Anica
Usuário
[align=justify]Diz a lenda que Voltaire era um sujeito de humor para lá de ácido, que criticava autoritarismos, fanatismos religiosos entre outros. Por mais irônico que pareça (e a vida dele foi toda muito irônica), por mais problema que ele causasse para os governantes da época, contam que houve uma vez que uma figurinha carimbada da França ficou revoltada com algo que ele escreveu e mandou um bando de fortões bater no filósofo. Mas a essa ordem, acrescentou: só não batam na cabeça, pode sair algo de bom dela ainda.
E saíram, várias. Para quem já leu Cândido (ou o Otimismo), o livro dele que é mais fácil de encontrar por aqui, sabe do que estou falando. Mas é sobre Zadig (ou o Destino) que quero falar. Tem uma estrutura muito parecida com a de Cândido, ou seja: cada capítulo narra alguma aventura (ou desventura?) da personagem título.
O que torna Zadig tão delicioso são as diversas críticas sociais contadas do jeito mais irônico possível. É como se pode ver já no início, quando o autor descreve a personagem:
Vale lembrar que é um humor sutil, cheio de referências sociais. Mas é um jeito fantástico de se falar sobre a natureza humana, acreditem. Em alguns momentos pode soar até meio ingênuo, mas não dá para esquecer que esse livro foi escrito em 1747. O que chega a ser até um pouco incômodo pensar como ele pode ser tão atual.
Se eu não me engano tem uma edição recente de Zadig que saiu pela Martins Fontes que nem é muito cara. O tipo de livro que vale a pena ler.[/align]
E saíram, várias. Para quem já leu Cândido (ou o Otimismo), o livro dele que é mais fácil de encontrar por aqui, sabe do que estou falando. Mas é sobre Zadig (ou o Destino) que quero falar. Tem uma estrutura muito parecida com a de Cândido, ou seja: cada capítulo narra alguma aventura (ou desventura?) da personagem título.
O que torna Zadig tão delicioso são as diversas críticas sociais contadas do jeito mais irônico possível. É como se pode ver já no início, quando o autor descreve a personagem:
"(...)Instruído na ciência dos antigos caldeus, não ignorava os princípios físicos da natureza tal como então era conhecidos e sabia da metafísica o que sempre se soube através dos tempos, isto é, pouco ou nada."
Vale lembrar que é um humor sutil, cheio de referências sociais. Mas é um jeito fantástico de se falar sobre a natureza humana, acreditem. Em alguns momentos pode soar até meio ingênuo, mas não dá para esquecer que esse livro foi escrito em 1747. O que chega a ser até um pouco incômodo pensar como ele pode ser tão atual.
Se eu não me engano tem uma edição recente de Zadig que saiu pela Martins Fontes que nem é muito cara. O tipo de livro que vale a pena ler.[/align]