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Autor da Semana Walter Scott


Retrato de sir Walter Scott de 1822, pintado por sir Henry Raeburn


Foi o criador do verdadeiro romance histórico.

É certo que, pouco antes dele, alguns autores, entre os quais Maria Edgeworth com o seu curioso Castelo de Rackrent, tinham procurado dar uma feição definitiva a essa modalidade literária, mas o público e a crítica não compreenderam a intenção.

Sir Walter Scott



Walter Scott era filho de um advogado e de Anne Rutherford, filha de um médico e professor universitário.
Descendente de famílias famosas da fronteira escocesa, Scott nasceu em 1771, em Edimburgo, onde frequentou o liceu e a universidade. A sua ascendência atraiu-o desde a infância para a história dos clãs fronteiriços da Escócia, que conheceu através das suas lendas e baladas.

A infância de Scott foi ainda marcada pela poliomielite,e por isso fora levado à fazenda de seu avô, aos dois anos de idade, saindo de sua Edimburgo . Seis anos depois já conseguia até correr, porém sempre sofreu as consequências dessa deficiência. Volta à terra natal e apesar de não ser brilhante nos estudos, destaca-se entre os colegas, resenhando os diversos gêneros literários que lia avidamente.

O seu gosto romântico pelo passado foi estimulado pela leitura e tradução dos poetas alemães seus contemporâneos, particularmente Bürger e Goethe.
Seu pai destinou-lhe a carreira de Direito, mas ele depressa a trocou pelos entusiasmos da literatura e pela adoração das antiguidades.
Forma-se em Direito por ordem do pai, e praticou advocacia entre 1792 e 1806 e em 1808 foi nomeado funcionário da Coroa em Selkirkshire, cargo que nunca abandonou.

A sua oportunidade para dedicar-se à literatura surge após obter esse cargo de delegado no pacífico condado de Selkirk. Inicia aí sua carreira literária com uma tradução para o inglês do poema Lenore de Bürger e o drama Goetz Von Berlichingen de Goethe.
Como advogado, fascina-se fantasiando histórias em torno das figuras dos clientes que o procuram, além de aproveitar os novos rendimentos para comprar novos romances e livros de poesias.

Algum tempo após casa-se com uma jovem francesa, refugiada na Escócia após a Revolução Francesa.
Estreou nas letras com poesia narrativa de temas escoceses, com que alcançou grande popularidade.
Em 1797 foram publicadas algumas das suas baladas, compostas a partir do modelo das baladas e narrativas de raiz popular da tradição escocesa, que recuperou, tornando-se conhecido e apreciado.

Aos vinte e dois anos, Walter Scott era já considerado o primeiro poeta nacional.

O gosto de Scott pelo passado da Escócia e o seu interesse pela Idade Média, refletido no romance gótico, levaram-no a colaborar com “Monk” Lewis (Matthew Gregory Lewis) na composição das Tales of Wonder em 1801. A coletânea de baladas Ministrelsy of the Scottish Border, uma das suas obras mais relevantes, foi publicada em 3 volumes entre 1802 (vols.1 e 2) e 1803 (vol.3).

A fama do autor estabeleceu-se definitivamente com a publicação do poema The Lay of the Last Minstrel em 1805, a que se seguiram Marmion (1808) e The Lady of the Lake (1810). Scott tornou-se deste modo o escritor mais popular do seu tempo.

Entre as suas diversas atividades destacam-se a colaboração com o periódico Edinburgh Review e a participação na fundação da revista Tory Quarterly em 1809.
A recepção menos calorosa a Rokeby (1811), Lord of the Isles (1815) e Harold the Dauntless (1817) foi determinante na orientação da sua carreira no sentido do romance histórico, a que se dedicou a partir de 1815.

Ao deparar-se com um livro de Lord Byron
:grinlove:, percebe a superioridade da obra deste e decide dedicar-se à prosa, mais precisamente ao romance histórico.

E, de fato, passados tempos, estreava-se como romancista, apresentando anonimamente um volume intitulado Waverley, no qual relatava o levantamento jacobita de 1745 e dava largas aos conhecimentos que adquirira durante longas pesquisas. O livro foi coroado do mais absoluto sucesso.

Waverley é o primeiro exemplo, de uma obra complexa, recheada de intrigas, batalhas, fugas, traições e aventuras de toda sorte. E o que diferencia sua obra é que o fundo histórico é real e a trama ficcional.
Publica outros romances de sucesso, porém permaneceu incógnito, como escritor por doze anos, o que aumentava o fascínio do público por seus livros. Ao refugiar-se no passado medieval da Inglaterra do século XII e estabelecendo relações entre o historicamente verdadeiro e o imaginário verossímil da época traz à luz o auge de sua fama: Ivanhoe, (1820) aventuras fictícias, porém de cenário real como templários, preconceitos anti-semitas, castelos. Suas obras foram traduzidas para várias línguas e no mesmo ano da publicação desse romance tornou-se barão.

Possuidor de uma energia inesgotável, ele escreveu sem descanso, oferecendo-nos obra sobre obra.
Foi como criador do romance histórico que Scott definiu a sua reputação e estabeleceu a sua influência posterior na literatura européia. Com os rendimentos provenientes da escrita, Scott mandou construir um gigantesco castelo em Abbotsford, na fronteira escocesa, em 1811.

Os negócios editoriais em que Scott se envolveu com James Ballantyne resultaram em sucessivas dívidas e culminaram, com o envolvimento de Archibald Constable.
As dificuldades econômicas posteriores e a determinação de Scott em pagar todas as suas dívidas motivaram a extensa produção literária que caracteriza os últimos anos da sua vida.

Os seus romances mais conhecidos foram escritos a partir de 1814: Waverly (1814), Guy Mannering (1815),The Antiquary (1816), Old Mortality (1816), Rob Roy (1817), The Heart of Midlothian (1818), The Bride ofLammermoor e The Legend of Montrose (1819).
Todas estas obras se inspiram em episódios das lutas religiosas e dinásticas que marcaram a história da Escócia nos séculos XVII e XVIII. A partir de 1819 Scott intensificou o seu ritmo de escrita em virtude do agravamento da sua situação econômica.

Datam desse período as seguintes obras: Ivanhoe (1820), The Monastery e The Abbot (1820), Kenilworth (1821),Quentin Durward (1823), St. Ronan’s Well (1823) e The Talisman (1825).

O infortúnio bate à sua porta no ano de 1826 e perde sua esposa, seu filho caçula, e seus editores vão à falência, tendo o escritor considerável participação nessa empresa. Escreve uma biografia de Napoleão, mal acolhida e uma série de contos.
Então revela-se autor de Waverley, publica dois volumes da História da Escócia e em dois anos paga parte de suas dívidas.
Apesar de doente, e enfraquecido, continua sua atividade de escritor, a última fase da carreira de Scott inicia-se com Woodstock (1826) e The Fair Maid of Perth (1828), e termina com Castle Dangerous e Count Robert of Paris (1832).

Sofre duas apoplexias e em 21 de setembro de 1832 falece.

Obras selecionadas:

The Minstrelsy of the Scottish Border 1802-1803
The Lay of the Last Minstrel 1805
Marmion 1808
The Lady of the Lake 1810
Waverley 1814
The Antiquary 1816
The Heart of Midlothian 1818
Rob Roy 1818
Ivanhoe 1819
The Abbot 1820
The Fortunes of Nigel 1822
Peveril of the Peak 1822
The Pirate 1822
Quentin Durward 1823
Redgauntlet 1824
St. Ronan’s Well 1824
Woodstock 1826
The Life of Napoleon Buonaparte 1827
Anne of Geierstein 1829
History of Scotland, 2 vols. 1829-1830
The Bishop of Tyre


A obra de Walter Scott está intimamente associada à afirmação da história e dos interesses da Escócia, cuja sociedade retratou através da ação individual dos seus membros num contexto definido com pormenor.

Na literatura portuguesa a influência de Scott é detectável em Alexandre Herculano e Almeida Garrett (particularmente em O Arco de Santana).

Fontes:


http://www.infopedia.pt/$walter-scott
http://pt.wikipedia.org/wiki/Walter_Scott
http://www.infoescola.com/biografias/walter-scott/
 
Só para acrescentar, o mencionado romance The Bride of Lammermoor serviu de base para o enredo da ópera Lucia de Lamermoor de Gaetano Donizetti, que para mim é uma das melhores óperas de todos os tempos.
 
Só uma coincidência, ele morreu no dia do meu nascimento.

Dele só li Ivanhoe e é muito bom, mas eu era jovem e inocente e não me recordo direito do livro, depois eu lerei novamente.

Os livros dele inspiraram muitos filmes de aventura nos anos 50. Tem uma versão de Ivanhoé clássica (1952), com a Liz Taylor no papela da judia Rebeca e outra mais moderna que virou minissérie (1982) no tempo em que a Rede Plim Plim passava coisas que prestavam ( antes de vc nascer Morfs) que o papel foi feito pela Olivia Hussei (aquela que foi Julieta tb) e com Sam Neill (novinhoooo) no papel de Brian de Bois-Guilbert .
 

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