começo, poderia deixar o enredo muito mais ágil, denso, tenso e interessante.

Eu não gostei. Achei um filme comum só. Bem dirigido e tals, mas com nada a acrescentar. Tipo, NADA.

Folco disse:
Eu acho fantástico como alguém pode se recusar a acreditar que o filme está tentando com todo o esforço deixar claro que o Leigh é o assassino
Também acho isso. Por mais que o texto final tente criar uma dúvida, o filme inteiro consegue incriminar o fulaninho.
 
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:think:
Zodiac

Direção: David Fincher

Elenco: Jake Gyllenhaal; Robert Downey Jr.; Gary Oldman; Mark Ruffalo; Anthony Edwards; Chloë Sevigny.

Lembram de Se7en? Pois então, David Fincher retorna aos filmes de serial killer e mostra a história da tentativa de dois jornalistas e um inspetor de capturar um assassino em série conhecido como "Zodiac", responsável por aterrorizar São Francisco por cerca de 25 anos.

A previsão de estréia é lá pelo fim de setembro nos Estados Unidos.
 
Dúvida:

o Graysmith encontrou mesmo o Allen trabalhando numa loja ou foi um detalhe "acrescentado" pelos roteiristas para o filme funcionar melhor? E, em caso afirmativo, ele sabia que o outro estava nesse local ou cruzaram-se por acaso? (Seria o acaso do século, mas bom...) É que pelo modo como a cena foi filmada parece que o Graysmith foi um pouco apanhado de surpresa (e acho estranho que o Leigh Allen não reconhecesse de imediato um cara com quem mantinha contacto telefónico regular, por assim dizer - mas talvez seja uma subtileza por parte do diretor, reforçando que não é tão certo assim que ele seja o culpado, embora tenha alguma dificuldade em aceitar isso porque essa posição - Leigh culpado, digo - é claramente defendida no filme; e não me parece que o Leigh estivesse fingindo que não sabia quem aquele sujeito era, porque ele nem esboça o mais leve sinal de, enfim, qualquer coisa quando vira as costas e vê o cara que tinha escrito um livro que o incriminava, e passados uns tempos parece aperceber-se - mas essa é a minha interpretação, pode estar errada, e, caramba, estou precisando ver o filme mais uma vez, e esse parênteses foi maior do que tinha planeado, desculpem).
 
Última edição:
Dúvida:

o Graysmith encontrou mesmo o Allen trabalhando numa loja ou foi um detalhe "acrescentado" pelos roteiristas para o filme funcionar melhor? E, em caso afirmativo, ele sabia que o outro estava nesse local ou cruzaram-se por acaso? (Seria o acaso do século, mas bom...) É que pelo modo como a cena foi filmada parece que o Graysmith foi um pouco apanhado de surpresa (e acho estranho que o Leigh Allen não reconhecesse de imediato um cara com quem mantinha contacto telefónico regular, por assim dizer - mas talvez seja uma subtileza por parte do diretor, reforçando que não é tão certo assim que ele seja o culpado, embora tenha alguma dificuldade em aceitar isso porque essa posição - Leigh culpado, digo - é claramente defendida no filme; e não me parece que o Leigh estivesse fingindo que não sabia quem aquele sujeito era, porque ele nem esboça o mais leve sinal de, enfim, qualquer coisa quando vira as costas e vê o cara que tinha escrito um livro que o incriminava, e passados uns tempos parece aperceber-se - mas essa é a minha interpretação, pode estar errada, e, caramba, estou precisando ver o filme mais uma vez, e esse parênteses foi maior do que tinha planeado, desculpem).

Essa cena tem gerado polêmicas aqui (e no blog do MdA, não por coincidência). Imagino que ela conste do livro do Graysmith sim (foi em cima desse livro que o filme foi feito). Pro pessoal aqui, a cena teria supostamente contaminado o mistério insolucionado do filme, tornando-o tendencioso para o lado de "Allen culpado!": Graysmith disse que não sossegaria até olhar o Zodíaco nos olhos e saber que é ele, sendo que o filme termina na loja com ele olhando Allen nos olhos, e logo em seguida o rapaz do começo do filme olha a foto do Allen e diz ter nele reconhecido o serial killer depois de anos. A adaptação do Fincher então deixou de ser um thriller sobre investigadores obsecados e frustrados, e deu a entender que Allen = Zodíaco mesmo? Claro que não. MdA pensa isso, mas qualquer pessoa sai do cinema sem o menor senso de conclusão do mistério, ainda mais com os letreiros finais falando em Allen em plena liberdade e incompatibilidade de DNA. A forma como vc leu a cena da loja sugere justamente que o Allen não seja culpado. O que aconteceu na loja foi um encontro casual e súbito, de surpresa sim. Adorei como vc fez parecer que só o Graysmith levou o susto, enquanto pro Allen o encontro não significava nada, afinal ele não seria necessariamente o assassino.
 

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