Ainda não decidi sobre o filme. Visualmente é atraente mas me deixou morno porque a edição do trailer no cinema perdia chances importantes. Para fazer uma comparação com outro título contendo elementos de fantasia recente a aparência do filme de WarCraft realmente tem melhor cuidado nas imagens que produções como, por exemplo, o novo episódio (2016) do animê Berserk (que sofre de movimentos duros e cores chapadas esperando compensar com a história num reflexo da quantidade de dinheiro também, mas não só isso), o que não é muito difícil de se fazer em se tratando de orçamento para cinema.
Pessoalmente, da primeira vez que tive contato com a franquia do jogo foi nos anos 90s com os cds para PC. Nós tínhamos um tipo de clube de computação ou algo assim, tínhamos até uma mascote que ficava num aquário aonde criávamos aranhas grandes de jardim (simbolicamente, aranhas=>redes/teias=>PCs)
De lá para cá conheci outros jogos e só voltei a comprar algo da franquia com os quadrinhos estilo mangá lançados nas bancas (que não curti porque achei rasa).
A mim pareceu que o filme mirava estabelecer universo próprio, nos passos de Avatar.
Creio que nesse caso se for analisar sob a ótica de obras com conexão de identidade forte ao nosso mundo tipo Tolkien, CS Lewis, escritores derivados como Marion Zimmer Bradley, desenhos populares como He-Man/She-Ra, ou animês tipo Hack//Sign há essa preocupação no roteiro que precisa prever que só o produto/campanha pode não ser suficiente para a audiência curtir.
No caso de Avatar, por exemplo, a penetração alcançou outros círculos que não o da animação por computador como as pessoas que curtem Ecologia. Então em Warcraft o caminho poderia ter sido o mesmo.
Se a obra fosse gravada nos anos 80s haveria diferenças importantes além da pouca presença de efeitos de computadores. E poderia sair algo mais variado e mais próximo de um "Conan" ou talvez um híbrido (dois universos em choque) de Sci-Fi com fantasia para criar conexão com as pessoas. Porque o meio de RPG tem histórias pessoais de jogadores que podem valer ir para a tela também e sairia algo alucinado tipo o jogador em lan house numa Ásia ou Eua da vida sendo lançado diretamente no conflito de outro mundo ou algo assim.
De certo aproveitar a força do nicho para lançar um universo próprio para o público geral tem desse tipo de risco. Espero me decidir se o filme é um experimento do diretor, se é um divertimento apenas para iniciados ou se é um filme para todos quando for possível. No momento não tenho pressa.