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Você escreve como quem?

Clara

Perplecta
Usuário Premium
O colunista da revista Veja, Sergio Rodrigues, descobriu o site I Write Like, que diz com o de qual autor o seu estilo de escrita se parece.

Eu escrevo como Lovecraft?

Não, eu não creio que escreva como Lovecraft. Mas é o que garante o certificado acima, oficial e conquistado em jogo limpo com a ferramenta I Write Like (Eu Escrevo Como), a mais nova brincadeira a levantar marolas no pântano da web literária.

“Confira ao de que escritor famoso seu modo de escrever se assemelha com essa ferramenta de análise estatística, que leva em conta sua escolha vocabular e seu estilo e os compara aos dos autores famosos”, diz a página inicial. Abaixo desses dizeres cola-se um bloco de texto, aperta-se um botão e…

Bobagem? Claro que é. Mas uma bobagem divertida e intrigante. Com certeza vai me obrigar a reler o velho Howard Phillips Lovecraft (1890-1937) para conferir se existe mesmo algum sentido na “análise estatística” que encontrou semelhanças entre meu estilo e o do mestre americano do fantástico e do horror.

Quem quiser brincar deve levar em conta que a ferramenta, infelizmente, só aceita textos em inglês – usei um trecho da tradução de meu conto “O homem que matou o escritor” (The man who killed the writer), publicado na revista eletrônica “Words Without Borders”.

No mais, boa diversão!
 
O site diz que meu estilo se parece com o do Cory Doctorow:

cory-doctorow.jpg
 
acho complicado chegar uma análise precisa da semelhança do estilo de um escritor com a de outro somente comparando um único texto, quem dirá de apenas um trecho.

só pra testar, fiz o teste com 3 diferentes textos meus e o resultado? 3 escritores diferentes! ou seja, dependendo do texto, vc pode soar mais similar com um escritor ou com outro, mas ainda estará longe de se dizer q escrevo igual a certa pessoa sempre.
 
Haha, o meu deu James Joyce.

O texto foi esse: "Naquela manhã a menina levantou cedo, como sempre fazia, esquentou na leiteira o leite que o patrão tirava da sua vaca e mandava um moleque deixar na soleira da porta do casarão todo sábado, tomando conta para que não derramasse quando fervesse, comeu a penúltima fatia de pão bolorento que tinha em casa, guardando a última para o caso da mãe, que hoje em dia se alimentava do próprio corpo, decidisse mudar a dieta, separou um pedaço bem pequeno de carne, também fornecida pelo patrão aos sábados, que estava em bom estado, misturou com os restos do jantar da noite retrasada que ainda não tinha sido todo comido, arroz com cenoura, e colocou na tigela do cachorro que não era dela mas ela alimentava porque o bicho estava prestes a morrer de tão magro e sarnento e de dar dó. Levou a tigela para o lado de fora da casa grande e velha e a acomodou próxima à porta dos fundos, no meio da terra fofa e preta, ao lado de um cano. Pegou a pá e foi enterrar o pai, como fazia todas as manhãs desde dois anos atrás quando o velho morreu, porque o cadáver teimava em não ficar sob o solo e toda manhã ele estava emerso entre a terra remexida, para ela ter que enterrá-lo de novo, o que ela fazia sem reclamações nos dias de hoje embora nas primeiras semanas logo após a morte ela o fizesse com enorme desespero e nas semanas seguintes ela apenas se sentisse muito cansada."
 
Gente, será que os resultados na verdade são randômicos? :think:

Alguém tenta por o mesmo texto duas para ver no que dá.
 
É divertido sim., devo concordar. E a doce ilusão que escrevemos no estilo de um ou outro icone da literatura é, sem dúvida, um ótimo motivo a se vangloriar com os amigos ( como aliiás, já fiz ).

Um texto meu foi, segundo o site, bem no estilo de James Joyce ( vejam só!). Postei ele duas vezes e o resultado foi o mesmo. De fato, sou uma alma gêmea de James ( nós, os intimos, chamamos ele apenas de James).

Postei um outro texto e, para tristeza de James, o resultado foi que eu escrevia como Stephen King (isso me garantiria menos brilho, mas mais dinheiro).

Tive o cuidado de traduzir o texto para o inglês antes. Nem sei se era necessário, mas pareceu coerente. Como disseram antes, se não é uma ferramenta muito confiável, é muito divertida.
 
O MEU DEU JAMES JOYCE.....AINDA NÃO SEI SE ISSO É BOM OU RUIM POIS EU SOU PARTE DO GRUPO DE PECADORES QUE NUNCA LERAM UM LIVRO DELE....MEA CULPA...
 
IHEHAEAEHIA, genial essa da Meyer. Sem falar na do Bukowski. :rofl:
Pus um texto em português mesmo e deu William Shakespeare. Em todas as vezes que tentei.

Depois coloquei: "fuck fuck fuck drink sex alcohol vodka fuck fuck fuck" e deu Chuck Palahniuk. Até que fez sentido.
 

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