Meu único porém em relação às autoras de yaoi/yuri é a maneira como se limitam ao estilo. É notável como as mangakas fãs do gênero não se abstêm em nenhum momento de colocar um casalzinho explicitamente gay na história.
Sim, gays existem e é natural que sejam retratados em histórias como um casal hetero qualquer. Mas a maneira como tais profissionais são absorvidas pelo yaoi é ridícula.
Existem maneiras e maneiras de se escrever sobre romance. Há romance nas obras de Tolkien por exemplo, mas estes não conduzem a história. Há romances em muitos shojos, mas esse é o objetivo deles. O caso é que o yaoi produzidos pelas autoras em questão é capaz de desvirtuar qualquer roteiro.
Foi o que aconteceu com X, por exemplo. Era pra ser a história do fim do mundo, mas virou um romance gay no estilo daqueles livrinhos de banca de jornal. E as autoras não conseguiram evitar de dar atenção a um relacionamento gay nem quando tentaram escrever para crianças.
Isso é um exemplo, no caso um dos mais conhecidos, mas vejo isso em anônimos também. Todas as garotas fãs de yaoi que conheci não conseguiam escrever uma única história que fosse sobre qualquer outra coisa no mundo que não o relacionamento entre dois caras.
Há muito o que se escrever, o que se contar. Imagine se todos os filmes do mundo fossem sobre romances, só porque os autores não conseguem viver sem a perspectiva de um(!). Tal limitação é incompreensível, pois um profissional que se preze não deve se deter a um único assunto. Mas as autores de que falo, elas se escravizam, colocam suas vontades em detrimento da história.
Imagine se os autores dessem vazão aos seus próprios desejos sempre que escrevessem algo. Não haveria foco, apenas fan-service.