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Você é a favor das Malvinas ou Falklands?

As ilhas devem ficar sob o controle da:

  • Argentina

    Votos: 18 41,9%
  • Grã-Bretanha

    Votos: 25 58,1%

  • Total de votantes
    43
Não pode, cara. Tipo, são ilhas bem rochosas, não sustentáveis. Seria um país falido, pois teriam quase nada de recursos primários - comida, matéria prima...-, então, têm de pertencer a alguém.

Pelo menos os documentários e reportagens que vi os habitantes de lá conseguem se virar muito bem pois conseguem um retorno razoávelmente bom com a criação de ovelhas numa quantidade que é maior que o próprio número de habitantes (semelhante ao Uruguai que tem mais gado do que habitantes), a pesca e mais recentemente o turismo. E como a população é muito pequena isso favorece muito!

É claro que se o petróleo começar a ser extraído pra valer e for de qualidade aí que eles se garantem totalmente, só que diferente do que acontece com os países árabes onde a maior parte do dinheiro do petróleo infelizmente fica sempre nas mãos de muitos poucos, eu prefiro acreditar e acredito que isso não acarretará desigualdade social pros kelpers.

Tomara que o Reino Unido adote um modelo igual ou semelhante que os EUA fazem por exemplo com o Alaska onde todo habitante que mora nesse estado recebe uma espécie de salário já que uma parte do lucro de todo o petróleo extraído nesse estado é repartido com todos seus habitantes. Tive um amigo de infância que morou 4 anos lá e desfrutou disso. Oxalá se isso acontecesse em relação ao tão badalado pré-sal brasileiro, quando na verdade o que mais vemos até agora são os governadores brigando entre si e quase saindo no tapa pelos royalties :roll:

Então eu só penso que a necessidade de ligação com o Reino Unido ainda seja muito importante e necessária sim, mas muito mais por questão de segurança pois um ilha que é tão ambicionada pela Argentina é quase impossivel 3000 habitantes se defenderem sozinhos.

Fora isso, disputas entre britâncios e argentinos a parte, é altamente elogiável saber que lá a desigualdade social praticamente inexiste. É como se fosse uma Islândia em escala reduzida.
 
Acho estranho pensar nessas ilhas passando de "mão" da Grã-Bretanha para a Argentina.
Tudo o que existe lá foi construído e mantido pelas libras, e não pelos pesos.

A conjuntura internacional tá favorecendo os países do Sul no momento, e nossos hermanos estão tentando pressionar as relações internacionais pra conseguir tirar sua casquinha. Coisa que o Brasil dá total apoio, felizmente. Nossas ambições no cenário mundial não divergem ideologicamente das da Argentina. Creio que faríamos o mesmo em situação semelhante.

De qualquer forma, a autodeterminação dos povos é uma carta na manga que só será tirada a um custo enorme pra Argentina, e não consigo pensar no que ela poderia oferecer à Grã-Bretanha que compensasse esta abdicar da ilha. Na prática, a Argentina vai ficar reclamando, reclamando e reclamando, e duvido que a situação mude.
 
A favor dos britânicos. Os habitantes das ilhas querem continuar britânicos, é o direito deles e ninguém pode tirar.
 
E não é só nisso que a Argentina está cutucando o mundo desenvolvido.

Saiu em todos os noticiários ontem, o governo argentino reassumiu o controle da YPF, que havia sido vendida para a Repsol na década de 90. Isso sim pode atrapalhar. O argumento que eles usaram é que grande parte do lucro era remetido à Espanha, e isso pode ser extendido a outras empresas, como Telefónica e Iberdrola.

O negócio é: a Espanha, mais do que nunca, precisa desse dinheiro. E vem este golpe na cara de sua credibilidade financeira.

Para completar, os hermanos ainda cassaram o registro de uma das empresas da Cargill por evasão fiscal.

Mas ideologicamente, nessa, eu apoio a Christina, ao contrário da questão das Malvinas: que se exploda.
 
Absurdo, a estatal foi vendida e agora eles 'retomam' o controle? Pra que lei né, pra que direito à propriedade privada? Aff, to tão exausto dessas arbitrariedades esquerdoides. Se o lucros da empresa prejudicavam a empresa, por que não tentar um acordo, aumentar impostos, algo do tipo? A tal Cristina deve estar tomando aulas com o Chavez.
 
Essa notícia aponta que a fragilidade de um governo é um dos causadores das violações e quebras de contratos de empresas instaladas no exterior. As agências de investimentos devem estar com os cabelos de pé com isso.

No caso da instalação que a Petrobrás perdeu (acho que na Bolívia) bastou mudar o tom da política local para nos tomarem o poder da empresa e cercarem-na com o exército.

Na África o risco de confisco de patrimônio ocorrer com empresas também é grande no que se referem como casos de pirataria oficializada do século 21.

No trabalho quando algum político ameaça verbalmente tomar alguma coisa do lugar aonde se trabalha deve receber imediatamente um memorando por escrito descrevendo a indissociabilidade da estrutura legal com a estrutura física ou função (material) do local. Se ele for retirar algum patrimônio o funcionário imediatamente deve providenciar um rastro por meio das advertências escritas mandadas a ele a sede da empresa de modo a fazer com que pense duas vezes antes.

Levanta perguntas sobre que tipo de comunicação está havendo em Buenos Aires. O mau exemplo da diplomacia brasileira está dando revertério nos Argentinos.
 
Última edição:
Absurdo, a estatal foi vendida e agora eles 'retomam' o controle? Pra que lei né, pra que direito à propriedade privada? Aff, to tão exausto dessas arbitrariedades esquerdoides. Se o lucros da empresa prejudicavam a empresa, por que não tentar um acordo, aumentar impostos, algo do tipo? A tal Cristina deve estar tomando aulas com o Chavez.

E depois reclamam quando empresas não querem investir no país, não é mesmo? Com a segurança que oferecem. E ainda há quem tenha orgasmos ideológicos defendendo esse tipo de república bananeira.
 
Última edição:
A Christina foi a mais mimizenta e até deixou mais cedo a cúpula das Américas. Agora resolve atirar pra todos os lados.
 
Por mim, se está dando pouco lucro para o país, que se danem os contratos. Eu não dou um pingo de valor moral para isso, em termos de governos e de grandes empresas. Só o que pode pesar é uma questão pragmática, de perder investimentos e cooperações de outros países por um fator especulativo.

Afinal, num exemplo de um caso bem distinto, naquela época a moratória argentina e a sua renegociação com um percentual espetacular de calote foi melhor para o mundo que ficar pedindo mais e mais pacotes e deixar a bola de neve crescer, não foi? Os gregos estão demorando demais a fazer isso, o que me preocupa.

Um país tem que defender seus interesses, ao invés de defender contratos. O Paraguai tem que pressionar para renegociar Itaipu mesmo, herança de uma conivência com o interesse brasileiro de governos que não necessariamente representaram o interesse popular (isso é outra coisa para discussão - atitudes de governos são sempre legítimas?). O que o Evo fez foi em parte um showzinho piroctécnico para alavancar popularidade. No final, como eles não tinham capacidade técnica, tiveram que chegar a um acordo. Mas foi vantajoso para eles.

O que deve ser medido para mim são as consequências práticas. O país deles agora tende a perder e a ter reduzidos diversos investimentos internacionais. Pese-se as consequências, e tome a decisão, quer seja tomar tudo, quer seja uma renegociação. Se todo o dinheiro externo que for perdido não compensar o prejuízo que já estão tomando, que façam. Mas argumento na ordem de alguma moralidade pra mim não existe.
 
Re: Deixe sua opinião: Você é a favor das Malvinas ou Falklands?

Na prática pode até ser sim, mas eu me pergunto que tipo de governo sustenta alguma legitimidade em ações e diretrizes se perde sua moral. É como no mundo corporativo. Uma empresa que dá calote não encontra fornecedores bons, assim como não encontra boa carteira de clientes uma empresa que não cumpre seus contratos.

Um governo que passa por cima de contratos estabelecidos com pessoas privadas e públicas em favor de ideologias ou 'interesse pragmático' simplesmente não é confiável. Se não é confiável em um caso, pode não ser em outros. Daí que não receba investimentos estrangeiros (que empresário se arriscaria em um lugar onde não se tem nem mesmo direito básicos como a propriedade privada garantidos, onde suas instalações podem ser estatizadas, tomadas de uma hora pra outra?), ajuda financeira externa (porque o FMI confiaria em um país como esse, que não honra seus compromissos, e isso vale para outros órgãos), mesmo confiança diplomática (sério, dá pra fazer algum acordo comercial ou contar com o apoio desse país?).

Tudo gira em torno da confiança, não é algo que afete apenas uma determinada empresa ou mesmo as relações do país agressor com o país agredido, é toda uma rede, um sistema político, econômico e social que é grandemente afetado pelo descumprimento de contratos, normas e acordos internacionais. No caso de contratos é ainda mais grave: os direitos fundamentais mais básicos são desrespeitados.

Pra mim a Argentina está cavando pra si o mesmo fosso ideológico do Chavez: se cercando de desconfiança das potências como se ainda houvesse cabimento em opor velhas querelas anti-europeias aos interesses verdadeiros do país. Pra mim isso tudo cheira a mofo.
 
Eu penso que existe uma via digna para não precisar confiscar e quebrar contratos. Basta paralisar o funcionamento. Não são contratos que devem ser detonados em prol do lucro e sim combater uma administração que não dá conta do que assume e não leva em conta deveres e direitos da sociedade. O populismo costuma perturbar muito os negócios da Argentina e concessões às cegas são corriqueiras.

Atualmente tem se tornado comum ver pessoas que imaginam que basta juntar o dinheiro de levantar uma empresa para que ela funcione. Mas antes de fazer isso deve se juntar o dinheiro para se legalizar a empresa e também o dinheiro de giro que vai absorver o prejuízo do investimento inicial. As relações diplomáticas latinas estão num estado lastimável de abandono de responsabilidades (por falta de investimento de seus governos). Elas são terreno fértil para abertura de negócios no escuro, com prejuízos sociais, em que o governo fica sem saber direito o que quer e o que precisa.

Mesmo na economia argentina e boliviana as multas por quebra de contrato existem e quem deve ser investigado (e só então penalizado) é quem assinou os termos do contrato para a empresa entrar no território, afinal o governo de um país sempre tem formas de pressionar pelo que quer quando a empresa está dentro de suas terras. Agora o duro é assinar sem ler (ou premeditando uma rasteira mais adiante), penalizar investidores que não são políticos e afetar a integridade e a confiança dos negociantes argentinos numa ação radicalizante que tende a espalhar pânico quando vemos os atritos recentes com a Inglaterra.
 
Última edição:
Eu concordo, e até expus essa questão, de que um país perde sua confiabilidade ao fazer essas estatizações de uma hora para outra, sem nenhuma ou quase nenhuma base legal.

Não acho a Cristina uma santa: bem, bem longe disso. Na verdade, não gosto muito dela. Destes presidentes da esquerda latino-americana, o que eu mais gosto é o Evo Morales, não porque ele respeitou algum acordo internacional (na verdade, ele não o fez), mas porque, ao contrário do Chávez, do Correa, dos Kirchner ou do Lugo (este muito por falta de pulso) tenho a impressão de que ele trouxe mais benefícios ao seu povo.

Ocorre que governos entram e saem, e cada um defende uma coisa. Sob os olhos de um, o que o outro fez pode não ser legítimo, e esta questão de anacronismo costuma ser a que mais gera dificuldade em termos de política internacional: é o grande motivo por trás do problema das Malvinas, da questão do Chile e da Bolívia pela saída para o mar que a última perdeu , do conflito árabe-israelense.

A YPF foi vendida pelo Menem. Não sei qual foi a reação na época, mas o que me vem à cabeça é que, assim como no Brasil, essas vendas não foram bem-vindas pela população (bom, aqui há a exceção das telecomunicações). A última década terminou com uma profunda crise nas potências tradicionais e o ressurgimento, com toda força, do capitalismo de Estado, respaldado enormemente, de uma forma ou outra, por todos os BRIC's e outras economias ascendentes.

Mas o que a Cristina fez não foi o perfeito. O que é bom para mim é um modelo com democracia participativa. Achei lindo quando submeteram a plebiscito e os islandeses votaram por não pagar a dívida, que no entendimento não era o deles. Ou quando os indígenas protestaram contra o traçado de uma estrada que a Odebrecht ia fazer na Bolívia (e conseguiram mudar o trajeto). E a opinião popular é algo mais fácil de se observar, tem menos desvio padrão, que atitudes de um governo representativo comandado por poucos.
 
Bom, eu ia citar cada um que postou algo que gostei, mas o volume foi crescendo, crescendo até que se tornou inviavel fazer isso :P

Basta dizer que creio que as ilhas deveriam continuar sob tutela britanica, pelos motivos ja colocados aqui.

Gostaria apenas de comentar uma coisa que não foi ainda. O Amon_Gwareth disse que "puxar os estudantes de destaque para a inglaterra n é exatamente investir na região", mas eu discordo. creio que é uma forma de investimento sim. investimento em capital humano. Esses estudantes receberão uma formação academica que provavelmente, não teriam nas ilhas e isso pode fortalecer a economia deles. Não é garantido, mas pode acontecer.

Se a situação fosse com o Brasil(mantendo-se as outras circunstancias, tempos de ocupação, etc), eu ainda ia defender que eles ficassem como britanicos e xingar o governo brasileiro por ainda tentar fazer barraco em cima disso :P

Enfim, haverá outro referendo sobre isso nas Falklands ano que vem...
http://noticias.r7.com/internaciona...o-sobre-status-politico-em-2013-20120612.html
 
O referendo talvez nem fosse necessário, mas se é pra por um ponto final na questão é a melhor coisa que poderia acontecer e assim os argentinos são obrigados a ter que aceitar a real vontade de quem vive lá e fim de história.
 
tsc tsc tsc como se ele não tivesse problemas próprios.

Nas Malvinas existe algum potencial petrolífero?
 
Acho que a melhor saída seria as ilhas se tornarem um protetorado anglo-argentino.

Geograficamente as ilhas pertencem ao continente americano, demograficamente pertencem à Inglaterra. Os ingleses só querem as ilhas por causa do potencial petrolífero, eles não dão ponto sem nó. Os argentinos antes as queriam por imbecilidade, um pedaço de terra no meio do mar que, naquela época, não tinha grande serventia, hoje em dia também estão de olho no petróleo.

Como o território paz parte do continente americano (geograficamente, por estar mais perto da Argentina, pertence à Argentina) e demograficamente pertence a Inglaterra, melhor seria fazer como é Mônaco, protegido pela França contra a Itália e pela Itália contra a França (se não me engano é isso).
Se o povo de lá decidir pela Inglaterra (como vai fazer), a Argentina continuará atrapalhando a vida deles com o bloqueio dos portos pra qualquer embarcação vinda de lá, se por algum milagre decidirem pela Argentina, os ingleses vão atrapalhar a vida do povo. Sendo um país de jure independente podem aproveitar os dois lados da moeda sem grandes perdas, já que com a abertura do espaço marítimo e aéreo argentino o número de turistas deverá aumentar, fora a exploração petrolífera que dará sacos e mais sacos de dinheiro.
 
É mas esse acordo entre Itália e França ocorreu por ser Itália vs França, a balança é bem diferente entre Inglaterra e Argentina. Mas eu concordo com você que um acordo seria a melhor solução para o impasse, mas acho que só ocorreria se fosse por iniciativa da população local que demonstrasse a Inglaterra que essa rivalidade prejudica o dia dia nas ilhas.
 
Supondo que a população local se dispusesse a ser generosa e concordar com a repartição das ilhas na condição que o Veda (Gen Artigas) descreveu...

Pros argentinos já ficaria de bom tamanho ficar com a ilha oeste, já que mais de 95% da população colonizada pelos britânicos que habitam as ilhas moram todos no lado leste onde está a capital e única cidade estruturada Stanley, pois o resto são pequeníssimos vilarejos, ficando um pequeno percentual de não-civis que estão a serviço das forças armadas britânicas esparramados em bases militares pra garantir a defesa do arquipélago.

Só que fico imaginando o ego dos argentinos em relação a essa questão, se tal proposta fosse feita a eles acredito que teriam uma resistência enorme em aceitar e convenhamos que essa proposta se acontecesse seria um meio-termo bastante razoável e boa pros dois lados.
 
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