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Terminou empatado o Campeonato Mundial de Xadrez Homem-Máquina!
Pois é! Garry Kasparov ganhou uma, o computador X3d Fritz outra, e duas partidas terminaram empatadas. No site da competição dá pra acompanhar todos os lances, bem como os comentários dos mestres enxadristas. Estou fazendo um resumão das informações do site, pra quem gosta do assunto:
É muito interessante observar como Kasparov, e provavelmente todas os mestres que jogam contra computadores se comportam numa competição dessas: o computador é extremamente rápido para fazer cálculos, e tem uma memória *praticamente* ilimitada. Porém está preso à regras definidas por humanos, e aí está provavelmente sua maior fraqueza.
Além disso, um mestre faz cada lance pensando em 10, 20 ou mais movimentos à frente, enquanto o computador, por exemplo o Fritz, só analisa no máximo 20 "meias jogadas", o que equivale a 10 lances à frente. E ele faz essa análise a cada lance do oponente, então uma jogada boa agora pode não *parecer* boa no lance seguinte. Isso faz com que o computador não siga um caminho ou uma mesma estratégia durante o jogo todo.
Deixa eu explicar como funciona um jogador como o Fritz: No início do jogo o computador usa suas bibliotecas de abertura, que são compilações com os primeiros movimentos de milhares de jogos. De acordo com as peças que o adversário move, no caso do computador iniciar com as pretas, ele tenta descobrir qual abertura está sendo usada, e trata de se preparar. Se o computador inicia com as brancas, a equipe de controle (humanos) escolhe algumas saídas antecipadamente, de acordo com o oponente na partida.
Ele fica nesse modo enquanto o livro de abertura estiver funcionando, quando os lances não batem, o computador passa para o modo de análise, quando começa a testar as possibilidades de lances, e daí em diante ninguém sabe como termina.
O computador só perde quando tenta pensar... E isso ocorre no modo de análise! Por isso, quanto mais rápido o computador entrar nesse modo, mais fácil será ganhar dele. Por isso o mestre faz vários lances "estranhos", ou muda a ordem dos lances na abertura, confundindo o computador e fazendo ele começar as análises.
Além disso, os computadores têm algumas manias: sempre querem estar atacando alguma peça, querem controlar as casas do meio do tabuleiro *não importa o custo*, e não movem os peões que estiverem à frente do rei de maneira alguma... Pelo menos o Fritz é assim.
Um detalhe nessa competição é que não havia tabuleiro real! Kasparov jogava com um óculos de realidade virtual e via nele o tabuleiro tridimensional. Ele então falava o lance escolhido, e um sistema de reconhecimento de voz executava...
Então seria isso, os computadores jogadores continuam melhorando, mas os mestres enxadristas continuam sempre alguns passos à frente... Dá-lhe Garry Kasparov!!!
Pois é! Garry Kasparov ganhou uma, o computador X3d Fritz outra, e duas partidas terminaram empatadas. No site da competição dá pra acompanhar todos os lances, bem como os comentários dos mestres enxadristas. Estou fazendo um resumão das informações do site, pra quem gosta do assunto:
É muito interessante observar como Kasparov, e provavelmente todas os mestres que jogam contra computadores se comportam numa competição dessas: o computador é extremamente rápido para fazer cálculos, e tem uma memória *praticamente* ilimitada. Porém está preso à regras definidas por humanos, e aí está provavelmente sua maior fraqueza.
Além disso, um mestre faz cada lance pensando em 10, 20 ou mais movimentos à frente, enquanto o computador, por exemplo o Fritz, só analisa no máximo 20 "meias jogadas", o que equivale a 10 lances à frente. E ele faz essa análise a cada lance do oponente, então uma jogada boa agora pode não *parecer* boa no lance seguinte. Isso faz com que o computador não siga um caminho ou uma mesma estratégia durante o jogo todo.
Deixa eu explicar como funciona um jogador como o Fritz: No início do jogo o computador usa suas bibliotecas de abertura, que são compilações com os primeiros movimentos de milhares de jogos. De acordo com as peças que o adversário move, no caso do computador iniciar com as pretas, ele tenta descobrir qual abertura está sendo usada, e trata de se preparar. Se o computador inicia com as brancas, a equipe de controle (humanos) escolhe algumas saídas antecipadamente, de acordo com o oponente na partida.
Ele fica nesse modo enquanto o livro de abertura estiver funcionando, quando os lances não batem, o computador passa para o modo de análise, quando começa a testar as possibilidades de lances, e daí em diante ninguém sabe como termina.
O computador só perde quando tenta pensar... E isso ocorre no modo de análise! Por isso, quanto mais rápido o computador entrar nesse modo, mais fácil será ganhar dele. Por isso o mestre faz vários lances "estranhos", ou muda a ordem dos lances na abertura, confundindo o computador e fazendo ele começar as análises.
Além disso, os computadores têm algumas manias: sempre querem estar atacando alguma peça, querem controlar as casas do meio do tabuleiro *não importa o custo*, e não movem os peões que estiverem à frente do rei de maneira alguma... Pelo menos o Fritz é assim.
Um detalhe nessa competição é que não havia tabuleiro real! Kasparov jogava com um óculos de realidade virtual e via nele o tabuleiro tridimensional. Ele então falava o lance escolhido, e um sistema de reconhecimento de voz executava...
Então seria isso, os computadores jogadores continuam melhorando, mas os mestres enxadristas continuam sempre alguns passos à frente... Dá-lhe Garry Kasparov!!!