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Você é a favor das Malvinas ou Falklands?

As ilhas devem ficar sob o controle da:

  • Argentina

    Votos: 18 41,9%
  • Grã-Bretanha

    Votos: 25 58,1%

  • Total de votantes
    43
Mas pra acontecer com a Guiana Francesa o mesmo que aconteceu um dia com o atual estado do Acre (que antes fazia parte da Bolivia), acredito que será preciso uma "invasão" brasileira bem mais consistente, pois a França não entregaria aquele território de mão beijada tão fácil assim não.

Na verdade imaginava que 1) houvesse o abandono da Guiana pelos franceses, e então 2) os brasileiros invadiriam. Foi bom ter lembrado do exemplo do Acre.

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Conquistar a Guiana Francesa? Viramos acumuladores compulsivos de territórios? Nem conseguimos cuidar direito do que é nosso...

Nem a Argentina, pelo visto... :lol:
 
Na verdade imaginava que 1) houvesse o abandono da Guiana pelos franceses, e então 2) os brasileiros invadiriam. Foi bom ter lembrado do exemplo do Acre.

Entre as suas hipóteses a n°2 já acontece basicamente pelo garimpo clandestino atravessando a selva, já que não há como vigiar os mais de 700Km de fronteira que o Brasil tem esse território e a Guiana Francesa tem ouro.

Na teoria não seria difícil acontecer uma invasão de assentamentos brasileiros como no Acre porque a Guiana Francesa tem pouco mais de 200 mil hab, sendo 1/3 deles na Capital Caiena e redondezas e a imensa maioria da população mora numa estreita faixa da costa litorânea, ficando o interior bastante despovoado. Isso mesmo, o interior da Guiana Francesa é tão despovoado quanto a Groelândia!

É justamente esse interior que lembra muito o que foi o Acre no século XIX em que a Bolivia não deu a mínima por essa região e aí muitos seringueiros daqui migraram em massa pra lá. Quando caiu a ficha aquilo tudo já tava dominado. :lol: Acho que só não rolou uma guerra com a Bolivia porque antes eles já haviam tomado uma surra feia do Chile e Peru em que eles perderam a única saida que tinham pro mar porque se ousassem fazer isso com o Brasil levariam pau de novo.
 
Parece que a discussão sobre as Malvinas (ou Falklands) mudou para a Guiana Francesa. O que penso e já falei anteriormente é que acho errado um país europeu dominar um território em outro continente, seja na América, Ásia ou África.
 
Parece que a discussão sobre as Malvinas (ou Falklands) mudou para a Guiana Francesa. O que penso e já falei anteriormente é que acho errado um país europeu dominar um território em outro continente, seja na América, Ásia ou África.

Só que em pleno século XXI não vemos tantos movimentos de emancipação nesses últimos redutos de colonização europeus como em outros tempos. Até ocorre o contrário, um certo comodismo já que desfrutam da possibilidade de usar uma moeda forte e no caso das Malvinas sua população goza de excelente renda per capita.

Além das Ilhas Malvinas e Guiana Francesa cuja maioria da população se sente satisfeita com a atual situação podemos incluir também Porto Rico que até poderia ter se tornado uma nação independente, mas num referendo recente a maioria da população defendeu nas urnas preferir ser um estado associado aos EUA.
 
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Só que em pleno século XXI não vemos tantos movimentos de emancipação nesses últimos redutos de colonização europeus como em outros tempos. Até ocorre o contrário, um certo comodismo já que desfrutam da possibilidade de usar uma moeda forte e no caso das Malvinas sua população goza de excelente renda per capita.

Pois é, não adianta ficar apelando pra um pretenso "orgulho nacionalista" - pra mim isso é bobagem pois, como diria Patton, "nenhuma guerra é ganha morrendo pela pátria, mas fazendo com que o outro cara morra pela dele" -, já que eles estão bem como estão (de acordo com eles, claro).
 
Reino Unido divulga ilhas Malvinas em programa para brasileiros

Um programa do Reino Unido seleciona brasileiros para conhecer as ilhas Malvinas –ou ilhas Falkland, como as chamam os britânicos. Mais de 20 brasileiros já fizeram a viagem, entre eles um deputado federal, servidores do Congresso Nacional, jornalistas e acadêmicos.

O programa não se restringe a brasileiros, incluindo personalidades de outros países latino-americanos, como Chile, Uruguai e Paraguai.

A intenção, diz o embaixador britânico no Brasil, Alex Ellis, é aproximar as ilhas dos países da região e aumentar o conhecimento sobre a realidade local, e não promover a tese da soberania britânica ou fustigar a Argentina.



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Deputado Celso Maldaner (PMDB-SC) com pinguins em visita às Malvinas a convite do Reino Unido

Território britânico desde o século 19, as Malvinas são reivindicadas pela Argentina, que foi derrotada em guerra em 1982. Em 2013, os habitantes das ilhas votaram quase unanimemente por ficar no Reino Unido.

O assunto tem papel central na retórica da presidente Cristina Kirchner, com ônibus que estampam a frase "as Malvinas são argentinas" e notas de peso exaltando a soberania argentina.

Os dois governos trocam constantes acusações sobre o tema. Na semana passada, a TV argentina divulgou um plano de espionagem britânica para monitorar ações argentinas sobre as ilhas. A embaixada britânica em Brasília não confirma nem nega.

PROGRAMAÇÃO
As viagens brasileiras às Malvinas começaram em 2012. Com tudo pago pelo Reino Unido, os escolhidos ficam uma semana nas ilhas, onde se encontram com líderes locais, empresários e cidadãos comuns.
Neste ano, a embaixada conseguiu levar o primeiro deputado federal brasileiro. Celso Maldaner (PMDB-SC) diz que antes não tinha posição sobre a soberania das Malvinas, mas que hoje apoia o Reino Unido.

Também viajaram assessores dos senadores Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) e Ana Amélia Lemos (PP-RS).

Segundo Gustavo Bernard, assessor de Ana Amélia, a viagem "ampliou horizontes". "O discurso da Argentina é muito forte na América do Sul. Quando você vai à ilha, tem outra visão", diz. "Agora, isso gera desentendimentos porque mexe com assunto tratado com aquela coisa da paixão argentina."
O consultor do Senado Joanisval Gonçalves, que assessora senadores na área internacional, conta ter confirmado percepção de que ali vivem britânicos com instituições do país e vínculos com o Reino Unido, mas que "ainda que súditos de Sua Majestade, vivem na América do Sul" e "gostariam de estreitar relações com os vizinhos".

Outro participante, o professor de relações internacionais da FGV Oliver Stuenkel, diz que "facilita o trabalho dos ingleses" o contato que os visitantes têm com a população comum.
"Há uma sociedade que claramente não quer que a Argentina controle as ilhas", afirma ele, que afirma ser neutro em relação à polêmica da soberania.

Stuenkel diz considerar o programa "muito bem pensado". "É muito melhor que o David Cameron [primeiro-ministro britânico] pedir à Dilma que o Brasil mude de posição. Isso não vai acontecer. Uma boa relação com a Argentina é muito mais importante que com a Inglaterra. Então, essa estratégia é o que eles podem fazer."

DE BAIXO PARA CIMA
O embaixador Alex Ellis diz que as visitas são um pedido das ilhas, que querem se aproximar da região e aumentar trocas comerciais e científicas. "Não é para fazer fanfarra sobre soberania, nossa posição é muito conhecida, e a da Argentina, também."

Ellis diz que o Itamaraty não foi convidado–a posição brasileira é de apoio à Argentina. "Achamos melhor uma abordagem um pouco mais 'bottom-up' [de baixo para cima], em áreas específicas onde possa haver interesse", diz, citando a experiência brasileira em petróleo.

Convidados são escolhidos, diz, por ligação com a área internacional ou com Estados próximos das ilhas.
Quanto à Argentina, o embaixador afirma: "Nosso objetivo não é criar animosidade com nenhum governo. Não é para chatear ninguém. Eu acho que a troca de conhecimento é saudável".
Procurado, o Itamaraty não respondeu à reportagem sobre a estratégia britânica até a conclusão desta edição
 
só que não é rentavel. muito pequena a ilha e muito longe.

Uma coisa é fato, de uns 10 anos pra cá eles tem se aberto progressiviamente ao turismo, procurando aos poucos se estruturar cada vez mais pra isso e embora seja um destino na maior parte do ano gelado, como roteiro de turismo alternativo relativamente próximo da Antártida há público que se interessa e vai atrás.

Eu nem sei como é frequência dos vôos atualmente, mas não precisa ser algo regular. Um quinzenal ou semanal (dependendo da época) numa aeronave de pequeno porte já tá de bom tamanho.
 
Uma coisa é fato, de uns 10 anos pra cá eles tem se aberto progressiviamente ao turismo, procurando aos poucos se estruturar cada vez mais pra isso e embora seja um destino na maior parte do ano gelado, como roteiro de turismo alternativo relativamente próximo da Antártida há público que se interessa e vai atrás.

Eu nem sei como é frequência dos vôos atualmente, mas não precisa ser algo regular. Um quinzenal ou semanal (dependendo da época) numa aeronave de pequeno porte já tá de bom tamanho.
a LAN opera um voo semanal (e é bem caro pelo que eu li). o local pode ser interessantíssimo para o turismo, mas sem a estrutura para criar um resort, difícil incentivar mais.
voo regular diário é inviável sem subsidio. e talvez nem seja interessante para a ilha.
 
É por aí mesmo. Um voô por semana saindo lotado já tá bom demais.
E do jeito que eles estão motivados, não duvido nada que a estrutura hoteleira melhore cada vez mais, já que quem tá bancando são os britânicos e havendo esse investimento terá condições de ser tão atrativo quanto o turismo que já rola na região da Patagônia e Terra do Fogo, pois climaticamente falando as ilhas estão na mesma região.
 
Última edição:
Sem passageiros: o quase secreto voo inaugural do Brasil para as Malvinas


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Na manhã da última quarta (20), decolou, do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, o primeiro voo regular entre o Brasil e as Ilhas Falkland – aqui muito mais conhecidas como Ilhas Malvinas, aquelas da guerra entre Argentina e Inglaterra, 37 anos atrás, e que convém não confundir com as paradisíacas Ilhas Maldivas.

Mas poucos ficaram sabendo da novidade, que, a partir de agora, se repetirá uma vez por semana, em voos da Latam, ligando a maior metrópole do país àquele desconhecido (não fosse pela guerra) arquipélago, a cerca de 500 quilômetros da costa argentina, onde não vivem mais de 3 200 pessoas – sua rua, provavelmente, tem bem mais moradores.

Um voo direto de São Paulo para as Falkland/Malvinas – quem diria que isso pudesse existir?

Sem dizer para onde ia


Na Argentina, onde o improvável voo fez uma escala ainda mais esquisita, na cidade de Córdoba (uma vez por mês, o avião parará lá, tanto na ida quanto na volta), o fato foi tratado de maneira ainda mais sigilosa.

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Ali, o exótico voo ganhou contorno de quase segredo de Estado – nenhum passageiro embarcou e o avião sequer parou no portão de embarque, ficando estacionado num canto ermo do aeroporto, como se fosse possível tentar esconder um gigantesco Boeing 767, um dos maiores aviões da frota da Latam, com capacidade para 221 passageiros.

Mas, por que isso, se era o voo inaugural de uma nova linha aérea, algo sempre comemorado com muita festa?
Uma questão delicada


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O motivo estava no delicado destino do avião, sobretudo para a Argentina, que por conta das Ilhas Malvinas foi à guerra contra a Inglaterra, em 1982, numa das mais desastradas campanhas bélicas da História.

Para o governo argentino, que jamais reconheceu a soberania inglesa nas ilhas que eles sempre alegaram pertencer ao território argentino, o ideal seria que ninguém ficasse sabendo do tal voo, embora ele tenha sido fruto de um acordo entre a própria Argentina e a Inglaterra, a fim de criar uma segunda opção de acesso às ilhas, até então servidas apenas por um avião, também semanal, que parte do Chile.

A Latam brasileira entrou na licitação feita pelo governo inglês meses atrás e ganhou o direito de explorar a linha.


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Atendendo a um pedido feito pelo governo da Argentina ao Itamaraty, também não saiu alardeando a nova rota aos quatro ventos, nem no Brasil, cujo governo, discretamente, sempre apoiou o direito de soberania argentino sobre as "Malvinas" – a começar por chamar as ilhas com este nome, em vez da denominação oficial "Falkland".​

Com isso, a Latam fez um dos voos inaugurais mais discretos que se tem notícia.
Nem mesmo todos os funcionários da empresa no aeroporto de São Paulo, no dia do primeiro voo, sabiam da sua existência.

– Qual o seu destino? – quis saber o encarregado de organizar a fila no primeiro check-in da nova rota.
– Mount Pleasant – respondi, seguindo o estranho nome que aparecia no painel do aeroporto (como uma saída diplomática, o destino do voo foi
identificado com o nome do aeroporto e não do lugar, como se, em vez de Porto Alegre, aparecesse "Salgado Filho").
Mas, ao perceber que o funcionário da Latam continuava sem saber que voo era aquele, emendei com um "Ilhas Falkland".
Não adiantou.
– E onde fica isso?
– Perto da Argentina – respondi
– Ah…, Ilhas Malvinas!

Se eu fosse inglês, teria ficado tão irritado com aquele deslize quanto ficam os brasileiros quando ouvem, de um estrangeiro, a pergunta se a capital do Brasil é Buenos Aires?

Saia justa a bordo


A discrição total continuou mesmo dentro do avião.

O comandante limitou-se a fazer um curtíssimo comentário sobre a nova rota, sem, no entanto, mencionar para onde ela iria. Em seguida, decolou, na base do "não conta pra ninguém, mas este avião está indo para as Malvinas…"​

Foi, no entanto, uma atitude prudente, já que o avião estava repleto de argentinos, que seguiam para a escala em Córdoba, no primeiro trecho da viagem.

Lá, todos os passageiros argentinos desembarcaram e só ficaram no avião alguns jornalistas e a comitiva de quase 30 pessoas do governo das Falkland, que veio a São Paulo apenas para participar do voo inaugural da nova rota, um velho desejo dos moradores da ilha.

Na escala em solo argentino, embarcaram apenas quatro pessoas, todos jornalistas e quase que escondidos – suas malas foram levadas até o avião pelos próprios funcionários da Latam, já que a ordem era não recorrer aos empregados do aeroporto, que poderiam protestar caso soubessem para onde ele aquele avião estava indo. Foi uma saia justa danada.

Havia até o receio de que o novo voo pudesse desencadear uma crise política entre Brasil e Argentina, já que, durante a guerra, o governo brasileiro endossou a soberania argentina (tanto que, até hoje, sempre chamou as ilhas de "Malvinas"), mas sem chegar ao ponto de ajudar o país vizinho. Na ocasião, o Brasil ficou meio em cima do muro, pisando em ovos, como, agora, ficou, também, a Latam.

A tripulação brasileira só respirou aliviada quando o avião decolou, de maneira tão discreta quanto quando chegou. E mais vazio que estômago de faquir, no trecho entre a Argentina e as ilhas.

Um grande avião vazio


Mas, por que um avião tão grande para um destino tão improvável quanto, por exemplo, Anta Gorda, no Rio Grande do Sul – que, por sinal, tem duas vezes mais habitantes que as Falkland?

A resposta estava na real razão daquele estranho voo, que, de agora em diante, ligará, em voo direto, a maior metrópole da América do Sul a uma ilha que quase ninguém já ouviu falar – pelo menos com o nome "Falkland": o transporte de suprimentos para a própria ilha.​

É o transporte de carga, e não propriamente de pessoas, o principal objetivo da mais nova rota aérea brasileira, embora o governo das Falkland também buscasse criar uma alternativa mais fácil de ligação com a Inglaterra, através do aeroporto de São Paulo, para facilitar a vida dos ilhéus – e, também (por que, não?), sonhar com o aumento de turistas na ilha.
Daí a necessidade de um avião tão grande.

A esperança dos ingleses é que o novo voo aumente a oferta de produtos na ilha e ajude a baratear o custo de, por exemplo, frutas e verduras, num lugar onde uma única banana (e não a dúzia!) custa o equivalente a R$ 3,00, e um quilo de tomate pode bater fácil na casa dos R$ 50,00.

Chegada histórica na ilha


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Criar um segundo voo para as ilhas (desde 1999, existe outro, via Chile) a partir da capital argentina, Buenos Aires, sempre esteve fora de cogitação – seria humilhante demais para os argentinos. São Paulo, então, foi a melhor opção.

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O novo voo é parcialmente subsidiado pelo governo inglês, embora os detalhes não sejam divulgados. Mas, segundo os ingleses, de agora em diante, existirá para sempre.
"Quando criamos o primeiro voo para as Falkland, todo mundo também disse que não daria certo, mas ele hoje vive lotado", explicou, animado, o chefe da comitiva inglesa que veio a São Paulo, para o voo inaugural.

Se, tanto no Brasil quanto na Argentina, o novo voo passou despercebido (não aconteceram manifestações nas ruas de Buenos Aires nem panelaços diante da Casa Rosada, embora o mal-estar estivesse, literalmente, no ar), na ilha, a chegada do avião procedente de São Paulo virou o acontecimento do ano, com direito a duas recepções oficiais, com a presença do governador, que ali representa a própria Rainha Elizabeth.

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Ocupou, também, toda a primeira página do único jornal local, o folclórico Penguim News, que também mandou um enviado especial a São Paulo, para acompanhar o voo inaugural, que marcou "um dia histórico para a nossa ilha", como resumiu o longo editorial.

Na chegada, ao pousar na base aérea inglesa que serve de aeroporto na ilha, houve alguns aplausos da comitiva, dentro do avião. E só não teve banda de música na pista, porque um vendaval de erguer vacas no ar (como é comum por lá) impediu qualquer tentativa nesse sentido.

A rigor, o único temor dos políticos locais é que o futuro novo presidente da Argentina, Alberto Fernández, eleito semanas atrás (e que logo no primeiro discurso voltou a tocar na questão das Malvinas, ao afirmar que "não renunciaria ao desejo de governar também as ilhas"), volte a praticar a mesma política de explícita má vontade nas relações nunca fáceis entre Argentina e Inglaterra, como, no passado, fez a ex-presidente Cristina Kirchner, agora sua vice na chapa vencedora das últimas eleições argentinas.

Uma ilha com dois nomes


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As Falkland/Malvinas são as mesmas ilhas, mas com dois nomes "oficiais" – dependendo apenas de quem os diz.
Para os ingleses, que estão ali desde o século 18, elas chamam-se Falkland e foram reconquistadas após a "invasão" argentina de 1982 – eles preferem usar a palavra "invasão" do que "guerra", pois consideram que foi isso que os argentinos fizeram.

Já, para os argentinos, as ilhas são – e sempre serão – as "Malvinas", como é ensinado até hoje nas escolas.​
Trata-se de uma questão delicada e um tema muito sensível aos argentinos. E que o novo voo brasileiro trouxe de volta à tona.

Por que ir para lá?


Embora sejam ilhas esparsamente habitadas e praticamente na porta de entrada da Antártica – portanto, geladas e sempre sob fortes ventanias -, as Falkland/Malvinas possuem alguns atrativos turísticos.

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Um dos atrativos da ilha é a fauna, para nós exótica, com milhares de pinguins e outros seres marinhos, em bonitas e surpreendentes praias de areia bem branca.
Outra é o mar com cor de Caribe, embora impraticável para banhos, por conta da temperatura de gelo derretido.

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Há, também, o atrativo histórico da guerra, ainda fresca na memória de qualquer pessoa com mais de 50 anos de idade e com vestígios dela por todos as partes nas ilhas.

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Sem falar na atmosfera cem por cento britânica que impera nas Falkland.
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A única cidade, Stanley, onde pousa o novo voo brasileiro (por enquanto, ainda vendido a preços salgados, que beiram os R$ 5 000,00 o bilhete de ida e volta, embora em voos diretos de pouco mais de cinco horas de duração), lembra uma pequena comunidade do interior da Inglaterra em pleno Hemisfério Sul, com típicas cabines vermelhas de telefones públicos nas ruas, carros com volante do lado direito e o inglês carregado de sotaque como único idioma.

É, também, um dos lugares mais seguros do mundo (ninguém tranca as portas das casas, por exemplo) e com uma das maiores rendas per capta do planeta, por conta do baixíssimo número de moradores.

A brasileira que vive na ilha


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Um dos habitantes das Falkland é a brasileira Flavia Souza, de 28 anos, que vive há quatro em Stanley, onde, daqui há alguns meses, nascerá seu primeiro filho. "É muito bom viver na ilha", diz a brasileira, que se casou com um ilhéu. "Aqui há uma segurança e uma tranquilidade de vida que eu jamais teria no Brasil", garante.​

Para os demais brasileiros, as Falkland/Malvinas são, também, uma experiência diferente – um destino que poucos já visitaram e, que, agora, apesar de praticamente desconhecido, já tem até voo direto a partir de São Paulo.

Nesta próxima quarta-feira, o segundo voo partirá para lá, dando sequência ao tenso voo inaugural.
Mas, de novo, sem muito alarde.

Fotos: Jorge de Souza e Divulgação


 

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